O quadragésimo quarto Presidente dos Estados Unidos da América tem o mundo a seus pés. Não pela força do medo e das armas, mas pela força das ideias e da esperança.
Barack Obama é mais do que uma realidade confirmada. É a prova que as Democracias continuam a ter a vitalidade para assumir os vectores da civilização e a capacidade para gerar movimentos capazes de combater a arrogância, a ganância e o arbítrio.
O discurso de tomada de posse não deixou quaisquer dúvidas, mesmo para quem, precipitadamente, começou a duvidar muito cedo de um político que já marcou o século XXI.
As palavras simples, sublinhadas por uma grande simbolismo histórico, que apelaram aos valores, à transparência e à responsabilidade, demonstraram a coerência de quem fez uma campanha eleitoral virada para o cidadão, o mundo e o futuro.
Nem as questões protocolares impediram as críticas subtis, mas veementes, em relação à anterior Administração, deixando a marca da diferença em relação a uma pseudo governação em que os interesses pessoais e empresariais muitas vezes se confundiram com pretensos desígnios nacionais.
Barack Obama é diferente.
A assunção da diferença ficou patente na primeira medida da sua Administração: a suspensão dos processos judiciais por terrorismo em Guantánamo.
O espírito da nova Administração não poderia ter sido honrado de melhor forma.
Quanto maior for a diferença entre a actual Administração e a anterior, que deixou o mundo à beira do caos, com oito anos de governação desastrosa, para não dizer criminosa, em alguns casos, mais Barack Obama merecerá o apoio dos seus concidadãos e o respeito dos povos de todo o mundo.
Quem se propõe vencer pela força das ideias, não pode vacilar. Pode errar, mas nunca pode ceder perante interesses difusos.
O primeiro sinal está dado. A prioridade assumida merece aplauso e respeito. Todavia, não se julgue que vai ser fácil vencer esta batalha pela dignidade humana e Direitos Humanos.
A empreitada ainda está longe de ser cumprida. Seguramente, só teremos a certeza de que Barack Obama está no bom caminho quando aqueles que deram cobertura e tentaram abafar os voos da CIA e as prisões de Guantánamo e Abu Ghraib começarem a acreditar que a América mudou.
Sem comentários:
Enviar um comentário