segunda-feira, 17 de março de 2025

MUDANÇA: É DESTA?


A receita é conhecida: mercenários e afins são pagos para repetir a propaganda e as fake news.

Donald Trump, Ursula Von der Leyen, Keir Starmer, Emmanuel Macron e Friedrich Merz distraem com a guerra na Ucrânia, fazendo de conta que não sabem que a matança continua no Médio Oriente e noutros pontos do planeta.

Em Portugal, a receita não tem muitas diferenças.

Antes da crise era o caos se houvesse instabilidade política; agora, depois de a crise estoirar, a «economia anda por si», como afirma o cada vez mais descredibilizado e isolado Marcelo Rebelo de Sousa.

O problema é a realidade, a vida que já não é possível esconder, que lá vai sendo denunciada aqui e ali, colocando limites em tanta desfaçatez política.

As conversas fiadas sobre a imigração, saúde e corrupção são exemplos paradigmáticos.

Passados dias da reportagem da RTP sobre a Rua do Benformoso, um repositório avassalador das condições em que os imigrantes vivem, o silêncio das autoridades fez cair a máscara.

No SNS, o mesmo se passa, com dezenas de urgências fechadas, condicionadas e referenciadas, ou seja, sem livre-acesso, apesar dos esforços dos Media ao serviço da (des)informação que ajuda a branquear o poder.

Com eleições antecipadas, agendadas para 18 de Maio, vai ser curioso saber quais as promessas que Luís Montenegro ainda tem em carteira, depois do falhanço daquelas que fez em 2024.

De igual forma, a criatividade de Pedro Nuno Santos tem de atingir o zénite para almejar disfarçar a desastrosa governação de António Costa, ainda tão fresca na memória sobretudo dos trabalhadores e dos mais pobres.

Insistir no voto que permite ao PS e PSD continuarem a fazer e a desfazer, sem respeito pelo dia-a-dia e vontade dos cidadãos, é o mesmo que tentar obter resultados diferentes com a mesma prescrição.

Com o debate sobre a corrupção em cima da mesa, na Madeira, com Miguel Albuquerque, como no continente, com Luís Montenegro, nunca o Bloco Central esteve em situação tão periclitante.

O anúncio do agendamento do julgamento de José Sócrates, dez anos depois, diz mais do que pode ser dito por palavras para descrever a falência do regime.

Mudança: é desta?

 

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