A democracia nos Sates está viva e bem enraizada na cidadania.
Fartos da hipocrisia de alguns democratas, de Barack Obama a Joe Biden, os norte-americanos elegeram esmagadoramente o republicano Donald Trump, a 6 de Novembro de 2024.
Passados quase cinco meses, a popularidade do presidente cai, enquanto Elon Musk, o principal apoiante, está a sentir no bolso a fúria dos concidadãos.
O boicote à Tesla é o pior figurino para os líderes políticos e os oligarcas que enriquecem à sua sombra.
O exemplo não podia ser mais pertinente, quando os assassinos dão as cartas, impunemente, perante a cumplicidade generalizada, porque tudo tem um preço.
A convivência, a bajulação e o mercadejar com ditadores, assentes numa lógica facilitadora da alta corrupção e dos negócios de Estado, estão a traçar um rumo medonho.
Que não haja ilusões: só um boicote da cidadania a Israel e à Rússia, a nível global, pode travar a deriva sanguinária dos respectivos líderes.
Aliás, Benjamin Netanyahu e Vladimir Putin se sentirem na algibeira o preço das suas atrocidades, então o genocídio em Gaza e a invasão da Ucrânia estarão mais perto do fim.
Os líderes políticos, incluindo os da União Europeia e do Reino Unido, não têm coragem para estar do lado certo da história, vergando ao pragmatismo, à dualidade e ao servilismo, sabe se lá em nome de que ambições e projectos.
É mais do que tempo de eleições, quando Benjamin Netanyahu se prepara para visitar Viktor Orbán, desafiando o mandado de detenção internacional.
É tempo de acção, para cada um, por mais pequena que seja, a qual poderá fazer regressar um pouco mais de humanidade, dignidade e esperança.
É
tempo de despertar, também para os jornalistas, face aos assassinatos, só em
Gaza, de cerca de 130 dos seus pares.
É neste cenário que o historial de Luís Montenegro assenta que nem uma luva, indiferente ao arrastar de Portugal para um pântano tão verdejante quanto a Madeira.
No século XXI, não há repressão, nem ameaça nuclear, capaz de apagar a memória das dezenas de milhares de crianças mortas e dos milhões de desalojados, feridos e mortos, seja em que latitude for.