António Costa vive noutro mundo.
À
medida que o seu poder alastra, e se impregna no aparelho do Estado – vai levar tempo a limpar! –, maior é o
distanciamento do primeiro-ministro em relação ao dia-a-dia dos portugueses.
Minudências,
pois claro, para uma tal mente que não hesita em apostar em altos voos sustentados na mediocridade de propagandear e enganar.
O
percurso da impunidade e do distanciamento da realidade é sempre o
mesmo.
Não
faltam números para comprovar que o consulado de Costa – entre outros! – foi e
está a ser um verdadeiro desastre para Portugal.
Desde
1986, e 130 mil milhões de euros de apoios comunitários depois, a taxa média de
crescimento é da ordem dos 0,3%.
Depois
deste maná, Portugal corre o risco de ser ultrapassado pela Hungria, Roménia,
Polónia e Letónia, ficando a ser um dos quatro países mais pobres da UE, como
alertou o “Forum para Competitividade”.
O
resultado está à vista, com os poderosos a surfar e nós a pagar.
Mas
não são só os indicadores macroeconómicos que explicam este percurso de
desigualdade e miséria acompanhado por sucessivas declarações de
preocupação com os mais pobres.
A
questão também é cultural
Após
as presidenciais, quase à socapa, o poder tocou a reunir para vacinar os
representantes dos órgãos de soberania mais um punhado de deputados e
amigalhaços.
Entretanto,
os alemães não temem que o Estado possa colapsar por não vacinar os seus
líderes.
Não
aprendemos nada com Cavaco Silva nem com José Sócrates, mutatis mutandi,
Ficamos
à espera do Estado, agora na versão politicamente trágica da dupla
Marcelo/Costa, esquecendo que somos nós que pagamos o Estado de uns poucos
sempre obrigados e venerandos em relação aos seus chefes.
Agora, que estamos à beira de receber mais 45 mil milhões de euros, voltamos a repetir os mesmos erros na terrível ilusão que a Troika foi apenas um pesadelo passageiro.
Até
pode ser uma forma de vida.
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