tag:blogger.com,1999:blog-21504241594185440022024-03-14T06:18:38.548+00:00Crónicas Modernas
Rui Costa PintoUnknownnoreply@blogger.comBlogger488125tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-2832571904690683782024-03-11T11:55:00.015+00:002024-03-11T21:42:46.804+00:00NÃO PASSARAM<p><br /></p><div style="text-align: justify;">O voto dos portugueses foi de exemplar lucidez colectiva.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nem PS, nem Chega, as votações nos dois partidos vão obrigar cada um dos seus respectivos líderes a uma redobrada ponderação na acção política, e fora do próximo governo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por sua vez, a vitória da AD, com rédea curta, impõe a Luís Montenegro capacidade negocial diligente e consequente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por último, Marcelo Rebelo de Sousa perdeu a margem de discricionariedade que já tanto custou, e atirou o país para a instabilidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não passaram.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nem aqueles que, em nome da táctica, abandonaram os portugueses – saúde, educação, habitação, justiça e segurança –, nem os outros que confundiram os excessos do modernismo de plástico com o radicalismo do triste passado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nem mesmo os tais que vergam a paz e o direito internacional aos interesses de ditadores e assassinos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não passaram.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Portugal acordou com um voto anti-sistema tão importante como o peso eleitoral da esquerda e da direita tradicionais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A mensagem é clara: ignorar o dia-a-dia do povo e os valores universais, mesmo com a cobertura de uma imprensa sem norte e, nalguns caos, sem vergonha editorial, será sancionado nas urnas de voto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não passaram.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não voltará a ser possível assistir à mortandade à porta das urgências, enquanto os projectos faraónicos fazem as delícias da corrupção, das grandes empresas e bancos e dos comissionistas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não voltará a ser possível assistir à escola que não garante professores para todos os alunos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não voltará a ser possível assistir à especulação imobiliária, tolerada por um poder com impulsos de controlo e manipulação da população.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não voltará a ser possível assistir à justiça para os ricos e à (in)justiça para os pobres.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não voltará a ser possível assistir à insegurança em nome de miríades de um falso humanismo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não passaram.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A estratégia do medo, em nome das falsas liberdade e igualdade, foi derrotada pelos cidadãos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">25 de Abril, sempre, 50 anos depois.</div><br /> <br /><br /> RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-52551828411084504502024-03-04T11:55:00.008+00:002024-03-04T14:35:58.867+00:00OLHAR EM FRENTE<p><br /></p><div style="text-align: justify;">A recta final da campanha está a ser decisiva, com os indecisos e abstencionistas a deixarem tudo em aberto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sejamos claros: o que os portugueses vão avaliar são os últimos dois anos da governação liderada por António Costa, não é o passado recente, distante ou mesmo a fundação de Portugal.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nos últimos dois anos, os portugueses assistiram ao maior ataque aos princípios e valores democráticos desde o 25 de Abril.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Corrupção, pobreza, caos na educação, justiça e saúde, nepotismo, exploração dos imigrantes e instabilidade institucional não foram meros acidentes, mas o resultado do tacticismo em São Bento e do folclore inconsequente em Belém.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A oportunidade perdida vai pesar no dia do voto: o autoritarismo, a partidarização da administração central e a colocação dos boys voltaram a comprometer o aproveitamento de um volume ímpar de fundos comunitários.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Serão precisas décadas para corrigir estes desvarios de cedências às clientelas, seja qual for o vencedor das eleições de 10 de Março, mas mais vale começar já do que mais tarde.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com os portugueses a serem tratados como gado, sobretudo os mais pobres, compensados com umas migalhas assistencialistas, a máquina da propaganda instalada rebentou, deixando o desastre à vista.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O custo da dupla, formada por António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa, ainda está por determinar, mas a percepção que os portugueses querem uma mudança é já por si só uma parte do balanço pós-eleitoral.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Chegou o momento de olhar em frente, de rejeitar a velha receita da estratégia do medo, com inovação e a capacidade de não continuarmos a ser aborrecidos, como aconselhou Yulia Navalnaya.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O perigo nunca vem do futuro, mas sim de ignorar a evidência do presente.</div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;">Ninguém quer regressar a 2022, a 30 de Janeiro de 2022.</span></div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-28094746352936310072024-02-26T11:55:00.002+00:002024-02-26T11:55:00.133+00:00A GRANDE TENTAÇÃO EM CAMPANHA<div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O pouco tempo atribuído ao debate sobre a corrupção permitiu ainda assim a Rui Tavares clamar pela importância de dar mais atenção à prevenção do que aos meios para combater a criminalidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O líder do Livre tocou num dos pontos mais sensíveis do regime democrático, tendo em conta o recente envolvimento de António Costa, Marcelo Rebelo de Sousa, Miguel Albuquerque e mais um par de autarcas em investigações criminais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aliás, também nunca é de esquecer que os dois principais candidatos a primeiro-ministro de Portugal também estão circundados por outros tantos casos que podem descambar noutras maratonas judiciais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Será que pela acção da Justiça ainda vamos assistir à queda de mais um governante, à demissão de mais um autarca e até à renúncia de um presidente da República?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Só a legitimidade de ter de fazer a pergunta deveria deixar cidadãos e políticos verdadeiramente aterrados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O condicionamento da investigação criminal, a par da súbita guerra entre procuradores e juízes, não é uma saída admissível para a questão de fundo que mais importa e não está resolvida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A grande tentação em campanha eleitoral está em cima da mesa: cercear os meios da Justiça, desvalorizar a acção de algumas polícias e passar a mensagem que o Ministério Público já foi longe demais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O escrutínio da Justiça é imprescindível, mas não pode servir de cortina de fumo para tentar disfarçar o cancro do regime: a corrupção.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A auto-proclamação de seriedade, para depois melhor insinuar que a Justiça está a interferir no jogo político, não serve a ninguém, nem aos cidadãos, nem aos políticos, nem aos partidos, nem aos corruptos, nem ao futuro governo de Portugal.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nunca é demais lutar por mais transparência, como a melhor forma de combater o abuso, a arrogância, a impunidade e demais criminalidade de colarinho branco, evitando assim mais balbúrdia institucional.</div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-78995988364990098602024-02-19T12:00:00.009+00:002024-02-19T13:33:57.063+00:00ALTA (IN)DEFINIÇÃO<p><br /></p><div style="text-align: justify;">A vertiginosa aceleração de acontecimentos extremos tem colocado os regimes democráticos à beira de um ataque de nervos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Dos rosários das trafulhices de Biden e de Trump até à morte de Alexei Navalny tudo tem servido para alimentar um desnorte nunca visto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A ameaça de “consequências devastadoras” para a Rússia, prometidas por Joe Biden, a 16 de Junho de 2021, esvaziou-se no preciso momento em que foi conhecida a morte do opositor a Vladimir Putin.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entretanto, os europeus assistem, entretidos com grandes e eloquentes profissões de fé.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre proclamações e ovações ocas nada mudou, nem mesmo os candidatos à presidência dos Estados Unidos da América, ficando por saber o que poderá acontecer no caso de igual desfecho para Julian Assange.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na política caseira, o acto eleitoral de 10 de Março tem igualmente colocado a nu a vertigem da reciclagem de receitas e clichés que já provaram a sua ineficácia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como se o caricato não fosse visível, os protagonistas enredam-se em múltiplas acusações, antecipando a repetição dos últimos oito anos de propaganda, de truques e de mentiras.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A bagunça é de tal monta que até magistrados se envolvem na praça pública com acusações mútuas, deixando um rasto de suspeições tão graves quanto os crimes que têm de investigar e julgar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O desvario é universal, faltam referências, o escrutínio de instituições credíveis e até a análise e o comentário independente e idóneo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Resta a emoção, em alta (in)definição, garantida por um entretenimento revisteiro que tenta emprestar dignidade a quem hesita em estar do lado certo da vida para enfrentar a realidade do dia-a-dia.</div><br /> RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-75221613404025314052024-02-12T11:55:00.000+00:002024-02-12T11:55:00.138+00:00QUANDO A REALIDADE GANHA, OS LOBBIES PERDEM<p><br /></p><div style="text-align: justify;">Os debates entre os líderes partidários têm contribuído para desvendar o país real, resultado de oito anos da governação de António Costa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O leilão, as promessas exageradas e os truques de comunicação não têm sido suficientes para ocultar os problemas, e tão graves, pois a sensação de desastre está a vir ao de cima, confirmando que o país tem vivido à deriva.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Todos aqueles que vivem as dificuldades do dia-a-dia só podem ficar mais aliviados, quando assistem ao estilhaçar da propaganda que tem mascarado os enormes estrangulamentos responsáveis por mais miséria.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Qualquer início de mudança só pode ser feito a partir da identificação de quem errou repetidamente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A verdade pode ser dura, mas agora já nem se coloca a hipótese de discutir se estamos melhor ou pior, mas apenas como será possível inverter o plano inclinado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Que o digam os jovens e os mais idosos, entre outros, abandonados à sorte de apoios que não há maneira de saírem do papel ou tardam em chegar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Hoje, com a maior visibilidade do caminho que já nos conduziu ao abismo, já é possível afirmar que a percepção está a mudar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Após uma semana de debates está mais consolidada a ideia que o ponto de partida tem de passar pelas condições em que povo vive, e não pela ilusão de mais números macroeconómicos, mais artifícios contabilísticos e mais projectos faraónicos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aliás, os mercenários e afins estão tão desvairados que até já estão a dar a cara, tentando travar os ventos de mudança com as mãos cheias de argumentos ardilosos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os discursos ao jeito de Fidel, a treta dos papões e o marketing estafado estão a perder terreno, porque o tempo em Democracia joga a favor da transparência e contra a corrupção.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando a realidade ganha, os lobbies perdem.</div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-20982339268036335442024-02-05T11:55:00.030+00:002024-02-05T11:55:00.139+00:00AUTORITARISMO NUNCA MAIS<p><br /></p><p></p><div style="text-align: justify;">Pobreza, sem-abrigo, esmagamento dos direitos dos cidadãos, corrupção, falta de cuidados de saúde, escola que não beneficia todos, justiça para ricos e pobres e violência nas prisões são realidades de hoje.</div><span style="text-align: justify;"><p>Tal como foram noutros tristes tempos.</p></span><p></p><div style="text-align: justify;">Se a comparação choca, <i>mutatis mutandis</i>, a escolha é entre aqueles que nos têm (des)governado e aqueles que um dia nos podem vir eventualmente a governar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os portugueses não comem estatísticas de crescimento, de emprego selvagem e de redução contabilística da dívida.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nem estão dispostos a suportar um dia-a-dia de inferno, sem saúde, escola, habitação, justiça e segurança, apenas para abrilhantar projectos de carreiras europeias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O sonho de António Costa de um país de funcionários públicos, mais manipuláveis, sem concorrência e apenas com grandes empresas e projectos faraónicos, não vingou, dificilmente poderá vingar, com a esquerda ou a direita.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A consciência e a defesa dos direitos individuais estão vivas, pois aprendemos a ser mais livres, sem prescindir do individualismo que convive com a solidariedade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A evidência é cristalina: os portugueses não querem voltar ao miserabilismo e ao assistencialismo, muito menos aos tempos de um autoritarismo de Estado, doutrinal, político e financeiro, sob o manto de uma maioria absoluta.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O resultado eleitoral dos Açores deixou claro que o PS se deixou enredar na sua própria teia, alimentando o Chega – antes o papão, agora o lobo mau – para dividir o país e a direita.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Certamente, não contava com a lucidez do voto e com a determinação do líder do PSD que virou o bico ao prego, obrigando os socialistas a uma clarificação.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Luís Montenegro viu premiada a sua estratégia política no primeiro <i>round </i>eleitoral de 2024.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O horizonte ficou mais claro e aberto, autoritarismo nunca mais.</div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-48902599217763674762024-01-29T12:00:00.001+00:002024-02-01T08:22:50.930+00:00PORTUGAL EM POUCAS PALAVRAS<p style="text-align: justify;">Sem governo da República, sem governos regionais dos Açores e da Madeira, não são precisas muitas mais palavras para o país de Marcelo Rebelo de Sousa. </p><p style="text-align: justify;">Felizmente, estamos poupados, por enquanto, a mais cantorias e encenações dos todos juntos. </p><p style="text-align: justify;">O país volta a estar à deriva, dividido como nunca, pasto cada vez mais verdejante para a corrupção e com uma crise social avassaladora. </p><p style="text-align: justify;">Mais do que o insucesso da liderança de António Costa, patente e impossível de continuar a esconder, o que está em causa é o futuro. </p><p style="text-align: justify;">A crise na Madeira, tal como outras, representa tão-só a inevitável consequência do que andámos a semear, ou a tentar esconder, nos últimos 8 anos. </p><p style="text-align: justify;">É Portugal em poucas palavras. </p>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-49525523578576350002024-01-22T12:00:00.002+00:002024-01-22T16:26:25.199+00:00TEMPOS INSANOS<p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;">Morre-se em Portugal, com a dizimação dos mais idosos, enquanto os carrascos do SNS fazem de conta que a situação é de tranquilidade e normalidade.</p><div style="text-align: justify;">Diariamente, as notícias sobre a saúde chocam, embaraçando-nos a todos, até mesmo aqueles que sustentam esta espécie de esquerda à beira de ser apeada do poder.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como foi possível chegar a esta politicamente criminosa situação?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Houve quem o tenha denunciado na altura certa, desde logo os enfermeiros, enquanto o presidente, o governo, alguns políticos e “jornalistas de Estado” andavam juntos no branqueamento.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A gigantesca máquina de propaganda atrasou a percepção geral, mas a evidência da realidade dissipou a cortina de fumo, desde logo ficando à vista a corrupção e o esmagamento dos mais pobres, condenados ao assistencialismo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A crise na comunicação social é apenas mais uma consequência desta promiscuidade, falta de prioridades e valores, acrescida do intolerável distanciamento e até abandono dos cidadãos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aliás, é arrepiante assistir à vulnerabilidade de cada um dos portugueses face ao Estado e à sua Administração novamente retocada de rosa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Vivemos tempos insanos, em que nem as instituições e pilares do regime democrático escapam a uma deriva indizível.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A campanha eleitoral é uma nova oportunidade para renovar o debate, para avaliar a governação deste PS, pois aqueles que nos desgovernaram no passado mais distante também já foram castigados nas urnas de voto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O inevitável reforço dos extremos, favorecido pela crise, já está a vergar os partidos do sistema, que têm alternado no exercício do poder, obrigando-os a repensar a arrogância, a prepotência e a insensibilidade social.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A bipolarização, que permitiu as duas últimas maioria absolutas, resultou no desastre que está à vista de todos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Repetir a receita pode ser fatal, porque a revolta social continua a crescer a olhos vistos e a chuva de fundos europeus tem os dias contados.</div><p></p>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-32329107527002972302024-01-15T11:52:00.000+00:002024-01-15T11:52:23.838+00:00COMEÇOU O LEILÃO POLÍTICO<p><br /></p><div style="text-align: justify;">Reapareceu uma estranha euforia no ar, apesar das notícias alarmantes: as guerras, o IMI das barragens, a subida de preços dos bens básicos, o falhanço no combate à corrupção e até o envolvimento de Marcelo Rebelo de Sousa no Global Media.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div>As elites permanecem indiferentes à futebolização da governação e do debate público, em que parece valer tudo para ganhar, nem que seja a mentir, a comprar e a roubar.</div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Todos os partidos políticos prometem mundos e fundos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O benefício da dúvida continua a ser dado aos partidos do arco da governação que há décadas falham as sucessivas promessas eleitorais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não admira que as propostas daqueles que ainda não passaram pelo poder executivo incomodem o <i>mainstream</i>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O país entrou numa fase delirante, outra vez, quiçá esquizofrénica, que muitos julgaram ser irrepetível, sobretudo pela mão dos socialistas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Com o XXIII governo constitucional em gestão e a Assembleia da República dissolvida, o leilão político está aberto e ocupa o espaço mediático.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O lançamento do concurso do TGV contrasta com os cidadãos a tombarem sem cuidados médicos, mais sem-abrigo, escolas sem professores e aquecimento, jovens e mulheres a emigrarem e criminalidade violenta.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mesmo com fundos europeus a rodos, nem a propaganda já convence, com mais ou menos desinformação oficial e oficiosa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando olhada com distanciamento, serenidade e razoabilidade, a realidade que se depara à nossa frente deixa-nos atónitos, quiçá aterrados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os alicerces do regime democrático estão a ceder à vista de todos, e as eleições antecipadas podem não ser suficientes para travar a deriva em curso.</div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-950345826236085722024-01-08T12:00:00.001+00:002024-01-08T12:00:00.127+00:00LEI MALANDRA E DERROCADA À VISTA<p><br /></p><div style="text-align: justify;">O PM demitiu-se, mas governa e redobra a propaganda.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O Parlamento está à beira da dissolução anunciada, mas continua a legislar furiosamente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Marcelo Rebelo de Sousa faz-de-conta, como se não tivesse marcado eleições antecipadas e estivesse na iminência de ter de renunciar ao mandato.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É a síntese da mais obscura situação política e institucional que alguma vez Portugal viveu desde o 25 de Abril.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nem faltam as ameaças, perdão, os votos de salão, como atestam as últimas cinco palavras do “derrubado” no último encontro de Boas Festas em Belém – «Em 2026, cá nos reencontraremos».</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Neste quadro, a que Luís Montenegro já chamou bandalheira, à boleia dos CTT e da veia bolsista de António Costa, Fernando Medina e Pedro Nuno Santos, chega a notícia em cima do pântano.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">«Marcelo promulgou “lei malandra” sem as questões mais controversas».</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">As clientelas exultam, com o drible, afinal é o diploma que colocou António Costa sob a suspeita da prática do crime de prevaricação, como todos ficaram a saber no dia seguinte.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Afonso Salema, João Galamba, João Tiago Silveira, Lacerda Machado, Nuno Lacasta, Nuno Mascarenhas, Rui Oliveira Neves e Vítor Escária, entre outros da “Operação Influencer”, devem ter ficado com os olhos ainda mais em bico.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nesta vertigem imparável, Pedro Nuno Santos, o mais radical e mais bem-intencionado líder do PS, foi aclamado em Congresso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Reforçando a fuga em frente, os militantes socialistas ainda aplaudiram Marta Temido, uma das obreiras do maior ataque de sempre ao SNS.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É assim, tem sido sempre assim, com esta espécie de PS instalado no poder, no Estado e nas autarquias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É o esplendor do ambiente de vale-tudo, de abuso de poder e das demais negociatas que nos têm colocado na rota da galopante “chinização”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O Ministério Público entrou em cena, na forma e no tempo que entendeu, só resta saber se, acautelando que escapará ileso, poderá evitar a derrocada que está à vista.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-58103226518543174692024-01-01T12:00:00.002+00:002024-01-01T12:21:09.307+00:002024: CHEGA E INICIATIVA LIBERAL<p style="text-align: left;"><br /></p><div style="text-align: justify;">Os portugueses vão ser chamados a votar num tempo de falência sistemática dos partidos tradicionais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Do PS ao PSD, do Bloco de Esquerda ao PCP, pouco serão os cidadãos que não ficaram desiludidos com os erros destes partidos no poder, os quais transformaram o dia-a-dia dos portugueses num inferno.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Todavia existem dois novos partidos que muito prometem: Chega e Iniciativa Liberal, ambos livres da governação carregada de erros, negociatas e políticas desastrosas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre os sectores que afundaram, uns já no caos, outros a caminho da disrupção, vale a pena rever o que propõem os líderes em ascensão, André Ventura e Rui Rocha, por exemplo em relação à Justiça.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Curiosamente, nenhum deles avança com a autonomia financeira do poder judicial – capacidade de gerir os recursos de acordo com as necessidades e de uma forma independente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ninguém espera que os partidos fundadores da Democracia, viciados no paradigma que o voto tudo permite, estejam disponíveis para abdicar de tal escudo protector.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nem mesmo depois das palavras de Henrique Araújo, presidente do Supremo Tribunal de Justiça: «A autonomia financeira do poder judicial é crucial para responder de uma forma óptima».</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A falta de ambição dos novos “<i>challangers</i>” diz tudo sobre a credibilidade, a maturidade e a irreverência protagonizadas pela alternativa à actual alternância.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É o combate à corrupção, ao abuso de poder e demais negociatas, pois claro, mas sem ousar dar os meios necessários a quem tem o dever de aplicar a Lei e é titular do princípio da legalidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É poucochinho para quem apregoa tanta mudança.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não há que perder totalmente a esperança, para já, pois ainda faltam três meses para ambos os partidos arrepiarem caminho, assumindo uma verdadeira alternativa a mais do mesmo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Caso assim não aconteça, 2024 será o ano em que o Chega e A Iniciativa Liberal começarão a ser engolidos pelo sistema que nos tem condenado à miséria.</div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-77812133792103876742023-12-18T11:50:00.000+00:002023-12-18T11:50:44.776+00:00PEDRO NUNO SANTOS: DO TRUNFO AO FARDO<p></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ainda que obrigado à ruptura, pela indecente e má figura na gestão da TAP, entre outros dossiers, ter batido com a porta a António Costa era um trunfo ímpar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;">A aceleração dos acontecimentos obrigou o novo secretário-geral do PS a deitá-lo fora prematuramente, pois teve avançar antes do tempo, estreitando a sua margem de manobra em relação ao centro político.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Apesar de recusar privilegiar as “contas certas”, qual “gauchiste” com convicções, nem tudo está perdido para o candidato a PM dos socialistas mais à esquerda.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não obstante o cenário dantesco, em que terá de disputar as eleições de 10 de Março, o marketing encarregar-se-á de transformar o radical em moderado, o impulsivo em ponderado, o político incompetente em ex-governante com experiência.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O primeiro passo está dado, com o colinho dos Media: António Costa, que quase o liquidou politicamente, até está disponível para conselhos e para o ajudar na campanha, lado a lado, pasme-se, mesmo com uma investigação às costas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É o primeiro passo para a repetição do passado que levou à eleição de José Sócrates, a não ser que os líderes da alternativa tenham aprendido a lição, assimilando que é preciso mais do que apontar erros.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É que o empobrecimento e os desastres no SNS, na escola, nos tribunais, nas PME’s e na prevenção da segurança podem voltar a não chegar, como ficou atestado com a última maioria absoluta do PS.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A mudança só será possível se os cidadãos tiverem a certeza que não correm o risco de ficar pior do que já estão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;">Resta uma única dúvida: o secretário-geral do PS negará António Costa se estiver à beira de perder as eleições, ou carregará até ao fim o fardo que ajudou a criar nos últimos 8 anos, cavando a sua própria sepultura política?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Seja qual for a resposta, Pedro Nuno Santos é quem melhor serve a ambição de Luís Montenegro a chegar a São Bento.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-size: 12.0pt;"><o:p> </o:p></span></p><br /><p></p>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-87328961554912135582023-12-11T11:55:00.020+00:002023-12-18T11:48:25.795+00:00O QUE MARCELO NÃO FEZ<p><span style="text-align: justify;"><br /></span></p><p><br /></p><p style="text-align: justify;">Enquanto o Mundo gira perigosamente, de Gaza a Kyiv, por cá o precipício também está cada vez mais perto.</p><p style="text-align: justify;">Não há uma única voz que publicamente defenda integralmente a actuação de Marcelo Rebelo de Sousa no caso das gémeas do Hospital de Santa Maria.</p><div style="text-align: justify;">Se ainda há quem tenha dúvidas, não é preciso ser um génio para ter a certeza absoluta de que o presidente não fez o que se impunha.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desde logo, meter o Dr. Nuno Rebelo de Sousa na linha.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Bastava dar o exemplo, com um telefonema paternal, dizendo-lhe para não repetir o atrevimento de interceder por terceiros junto de Belém.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Até bastava não dar seguimento a tal afoiteza, mas o presidente preferiu a troca de telefonemas e mensagens com os médicos, com a cautela de plástico para a eventualidade do caso se tornar público.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;">O presidente pode ser descontraído e até muito distraído – como com Ricardo Salgado e Tancos –, mas depois da notícia das gémeas tratadas nem sequer teve o cuidado de saber o que havia acontecido.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A inteligência nem sempre é prática, a formalidade nem sempre é a salvação e a familiaridade em cargos de Estado é sempre institucionalmente fatal.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">António Costa que o diga, mesmo "frustrado e magoado", pois apresentou imediatamente a demissão após a revelação pública de indícios criminais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não há como branquear o que Marcelo devia ter feito, mas não fez, pelo que só há uma solução: renunciar, num último gesto de dignidade institucional, política e pessoal.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">P. S. Todos aqueles que têm sido vítimas por se oporem à lógica de influências, favores e abuso de poder merecem o maior respeito, porque são os exemplos da cidadania que importam e contam na República.</div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-47989169987240927982023-12-04T11:55:00.002+00:002023-12-04T11:55:00.143+00:00NÃO HÁ ABUSOS DE PODER PERFEITOS<div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Cada declaração de Marcelo Rebelo de Sousa a justificar o caso das gémeas do Hospital Santa Maria, adensando ainda mais as suspeitas, é mais uma confirmação.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tal como em qualquer situação corriqueira de corrupção, ninguém espera que o abuso de poder para favorecer – ou para prejudicar – tenha uma assinatura digital ou reconhecimento notarial.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não vale a pena multiplicar cortinas de fumo: o que está em causa é a excepcionalidade e a celeridade com que as duas crianças luso-brasileiras foram tratadas pelo SNS no limite do caos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sejamos ainda mais claros: a questão não é apenas o que o presidente fez, mas sobretudo o que não fez para evitar um iminente favorecimento escandaloso, tendo em conta que foi abordado pela sua própria família.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De igual modo, o problema também não é o das gémeas terem recebido o tratamento mais caro do mundo, mas sim o de outras crianças, nas mesmas condições, não terem conseguido os mesmos cuidados e acompanhamento.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A palavra do presidente não chega, por mais rei que possa parecer ou queira ser.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Vivemos numa República que se apresenta como um Estado de Direito.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A investigação administrativa e o inquérito criminal avaliarão a responsabilidade do presidente, entre outros, sendo de registar que, depois de ameaças, lá admitiu disponibilidade para se defender em tribunal.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em termos de percepção pública, por muito menos António Costa demitiu-se imediatamente, e muito bem; por tanto ou mais, Marcelo Rebelo de Sousa, por ora, agarra-se à função, e muito mal, sem colocar prontamente em cima da mesa a renúncia ao cargo (CRP artigo 131º).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Se as “contas certas” são uma monumental armadilha, como reafirma Aníbal Cavaco Silva, é cada vez mais evidente que Marcelo dificilmente escapará às “contas acertadas”.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não há abusos de poder perfeitos.</div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-56411424104832385892023-11-27T11:55:00.003+00:002023-11-27T11:55:56.595+00:00O PADRÃO DE MARCELO<p><span style="text-align: justify;"><br /></span></p><p><span style="text-align: justify;">As palavras premonitórias são de Aníbal Cavaco Silva, proferidas a 21 de Maio passado, recordadas agora pelo próprio no momento em que abandonou o 41º congresso do PSD.</span></p><div style="text-align: justify;">«<a href="https://maisactual.blogspot.com/2023/05/ipse-dixit-boa-semana.html"><span style="color: black;">Às vezes, os PM's, em resultado de uma reflexão, sobre a situação do país, ou de um rebate de consciência, decidem apresentar a sua demissão, e têm lugar eleições antecipadas, foi isso que aconteceu, em Março de 2011 [José Sócrates]</span></a>».</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;">Ao longo do mesmo mês de 2023, de recordar que Marcelo Rebelo de Sousa exibia com esplendor o seu poder político e constitucional, recorrendo várias vezes à ameaça pública de dissolução da Assembleia da República.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O pano de fundo para a crise institucional era dado pelo extraordinário negócio do lítio, cuja polémica rebentou a 7 de Dezembro de 2019, tendo atingido o zénite com a validação, em 2021, de pelo menos uma escuta relativa a uma conversa entre António Costa e Pedro Matos Fernandes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;">O resto é conhecido: Marcelo Rebelo de Sousa precipita eleições, a 5 de Novembro de 2021; o PS alcança a maioria absoluta, a 30 de Janeiro de 2022; António Costa demite-se um ano e nove meses depois.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;">Com a bagunça instalada, institucionalmente e nos mais importantes sectores do país, em particular na saúde e na justiça, agora os holofotes apontam para o presidente, especialmente sobre o que sabia sobre tal investigação.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Se no caso das gémeas do Santa Maria é cada vez menos verosímil acreditar que nada sabia, então por força de razão maior é ainda mais estapafúrdio “engolir” o total desconhecimento presidencial sobre tal assunto de Estado que envolvia o primeiro-ministro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Aliás, ainda ninguém esqueceu o que se passou nas Forças Armadas, designadamente em Tancos, com mais um par de extraordinários desconhecimentos, sempre com desaparecimentos de papéis à mistura.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;">O padrão de Marcelo está definido e amplamente documentado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Contra factos, não há argumentos: com Marcelo Rebelo de Sousa em Belém, o resultado está à vista, o desastre consumado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>Será que o “filme” ainda pode acabar a contento de todos? <br /><br /> <br /><br /> RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-35502596336921483972023-11-20T11:55:00.001+00:002023-11-20T11:55:00.136+00:00DESENLAMEAR A REPÚBLICA<p><br /></p><div style="text-align: justify;">Os três erros do Ministério Público na “Operação Influencer”, clamorosos, ainda que circunstanciais, os quais não colocam em causa o cerne da investigação, devem ser escrutinados, sim, agora à luz de uma incompreensível pressa em avançar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;">Por que terá sido assim?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A quem serviu?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A todos, por razões diversas?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No cenário das eleições antecipadas, o impulso da reforma da justiça para melhor controlar o titular da acção penal, em jeito de vingança, é apenas mais uma prosaica boçalidade, tendo em conta a actual autonomia de fachada, sem meios.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É imperioso o debate sobre as necessárias reformas tranquilas e cirúrgicas, sem hesitações em partir a espinha ao colosso da corrupção e do tráfico de influências que têm condenado os portugueses à miséria.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É preciso mais exigência e vigilância em relação às instituições de controlo, designadamente os Media, viveiros de profissionais de coragem e também de subserviência às mãos de mercenários que os tentam controlar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tal como Trump, Lula e Bolsonaro, entre outros, não conseguiram liquidar as instituições democráticas dos seus países, também por cá não há que ter medo do voto do povo, seja ele qual for.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O arreigado espírito democrático dos portugueses não pede meças aos norte-americanos ou aos brasileiros.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Continuar a cair na armadilha que tem perpetuado os mesmos políticos e partidos não vai trazer nada de novo, e pior do que a bandalheira institucional actual, plasmada na guerra fratricida pelos grandes projectos, nada do que pode vir poderá ser ainda pior.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O voto a 10 de Março de 2024 é a derradeira oportunidade, mais uma, para escolher quem seja capaz de enfrentar este lamaçal indizível, em que quase todos participam e quase ninguém escapa aos salpicos de lama.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A mudança é sempre possível e desejável, desde que sustentada no mérito, competência e serviço público.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não há que ter medo das novas gerações, desde que separado o trigo do joio tóxico, pois urge desenlamear a República.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-36631305342938166902023-11-13T11:55:00.007+00:002023-11-14T13:44:27.384+00:00PORTUGAL A DESMORONAR<p><br /></p><div style="text-align: justify;"><p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;">O primeiro-ministro acaba a carreira política, envolvido em corrupção e
tráfico de influências.</p><p style="margin: 0cm 0cm 0.0001pt;"><br /></p></div><div style="text-align: justify;">A degradação atingiu tal ponto que o presidente já chegou ao cúmulo institucional, por ora, de ter de desmentir publicamente Mário Centeno, governador do Banco de Portugal.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É o resultado, mais uma vez, do Partido Socialista no poder, da arrogância da maioria absoluta e da promiscuidade entre negócios e política.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É o corolário do militante e sistemático branqueamento de Marcelo Rebelo de Sousa nos últimos 8 anos, sempre em nome das colaborações e estabilidades políticas instrumentais e ocas, quiçá protegendo as habituais clientelas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não, as coisas não têm de ser assim, nem podem continuar a ser da mesma maneira.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O pleno exercício de funções do governo, com o primeiro-ministro e ministros a contas com o Ministério Público, ensombra a marcação das eleições antecipadas para 10 de Março de 2024.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O ataque ao regime democrático reforça a percepção de impunidade, deixando pasto aberto e livre a derivas que, depois de chanceladas nas urnas, com liberdade e legalidade, têm o selo da legitimidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É o pântano num momento delicado da vida nacional e internacional, em que os portugueses desesperam por cuidados de saúde, pela escola que ensine os seus filhos, por justiça mais célere e por segurança nas ruas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É também o regresso dos tradicionais “enganados”, aqueles que nunca enxergam nada, que estiveram sempre calados, e que agora exibem choque com total desfaçatez.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Tudo sem que haja, outra vez, a mais leve referência ao financiamento partidário ilegal, quando ainda ecoam as palavras de Henrique Araújo, presidente do Supremo Tribunal de Justiça: «A corrupção está instalada no país».</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não, não precisamos de mais génios, mas sim de políticos sem nódoas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Portugal está a desmoronar à frente dos olhos dos cidadãos ainda aturdidos, no momento em que a ruptura geracional em curso exige o maior e mais atento escrutínio.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A procissão ainda vai no adro, mas já é possível afirmar, objectivamente, que António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa constituem o pior <i>ticket </i>de sempre em Portugal, desde o 25 de Abril de 1974.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-60755096504965368632023-11-06T11:55:00.003+00:002023-11-06T11:55:00.255+00:00CRIMES EM NOME DA DEMOCRACIA<div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O conflito no Médio Oriente continua a ser alimentado pelas acções terroristas das partes envolvidas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A questão não é saber quem começou, tanto mais que o ataque do Hamas, do passado 7 de Outubro, não pode ser descontextualizado dos anteriores perpetrados sucessivamente por Israel.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como é possível um regime democrático colocar-se ao mesmo nível de um grupo terrorista?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A resposta é dramática: a geometria variável das superpotências facilita que Israel, um Estado pária que nunca cumpriu uma resolução da ONU, possa impunemente invadir, ocupar e matar indiscriminadamente civis inocentes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O carrossel de contradições não é de hoje, nem de ontem, nem começou com a invasão do Iraque nem acabou com invasão da Ucrânia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O resultado é trágico: a posição de Benjamin Netanyahu e de Vladimir Putin são tão criminosas e cínicas quanto as de Joe Biden e dos seus acólitos que lideram os principais países europeus, incapazes de terem aprendido com as vergonhas do passado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os crimes praticados em nome dos regimes democráticos são o fermento das ditaduras, com a agravante das negociatas de Estado lhes garantirem os meios suficientes para sobreviverem.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O descalabro da ordem mundial nunca esteve tão patente, designadamente a intensificação das relações e acordos com líderes sanguinários, como por exemplo Mohammad bin Salman da Arábia Saudita.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em boa verdade, a práxis das relações internacionais apenas favorece a matança e a corrupção de Estado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No meio da tragédia, o Reino Unido e os principais líderes da União Europeia, os arautos dos regimes democráticos, optam por chafurdar na miséria da indiferença do genocídio de um povo pobre e abandonado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Felizmente, em relação ao Médio Oriente, Portugal e Espanha têm mantido uma posição civilizada e respeitadora do Direito Internacional e Humanitário que nem Marcelo Rebelo de Sousa consegue beliscar com as suas leviandades inaceitáveis.</div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-74654845445533772682023-10-30T11:55:00.003+00:002023-10-30T11:56:35.924+00:00DO “VÁCUO” DE GUTERRES À “ARMADILHA” DE VILLEPIN<p><br /></p><div style="text-align: justify;">O massacre indiscriminado em Gaza, às mãos do governo de Benjamin Netanyahu e de Yoav Gallant, é muito mais do que uma questão de crimes de guerra.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É mais uma prova do esmagamento dos cidadãos à força do arbítrio, neste caso do Estado de Israel, pária porque nunca cumpriu qualquer resolução das Nações Unidas, aliás, novamente condenado pela maioria da comunicada internacional.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O abuso de poder não se cinge à força das armas, pois também é atestado pela prepotência consumada com a conivência nacional da Lei e dos seus agentes que têm o dever de a cumprir e aplicar.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A este propósito, não é de estranhar que a <a href="europa:%20Perce%C3%A7%C3%A3o%20de%20independ%C3%AAncia%20do%20sistema%20judicial%20|%20Pordata"><span style="color: black;"><b>independência do sistema judicial</b></span></a> é ainda pior do que na Roménia ou em Chipre, pois são <a href="https://maisactual.blogspot.com/2023/10/multas-no-constitucional.html"><span style="color: black;"><b>cada vez menos aqueles que acreditam no Estado de Direito em Portugal</b></span></a>.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O que espanta é o manto de silêncio que continua a cobrir esta realidade avassaladora, tanto internacional como nacionalmente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nada consegue acordar a cidadania, nem mesmo quando está em causa a vida, a saúde dos portugueses.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O arrastamento das negociações entre o governo de António Costa e os sindicatos dos médicos (SIM e FNAM), que tem provocado mortes evitáveis, é a mais flagrante confirmação de que o Estado não tem limites de impunidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A situação de caos na escola pode ser uma explicação: com cidadãos menos educados e cultos, viciados no falso assistencialismo, os agentes da governação podem perpetrar todos os abusos, certos que nunca serão responsabilizados criminalmente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A lógica de Dominique de Villepin, ex-primeiro-ministro francês, é a mais eloquente prova da falsa diplomacia que tem alimentado a barbárie no Médio Oriente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A ocupação da Palestina pelas forças israelitas só é possível de entender à luz da total dependência dos palestinianos (água, luz, emprego, etc) daqueles que os agridem há mais de 56 anos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Afinal, os radicais e extremistas palestinianos é que persistem em cair na armadilha israelita que visa pura e simplesmente perpetuar a agressão, manter a ocupação e garantir a inviabilização de um Estado palestiniano verdadeiramente livre.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">António Guterres, secretário-geral da ONU, felizmente, não o calou: «<a href="https://maisactual.blogspot.com/2023/10/ipse-dixit-boa-semana-442023.html"><span style="color: black;"><b>É importante reconhecer que o ataque do Hamas não aconteceu no vácuo</b></span></a>».</div><div style="text-align: justify;"><br /></div> <div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div> RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-33801718897317678362023-10-23T11:55:00.001+01:002023-10-23T11:55:00.135+01:00O EXEMPLO DE GUTERRES <p><br /></p><div style="text-align: justify;">Em tempos de guerras, importa não cair nos erros do passado, em que as roncas do <i>establishment </i>condenaram milhões e milhões de cidadãos em troca de interesses geoestratégicos e negócios chorudos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Segundo a ONU, de 2008 até 19 de Setembro de 2023, em confrontos entre Israel e a Palestina, morreram 20 vezes mais palestinianos do que israelitas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A repressão do apoio à causa palestiniana, em França e na Alemanha, é apenas mais um reflexo do espelho da falência dos regimes democráticos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A intervenção de António Guterres, em Rafah, com destaque global, é um momento inesquecível para qualquer cidadão livre, português ou estrangeiro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É um marco histórico que contrasta ainda mais com a miséria caseira.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">António Costa continua no permanente alijar de culpas, completamente enfeudado à errática política externa da União Europeia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Marcelo Rebelo de Sousa apela ao silêncio em relação à questão do Médio Oriente, atestando a sua irrelevância internacional.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">D. Manuel Aguiar, Bispo de Setúbal, enquanto patina sobre a indemnização às vítimas da Igreja, pasme-se, defende que o pior é «tomar partido» no conflito entre israelitas e palestinianos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Estes são apenas três exemplos do bafio remanescente da ditadura que ainda domina a sociedade portuguesa.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Muitos mais fazem parte deste dia-a-dia viscoso, sempre reverentes e venerandos, sempre mais preocupados com os seus pequeninos calculismos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mesmo entre aqueles que ousam ir além da indigência, apesar de sustentados pelo regime, na hora da verdade quedam-se pela lei do mais forte.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não é por acaso que, por cá, uns pingos de tinta, presenteados por jovens activistas pelo clima, são tão violenta e desproporcionalmente condenados verbalmente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Infelizmente, ainda existe uma maioria que não tem tempo para enxergar, muito menos ver, ouvir e falar, tão bem representada por aqueles que se assumem como “enganados”, quando apanhados nas suas reles contradições.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De Gaza à Ucrânia, sem esquecer as matanças noutras latitudes – umas mais facínoras, todas criminosas –, o alheamento, a passividade e o silêncio em relação à barbárie são a pior escolha possível.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De acordo com as suas agendas pessoais, uns reservam um lugar no rodapé das glórias efémeras e das migalhas, bolçando mais ou menos cobardia em relação à intolerável indignidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Felizmente, o gesto arriscado de António Guterres, política e fisicamente, perdurará na História.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-69410787152565591572023-10-16T11:55:00.007+01:002023-10-16T12:01:12.119+01:00A GUERRA E OS EPISÓDIOS<p> </p><div style="text-align: justify;">O poder e a sua guarda pretoriana já não surpreendem, tão-pouco os seus métodos e acções na sombra, sempre cobardes, que lá vão impunemente liquidando sonhos, projectos e vidas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">À socapa ou à média luz, os pseudocríticos lá vão renegando tudo o que apregoam na secreta esperança de ainda poderem receber umas migalhas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Este teatro, dos que se arvoram em garantes da segurança e justiça, vem a propósito, entre outras, da proposta russa da criação de um cessar-fogo e corredor humanitário, no Conselho de Segurança da ONU, para salvar o que resta dos palestinianos em Gaza.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É a suprema ironia de Putin, o carrasco dos ucranianos a vincar o abastardamento da essência das democracias, prisioneiras da geometria variável.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A cumplicidade dos Estados Unidos da América e da maioria dos países da União Europeia no massacre em Gaza ficará gravada na História como mais um vil golpe na liberdade e sentido de humanidade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A vingança, a matança e o castigo colectivo dos palestinianos são o princípio do fim de Joe Biden e um rude golpe na credibilidade do eixo franco-alemão da União Europeia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não aprenderam nada com o terrorismo de Estado levado a cabo por George W. Bush, aliás recordando as tácticas facínoras do Hamas, entre outros.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Impor pela força um <i>status quo</i> arbitrário e corrupto no Médio Oriente, que já dura há 75 anos, apenas serve para eternizar o conflito, garantindo a prosperidade das indústrias de Defesa dos países mais desenvolvidos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na era da informação global, reforçada pela evolução tecnológica e pela presença de múltiplos <i>players</i>, a velha receita das armas está ultrapassada, não o perceber é apenas mais um sinal da falência.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A consequência está à vista: a possível eleição de Trump, à luz do que sabemos hoje, entre outras de igual calibre, a multiplicação dos genocídios e a crescente desconfiança dos cidadãos nos regimes democráticos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A propósito de guerras sujas, é fundamental relativizar a miséria dos últimos episódios caseiros: António Costa a alijar responsabilidades, culpando os cidadãos do caos nas urgências, e Marcelo Rebelo Sousa a pagar uma pernoita a um professor.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Afinal, também por cá, a impunidade, a desfaçatez e o ridículo políticos continuam a dominar o rumo dos acontecimentos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-44547649415827392362023-10-09T11:55:00.001+01:002023-10-09T11:55:00.142+01:00SNS: A MATANÇA CONTINUA<p> </p><div style="text-align: justify;">Desde o 25 de Abril, os políticos com funções executivas condenados em Tribunal, que cumpriram penas de prisão efectiva, são uma raridade.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No caso dos autarcas, o destaque vai para Abílio Curto, João Nabais e Júlio Santos (PS); António Lobo, Isaltino Morais, Luís Gabriel Rodrigues (PSD); António Cerqueira (CDS/PP).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre centenas de outros autarcas investigados ou condenados a pena suspensa, o certo é que já existiram castigos que decorreram de crimes praticados no exercício de funções, o que não se tem verificado entre os governantes da República.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nem mesmo Armando Vara, condenado a cinco anos de prisão efectiva no processo “Face Oculta”, em 2014, pois acabou por escapar ao processo judicial que resultou do caso do “saco azul” do PS, em 2000, quando era secretário de Estado da Administração Interna.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A conclusão é avassaladora: ministros e secretários de Estado têm gozado de total impunidade, quaisquer que sejam os indícios de eventuais crimes praticados no exercício de funções, como se a responsabilidade política fosse uma esponja que tudo lava mais branco.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A questão ganha particular importância no quadro do pré-colapso do SNS, cuja incessante degradação tem custado mortes evitáveis, como já abordou Eugénio Rosa, num estudo a propósito da pandemia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Às mortes que indiciam uma extraordinária e flagrante falta de cuidados de saúde devidos e atempados, Lucília Gago, procuradora-geral da República, tem respondido com um esmagador silêncio, não obstante o alarme público e social.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Podemos continuar a viver sossegados?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">António Costa, Manuel Pizarro e Fernando Araújo, entre outros responsáveis pelo actual caos no SNS, manifestam preocupação.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Marcelo Rebelo de Sousa distrai com o seu escrutínio tardio e inconsequente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sem o menor sinal de temerem um qualquer tipo de responsabilização criminal.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">SNS: a matança continua.</div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-53994175493249305732023-10-02T11:55:00.011+01:002023-10-02T16:47:35.529+01:00CAIR NA REAL<p><br /></p><div style="text-align: justify;">Ainda que os milhares de milhões de euros do PRR possam vir a mitigar alguns dos estrangulamentos, as actuais aflições dos portugueses não vão ter solução no curto prazo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não é possível esperar um milagre, nem mesmo com o Cardeal do PS.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nem é possível manter a situação de caos nos serviços públicos, pois os protestos já reúnem a esquerda e a direita na rua, dos moderados aos radicais.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A recente intervenção de Carlos Guimarães Pinto diz tudo: «A saúde é grátis, mas não há médicos; as creches são grátis, mas não há vagas; a escola é grátis, mas não há professores; os passes são grátis, mas não há comboios. (...) É tudo grátis, mas nada funciona».</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O desvario da governação, amparado pelo branqueamento e folclore de Marcelo Rebelo de Sousa, tem um preço que começa agora a ser inquestionavelmente visível e palpável.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A solução não passa por castigar os mesmos do costume, os mais pequenos, os trabalhadores por conta de outrem e os contribuintes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nem tão-pouco por alimentar ficções, entre os quais, por exemplo, se destaca a dos mais jovens terem acesso a uma casa no centro das cidades, sonho que rareia nos países da União Europeia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Custa assistir à desvalorização dos sinais de falência que estão à vista de todos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A maioria absoluta concedida ao PS, que visava precisamente a implementação de políticas de fundo capazes de fazer a mudança, precisa de ser urgentemente reanimada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>É tempo de interromper os silêncios arrogantes, as falsas negociações, os diálogos de fachada, a corrupção endémica e a propaganda levada a cabo por mercenários e afins. <div><br /></div><div>A situação na escola, habitação, saúde, segurança e tribunais não coloca só o governo de António Costa à beira do precipício. </div><div><br /></div><div>São as instituições na iminência da descredibilização.<div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É preciso cair na real para poder construir um futuro.</div></div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-35595827073394541662023-09-25T11:55:00.007+01:002023-09-25T12:23:52.918+01:00MADEIRA: O PÂNTANO APRIMORADO<p><br /></p><div style="text-align: justify;">Miguel Albuquerque venceu.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A festa laranja só foi estragada por ter perdido a maioria absoluta, obrigando-o a uma monumental cambalhota, dando o dito por não dito em relação à ameaça de apresentar a demissão no caso de a perder.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Luís Montenegro, brindado com uma vitória expressiva do PSD Madeira, agarrou-a com as duas mãos, deixando implícita a viabilidade de um qualquer outro flique-flaque em futuras eleições.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os socialistas averbaram uma derrota colossal nas regionais da Madeira, com António Costa a evaporar-se, como bem assinalou o líder do PSD.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre os pequenos, André Ventura soma e segue, tendo tido a sagacidade política de imediatamente auto-excluir-se de qualquer solução governativa ainda antes de ser publicamente escorraçado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Restam a Iniciativa Liberal e o PAN, as duas chaves para o sucesso do golpe de Miguel Albuquerque.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Quando se esperava mais respeito pelas regras democráticas e pela dignidade na política, as lideranças nacionais de ambos os partidos já se colocaram de joelhos para agarrar o tacho ou para garantir umas migalhas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por sua vez, entre os ainda mais pequeninos, bloquistas e comunistas arrancaram presença no Parlamento madeirense, enquanto o CDS/PP continua orgulhosamente a somar na lapela do casaco de Miguel Albuquerque.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os eleitores da Madeira e Porto Santo abriram a porta da rua ao presidente do PSD Madeira, mas o líder político regional, com tiques populistas e autoritários, continua a fazer de conta que não percebeu o recado eleitoral.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Por sua vez, as empresas de sondagens voltaram a cumprir mais um falhanço estrondoso.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É a política tradicional, conduzida pelo oportunismo de políticos menores, num sistema que tolera que os cidadãos sejam vergonhosamente enganados.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">É o 1-0 despudoradamente reclamado politicamente por Luís Montenegro, mesmo com um golo marcado em fora de jogo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em suma, é o pântano aprimorado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">P. S. O JPP é um fenómeno que merece reflexão. </div>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2150424159418544002.post-39268381844722811202023-09-18T11:55:00.011+01:002023-09-18T12:11:53.180+01:00A OUTRA GRANDE GUERRA<p> </p><p style="margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;">A lista de sanções impostas pela União Europeia à Rússia é maciça.</span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;">As sanções incluem </span><span><a href="https://www.consilium.europa.eu/pt/policies/sanctions/restrictive-measures-against-russia-over-ukraine/sanctions-against-russia-explained/"><span style="color: black;">medidas restritivas específicas (sanções individuais),
sanções económicas e medidas em matéria de vistos</span></a><span style="color: black;">.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;">A estas medidas extraordinárias juntam-se outras impostas pela Austrália,
Estados Unidos da América, Japão, Nova Zelândia e Taiwan</span>, sendo que as
últimas adoptadas datam de finais de Fevereiro de 2022. <o:p></o:p></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;">Só a União Europeia já terá congelado cerca de 30 mil milhões de
euros em bens russos de indivíduos e entidades associados ao governo de Putin,
aos quais ainda estão por quantificar os fundos congelados em instituições
bancárias com ligações ao Kremlin, designadamente o Banco Central da Rússia.</span><o:p></o:p></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: inherit;">Por sua vez, os Estados Unidos da América já terão congelado mais
de 600 mil milhões de activos russos.<o:p></o:p></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: inherit;">Em síntese, o mundo Ocidental, ainda unido, impôs restrições a 38
categorias de produtos, cuja exportação foi proibida.<o:p></o:p></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: inherit;"><span style="color: black;">Ainda assim, apesar das brutais sanções, o The New York Times
revelou que a </span><span><a href="https://www.nytimes.com/2023/09/13/us/politics/russia-sanctions-missile-production.html"><span style="color: black;">Rússia conseguiu aumentar a sua capacidade militar</span></a><span style="color: black;">, designadamente a produção de mísseis.<o:p></o:p></span></span></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: inherit;">No século XXI, há uma outra Grande Guerra em curso: um sistema que
facilita a sobrevivência de 13 Estados párias (Afeganistão, Bielorrússia, Coreia
do Norte, Eritreia, Guiné Equatorial, Israel, Kosovo, Myanmar, Rússia, Síria,
Sudão, Uzbequistão, Zimbabué) que representam cerca de 400 milhões de pessoas.<o:p></o:p></span></p>
<p style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: inherit;">Passados 300 dias da brutal invasão e agressão russas na Ucrânia
sucedem-se as vozes que garantem que a Guerra na Europa ainda vai continuar
durante vários anos</span><span style="color: black; font-family: "Garamond","serif";">.<o:p></o:p></span></p>RuiCostaPintohttp://www.blogger.com/profile/15591512714030201522noreply@blogger.com0