Os serviços de informações vão
ter um novo secretário-geral: José Júlio Pereira Gomes.
É o fim de um ciclo desastroso de
12 anos, iniciado a 19 de Abril de 2015, um mês e sete dias depois de José
Sócrates ter tomado posse como primeiro-ministro, estigmatizado por escândalos,
abusos e demais ataques aos direitos, liberdade e garantias dos cidadãos, como
é, aliás, graças ao jornalismo livre, do inteiro conhecimento público.
Mas é mais: é o fim da ficção hipócrita, para não lhe chamar falsidade grosseira, que as secretas operam na mais estrita legalidade se forem lideradas por
magistrados.
A indicação de José Júlio Pereira
Gomes também tem outro significado de monta: acabou o "sonho" dos
serviços serem conduzidos por profissionais da casa, do SIS ou do SIED, com
experiência, competência e credibilidade, de forma a dar mais garantias de independência face aos partidos,
maiorias e governos.
Com a escolha do embaixador de
Portugal na Suécia, abençoada pelos dois maiores partidos portugueses, PS e PSD,
as secretas retomam, assim, o seu percurso de comunhão e promiscuidade entre as
informações e o aparelho do Estado, com os resultados negativos que já
conhecemos no passado.
A conclusão é óbvia: estão
garantidas as condições, aparentemente, para que cada partido, cada barão, cada maioria, cada
governo, continuem a ter no Sistema de Informações da República Portuguesa alguns
dos seus homens, sempre atentos, quiçá, prestáveis.
O retrocesso está confirmado.
Resta a José Júlio Pereira Gomes
contrariar a marcha da descredibilização dos serviços de informações.
É que dos cobardes e mentirosos não
reza a história.