O pecado de Joe Berardo não é dever dinheiro.
Nem tão pouco estar envolvido em jogadas políticas e operações financeiras escandalosas.
A questão é que Berardo, o tal empresário do ano para Marcelo a caminho de Belém, foi ao Parlamento deixar um aviso, colocando a nu a incúria e a cumplicidade de governantes, políticos e bancos.
Berardo já devia saber que não lhes importam o que realmente são, apenas os enfurece que os outros saibam quem eles são.
Desplante por desplante, Berardo sabe bem como lidar com esta canalha sem vergonha que usa e abusa da ingenuidade de um povo demasiado ocupado a tentar sobreviver.
E por isso permitiu-se mais um luxo: gozar com eles, insultando todos os portugueses.
Berardo guarda segredos de regime.
E não deve ficar muito impressionado com a farsa de todos aqueles que nada sabiam, mais uma vez, tal e qual como em relação ao BPN, ao BES e aos Sócrates deste mundo.
Quem com ele andava de braço dado, sem esquecer o já falecido Horácio Roque, vem agora esbracejar indignação.
São os mesmos, com capas diferentes, que deixaram o país de mão estendida e que resolveram o BANIF.
Como falta memória em Portugal…
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