O primeiro-ministro de Portugal pode não ser suspeito para a Justiça portuguesa, mas já não escapa à suspeição da opinião pública.
Desde o momento em que o Freeport regressou aos jornais, rádios e televisões – em que se encontram alguns que o tentaram abafar noutros momentos –, José Sócrates desatou a reagir precipitadamente, valorizando mediaticamente o que ele próprio veio agora afirmar como uma obra de «poderes ocultos».
Os principais 'patrões' da Comunicação Social agradecem, com as vendas a subir. Mas tal estratégia, que mais parece um pingue-pongue entre indícios e factos suspeitos e declarações de fé, beneficia José Sócrates?
Creio que não.
O direito inalienável à indignação e à presunção de inocência não se compaginam com múltiplas declarações emocionadas que relevam, inevitavelmente, omissões e contradições que reforçam todas as suspeições.
O primeiro-ministro de Portugal está refém de formalismos processuais. O mais grave é que tem usado o seu poder institucional para tentar minimizar os estragos, o que lhe valeu uma severa repreensão pública da parte de António Cluny, que chamou à atenção para as subtis interferências sobre a investigação.
Aos olhos da opinião pública, a estratégia de defesa escolhida é mais a de um culpado do que a de um inocente.
Bastaria uma singela declaração para esvaziar todas as suspeitas: permitir a investigação das suas contas bancárias e apelar à família para disponibilizar a informação sobre o património amealhado nos últimos anos.
Assim, sim. Estaríamos perante a defesa de um inocente que age em consequência.
José Sócrates estaria a fazer uma favor a si próprio, à Democracia e, sobretudo, à Justiça, que se está a afundar no pântano, no tal pântano que António Guterres invocou há sete anos para se demitir.
O processo Freeport já 'matou' politicamente José Sócrates. A culpa não é da comunicação social. É do próprio José Sócrates que tudo está a fazer para consumar um suicídio político.
Desde o momento em que o Freeport regressou aos jornais, rádios e televisões – em que se encontram alguns que o tentaram abafar noutros momentos –, José Sócrates desatou a reagir precipitadamente, valorizando mediaticamente o que ele próprio veio agora afirmar como uma obra de «poderes ocultos».
Os principais 'patrões' da Comunicação Social agradecem, com as vendas a subir. Mas tal estratégia, que mais parece um pingue-pongue entre indícios e factos suspeitos e declarações de fé, beneficia José Sócrates?
Creio que não.
O direito inalienável à indignação e à presunção de inocência não se compaginam com múltiplas declarações emocionadas que relevam, inevitavelmente, omissões e contradições que reforçam todas as suspeições.
O primeiro-ministro de Portugal está refém de formalismos processuais. O mais grave é que tem usado o seu poder institucional para tentar minimizar os estragos, o que lhe valeu uma severa repreensão pública da parte de António Cluny, que chamou à atenção para as subtis interferências sobre a investigação.
Aos olhos da opinião pública, a estratégia de defesa escolhida é mais a de um culpado do que a de um inocente.
Bastaria uma singela declaração para esvaziar todas as suspeitas: permitir a investigação das suas contas bancárias e apelar à família para disponibilizar a informação sobre o património amealhado nos últimos anos.
Assim, sim. Estaríamos perante a defesa de um inocente que age em consequência.
José Sócrates estaria a fazer uma favor a si próprio, à Democracia e, sobretudo, à Justiça, que se está a afundar no pântano, no tal pântano que António Guterres invocou há sete anos para se demitir.
O processo Freeport já 'matou' politicamente José Sócrates. A culpa não é da comunicação social. É do próprio José Sócrates que tudo está a fazer para consumar um suicídio político.
3 comentários:
Sem dúvida,a sentença de «morte política» deste governante foi ele próprio que a ditou desde que alcançou o poder e sem parar(!)até aos dias de hoje...e talvez não fique por aqui...
E outro destino dificilmente poderia ser outro,para quem,com o seu feitio neurótico,se lança desmedida e sucessivamente numa série de asneiras:
-"viver-à-ricalhaço"com ordenado de Deputado...,
-"assinar-de-favor" projectos de «mamarrachos-à-franciu»,
-com uma licenciatura "aparecida" à troixe-moixe (e...ahahah,num Domingo!ihihih),e agora
-esta trapalhada do Freeport que até parece uma "reprise" do caso EMAUDIO, com os «amigos-de-Macau-e-melancias» ...
Claro que estas trapalhadas todas FEDAM a CORRUPÇÃO,para satisfação de interesses quer partidários,quer pessoais/familiares...
Há muito que todos falam«à boca pequena»que há Luvas,e Cunhas,e Favores,mas ninguém quer fazer LEIS para acabar com esta CHAFURDICE:nem PS,nem,PSD,nem CDS-PP,nem BE,nem PCP...Todos "comem" do mesmo modo,pois a todos aproveita e dá geito, ora bem,nesta pseudo-democracia de JUSTIÇA lenta e lerda!
Mas com este Zé,passa-se algo sui generis:até aqui os políticos vinham fazendo as suas negociatas com algum parcimónia;o actual fá-las de tal forma leviana que até os seus "repúdios" de «PUTA ARREPENDIDA» transpiram a aldrabice de garoto atrapalhado,enrrascado e muito pouco,MUITO POUCO MESMO,inteligente.
É o que acontece a todos os CHICOS ESPERTOS:cá se fazem cá se pagam!
E para terminar,digo mais isto:O LUGAR DOS GATUNOS É A CADEIA!!!
Já não sei o que mais admirar, se a idolatria pela inversão do ónus da prova, que o post acalenta, se a condenação em praça pública com total uso do boato e da falta de provas desta "mfatima" que aqui promove a condenação e a pena capital para quem ele detesta. Linda juiza em causa própria!
A um e a outro reservo as mais duras penas do inferno, com o mesmo direito à defesa que destribuem pelos outros. Isto é, nenhuma!
MFerrer
No final do m/comentário anterior referi,erradamente,"PUTA ARREPENDIDA";a expressão adequada é "PUTA OFENDIDA".
Tenho dito e mai nada!
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