Ninguém ousaria prever que, depois de 2015, o PS voltaria a liderar um governo contestado pelo nepotismo e suspeitas de corrupção nos negócios com o Estado.
Todavia, a actualidade não deixa de nos surpreender, favorecendo a instalação de um clima pantanoso face às sucessivas notícias de familiares dos socialistas colocados no aparelho de Estado e de negócios opacos e ruinosos levados a cabo por empresas detidas por familiares de membros do XXI governo constitucional.
O ex-número dois de Sócrates, hoje primeiro-ministro de Portugal, não aprendeu nada, nem quer aprender, porque continua confortável com o estado a que isto chegou.
O debate deve levar mais longe a terapia exigível para acabar com este bailete, aliás, liderado magistralmente por Marcelo Rebelo de Sousa.
Portugal continua a ser conduzido por políticos bolorentos, muito bolorentos, incapazes de perceber que os fenómenos de nepotismo e de corrupção são civilizacionalmente inaceitáveis.
É claro que esta espécie de políticos bolorentos são legalistas, formalistas, habilidosos e lavam as mãos frequentemente ou desaparecem num ápice quando lhes convêm.
Obviamente, seguem a lei - quando não a mudam a todo o vapor -, pedem pareceres à PGR - depois de tentar controlar o Conselho Superior do Ministério Público -, mas aguardam sempre, serena e humildemente, pelo veredicto da Justiça e pelo voto nas urnas - que interpretam da forma mais conveniente.
Não, não chega para mudar Portugal.
O saque permitido por este políticos bolorentos - por acção ou omissão - custa muito dinheiro que faz falta no sector da Educação, da Saúde e da Justiça, entre outros decisivos para melhorar a vida dos portugueses.
Não, não é possível respeitar politicamente este políticos bolorentos, independentemente das convicções de cada um deles ou da aptidão para a selfie ou para o discurso politicamente hipócrita.
Não, não é admissível continuar a assistir a esta governação bolorenta.
Talvez seja desta, talvez, nas próximas eleições legislativas de 6 de Outubro, que a lucidez dos portugueses permita enviar esta espécie de políticos bolorentos para a reforma...
Ainda que sabendo que terão de lhes pagar reformas douradas!
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