segunda-feira, 11 de agosto de 2025

HUMANISMO É A NOVA COMMODITY DO SÉCULO XXI


O esgotamento do colectivismo, do mercado e do modelo das democracias estão a fazer ruir um Mundo imperfeito que ainda se orgulhava de um denominador comum de valores universais. 

Cidadãos fogem das ditaduras para serem capturados por sociedades em que se ganha dinheiro com a morte, a doença, a exclusão, as armas e todo o tipo de tráficos.

Se o sonho da liberdade individual continua a falar mais alto, a actual realidade do Estado no Ocidente dá provas de uma regressão sem par.

Actualmente, o governo eleito de Israel, contra a vontade de cerca de 70% dos israelitas, pode continuar a levar a cabo impunemente o genocídio em Gaza.

Um ditador sanguinário pode invadir a Ucrânia, tendo como garantido que nada lhe pode acontecer, porque é uma potência nuclear.

No Sudão, em Darfur, a ganância divide uma sociedade em que uns e outros se matam, perante a comunidade internacional alheada.

O humanismo é a nova commodity do século XXI que se compra e vende à medida da alta corrupção, de interesses instalados e de falsas razões de Estado.

É conjuntura mais alarmante de sempre, com a guerra também instalada no Sudão, e noutros lugares vítimas da selvajaria humana, em que os direitos humanos passaram a ser fantasia ou mera retórica.

Na Palestina não caem anjos do céu, apenas bombas ou comida que chega a matar crianças esfaimadas.

A derradeira esperança de uma voz que alerte para o opróbrio desaparece à medida que os jornalistas e os socorristas continuam a tombar.

 

 

Sem comentários: