O massacre indiscriminado em Gaza, às mãos do governo de Benjamin Netanyahu e de Yoav Gallant, é muito mais do que uma questão de crimes de guerra.
É mais uma prova do esmagamento dos cidadãos à força do arbítrio, neste caso do Estado de Israel, pária porque nunca cumpriu qualquer resolução das Nações Unidas, aliás, novamente condenado pela maioria da comunicada internacional.
O abuso de poder não se cinge à força das armas, pois também é atestado pela prepotência consumada com a conivência nacional da Lei e dos seus agentes que têm o dever de a cumprir e aplicar.
A este propósito, não é de estranhar que a independência do sistema judicial é ainda pior do que na Roménia ou em Chipre, pois são cada vez menos aqueles que acreditam no Estado de Direito em Portugal.
O que espanta é o manto de silêncio que continua a cobrir esta realidade avassaladora, tanto internacional como nacionalmente.
Nada consegue acordar a cidadania, nem mesmo quando está em causa a vida, a saúde dos portugueses.
O arrastamento das negociações entre o governo de António Costa e os sindicatos dos médicos (SIM e FNAM), que tem provocado mortes evitáveis, é a mais flagrante confirmação de que o Estado não tem limites de impunidade.
A situação de caos na escola pode ser uma explicação: com cidadãos menos educados e cultos, viciados no falso assistencialismo, os agentes da governação podem perpetrar todos os abusos, certos que nunca serão responsabilizados criminalmente.
A lógica de Dominique de Villepin, ex-primeiro-ministro francês, é a mais eloquente prova da falsa diplomacia que tem alimentado a barbárie no Médio Oriente.
A ocupação da Palestina pelas forças israelitas só é possível de entender à luz da total dependência dos palestinianos (água, luz, emprego, etc) daqueles que os agridem há mais de 56 anos.
Afinal, os radicais e extremistas palestinianos é que persistem em cair na armadilha israelita que visa pura e simplesmente perpetuar a agressão, manter a ocupação e garantir a inviabilização de um Estado palestiniano verdadeiramente livre.
António Guterres, secretário-geral da ONU, felizmente, não o calou: «É importante reconhecer que o ataque do Hamas não aconteceu no vácuo».
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