domingo, 14 de agosto de 2011

Portugal continua adiado








Não é possível continuar a viver num país sem uma definição clara das prioridades, em que mais de um terço das indemnizações compensatórias do Estado são atribuídas à RTP e à agência Lusa. É tão importante acabar com o esbanjamento para pagar um serviço público duvidoso como é imperioso demonstrar que o poder não está refém das ameaças e dos sinais de descontentamento das corporações e dos barões do regime, habituados há demasiado tempo a privilégios escandalosos. Só assim é possível conquistar o país, acautelando as condições internas suficientes para executar as medidas impostas pelos nossos credores. Ora, para já, o caminho tem sido outro, tem passado pelo cumprimento cego do calendário das medidas da troika, à custa de mais e mais impostos, como revela a antecipação do anúncio do aumento do IVA no gás e na electricidade. É verdade que o governo já recebeu os respectivos aplausos, garantindo a segunda parte do empréstimo externo, mas continua por cumprir o essencial: a mudança estrutural.

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