À medida da falência da União Europeia, em termos estratégicos e militares, na actual conjuntura de guerras na Ucrânia e em Gaza, entre outras, Marcelo Rebelo de Sousa entrou novamente em cena de cabeça pedida.
Fica mais uma intervenção desastrosa: classificar Donald Trump como um activo russo.
Felizmente, externamente, tal como internamente, já ninguém leva a sério o inquilino de Belém.
Porém é útil avaliar os extremos de impunidade e dissimulação que têm caracterizado os dois mandatos presidenciais.
Por um lado, enterrado na subserviência a Israel, manobras de diversão à parte, Marcelo Rebelo de Sousa atinge novo pico de desatino político, atirando uma pedrada a quem, genuína ou dissimuladamente, ainda tenta a paz.
Por outro, o alinhamento com o Reino Unido, sem apelo nem agavo, é mais uma prova do fingimento grotesco ao nível internacional.
É bem verdade que a condução da política externa é da responsabilidade de Bruxelas, perdão, do governo da República.
Mas para quem enche a boca com os imigrantes e os direitos humanos não deixa de ser burlesco a dualidade em relação aos massacres de idosos, crianças e mulheres em directo e a cores.
Se alguns tentam justificar o injustificável com interesses de Estado, então ao menos que se calem as vozes que continuam a aviltar a dignidade dos portugueses.
Mergulhados no caos que continua a ser abafado ou camuflado, Portugal está à mercê das palavras presidenciais ocas.
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