Mais de 400 mil israelitas em Jerusalém e outras centenas de milhares em Israel clamaram pelo fim da guerra e pela libertação dos reféns nas mãos do Hamas.
O clamor não foi suficiente para demover Benjamin Netanyahu e os restantes criminosos de guerra do governo que lidera.
É uma tragédia que pode ser comparada com o que se passa com os incêndios em Portugal: a mesma dor, o mesmo sofrimento, a mesma indignação, a mesma impunidade.
A questão é que os cidadãos da democracia israelita são informados, activos e fortes, enquanto a cidadania em Portugal é quase inexistente.
Os exemplos são vários: escola, habitação, justiça, saúde e segurança comprovam este estado de letargia incompreensível.
Ainda traumatizados pelos excessos do PREC, os portugueses tardam em despertar, convencidos que o Estado, o governo e as instituições lhes vão valer.
Que não haja ilusões: as duas grandes prioridades dos governantes são o dinheiro (clientelas) e a força (poder).
O resto será sempre o resto, enquanto não forem obrigados a inverter as prioridades.
O mais grave é que a história nos ensina que em situações extremas de bloqueio, qualquer que seja o regime, há sempre uma guerra fabricada para garantir a união nacional.
Gaza (Palestina), Darfour (Sudão), Kiev (Ucrânia), entre outros palcos da infinita grosseria, estão mesmo à frente dos nossos olhos.
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