A COP26 finou.
E com ela desapareceram as esperanças na protecção ambiental.
Obviamente, todos estiveram de acordo em reconhecer os relatórios científicos do IPCC (Painel Intergovernamental para a Alterações Climáticas).
E não faltaram palavras: “alarme”, “extrema preocupação” e “urgência”.
Mas, no que realmente importa – eliminação gradual dos subsídios ao carvão e aos combustíveis fósseis –, tudo ficou pela «intensificação dos esforços».
Entretanto, a admissão que os países ricos não cumpriram a promessa de mobilizar cem mil milhões de dólares por ano até 2020 para ajudar as nações mais subdesenvolvidas e pobres a lidar com as alterações climáticas.
E, claro, a cimeira de Glasgow não deixou de expressar o «profundo pesar» por tal falhanço, adiando o compromisso para 2025.
Blá, blá, blá.
Foi assim que Greta Thunberg resumiu o “Pacto Climático de Glasgow”.
Basta abrir o Twitter e o Facebook para perceber que também é assim que os mais jovens vêem as sucessivas promessas do poder político.
As subtilezas diplomáticas e as habilidades semânticas, outrora dominantes à boleia da comunicação social mainstream, já não colhem.
A verdade está na rua.
Hoje, os equilíbrios são outros, uma realidade que os protagonistas dos Estados mais ricos ainda não perceberam.
Até aderir a uma rede social do século XXI.
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