terça-feira, 14 de maio de 2019

BERARDO E OS MESMOS DO COSTUME




O pecado de Joe Berardo não é dever dinheiro. 

Nem tão pouco estar envolvido em jogadas políticas e operações financeiras escandalosas. 

A questão é que Berardo, o tal empresário do ano para Marcelo a caminho de Belém, foi ao Parlamento deixar um aviso, colocando a nu a incúria e a cumplicidade de governantes, políticos e bancos. 

Berardo já devia saber que não lhes importam o que realmente são, apenas os enfurece que os outros saibam quem eles são. 

Desplante por desplante, Berardo sabe bem como lidar com esta canalha sem vergonha que usa e abusa da ingenuidade de um povo demasiado ocupado a tentar sobreviver. 

E por isso permitiu-se mais um luxo: gozar com eles, insultando todos os portugueses. 

Berardo guarda segredos de regime. 

E não deve ficar muito impressionado com a farsa de todos aqueles que nada sabiam, mais uma vez, tal e qual como em relação ao BPN, ao BES e aos Sócrates deste mundo. 

Quem com ele andava de braço dado, sem esquecer o já falecido Horácio Roque, vem agora esbracejar indignação. 

São os mesmos, com capas diferentes, que deixaram o país de mão estendida e que resolveram o BANIF. 

Como falta memória em Portugal… 






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