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segunda-feira, 15 de novembro de 2021

BLÁ, BLÁ, BLÁ

 

A COP26 finou.

E com ela desapareceram as esperanças na protecção ambiental.

Obviamente, todos estiveram de acordo em reconhecer os relatórios científicos do IPCC (Painel Intergovernamental para a Alterações Climáticas).

E não faltaram palavras: “alarme”, “extrema preocupação” e “urgência”.

Mas, no que realmente importa – eliminação gradual dos subsídios ao carvão e aos combustíveis fósseis –, tudo ficou pela «intensificação dos esforços».

Entretanto, a admissão que os países ricos não cumpriram a promessa de mobilizar cem mil milhões de dólares por ano até 2020 para ajudar as nações mais subdesenvolvidas e pobres a lidar com as alterações climáticas.

E, claro, a cimeira de Glasgow não deixou de expressar o «profundo pesar» por tal falhanço, adiando o compromisso para 2025.

Blá, blá, blá.

Foi assim que Greta Thunberg resumiu o “Pacto Climático de Glasgow”.

Basta abrir o Twitter e o Facebook para perceber que também é assim que os mais jovens vêem as sucessivas promessas do poder político.

As subtilezas diplomáticas e as habilidades semânticas, outrora dominantes à boleia da comunicação social mainstream, já não colhem.

A verdade está na rua.

Hoje, os equilíbrios são outros, uma realidade que os protagonistas dos Estados mais ricos ainda não perceberam.

Até aderir a uma rede social do século XXI.