Portugal é um país abençoado e feliz.
De facto, os votos expressos nunca enganam.
E às vezes são exactamente como o algodão: limpam, limpam, limpam...
Ou seja, os portugueses foram indiferentes a Tancos e aos órgãos de soberania colocados "a salvo" in extremis, à decapitação da cúpula do MP que mais combateu a corrupção, à corrupção instalada ao mais alto nível, à degradação galopante da credibilidade do Estado, ao preocupante abrandamento da economia e à astronómica dívida.
Ah, mas isso não interessa nada!
E nem o dia-a-dia dos últimos quatro anos mudou a sua indiferença: os cadáveres do SNS, os pensionistas que esperam e desesperam pela sua reforma, as demissões governamentais, o recuo na aplicação da Lei das Incompatibilidades (chancelado pela PGR), o nepotismo e a partidarização de instituições como a Protecção Civil, entre outras, sem esquecer os desastres florestais e a tragédia humana, a degradação inimaginável dos serviços públicos e a carga fiscal que não pára de aumentar.
Ah, mas isso também não interessa nada!
O que importa é que os portugueses gostaram e votaram pela "geringonça".
E conseguiram!
Resultado: depois de conhecidos os resultados eleitorais, a morte da "geringonça" foi decretada em 24 horas, com mais ou menos truque agora em versão classificada como coreografia.
Uau!
Aqui e ali ainda se vislumbraram algumas lágrimas de crocodilo, mas isso também não interessa nada.
E se o respeito pelo voto popular expresso é este, então o que dizer do silêncio pesado sobre os restantes 47,83% dos votos (abstencionistas, brancos e nulos)...
Ups!
Mais isso também não interessa nada...
Vamos ao que interessa: temos pela frente novos tempos.
Soberanamente, os portugueses abriram de par em par a porta a uma nova realidade, quiçá a um regabofe nunca visto.
António Costa pode não ter a maioria absoluta, mas tem os deputados suficientes para poder fazer o que quiser.
E até programar, mais uma vez, com mais truque menos truque, para serventuário elogiar, uma crise política artificial para almejar a tão sonhada maioria absoluta em eleições antecipadas.
É um Senhor, mais um entre tantos que por aí andam.
Entretanto, a selecção de futebol de Portugal continua a ganhar...
A RTP retoma o programa de investigação jornalística que suspendeu durante a campanha eleitoral...
O presidente da República arranca com um novo argumento - entre a ficção e a novela, desde a saúde pessoal à tentativa de reescrever a história recente -, que promete uma nova dimensão do bailete...
Sim, sim: Netflix, já!
Temos e teremos o que merecemos.
Somos os maiores.
Portugal entrou na rota de uma nova era.
Interesse ou não, seja bom ou mau para Portugal, fica a reflexão para mais tarde recordar.
De facto, os votos expressos nunca enganam.
E às vezes são exactamente como o algodão: limpam, limpam, limpam...
Ou seja, os portugueses foram indiferentes a Tancos e aos órgãos de soberania colocados "a salvo" in extremis, à decapitação da cúpula do MP que mais combateu a corrupção, à corrupção instalada ao mais alto nível, à degradação galopante da credibilidade do Estado, ao preocupante abrandamento da economia e à astronómica dívida.
Ah, mas isso não interessa nada!
E nem o dia-a-dia dos últimos quatro anos mudou a sua indiferença: os cadáveres do SNS, os pensionistas que esperam e desesperam pela sua reforma, as demissões governamentais, o recuo na aplicação da Lei das Incompatibilidades (chancelado pela PGR), o nepotismo e a partidarização de instituições como a Protecção Civil, entre outras, sem esquecer os desastres florestais e a tragédia humana, a degradação inimaginável dos serviços públicos e a carga fiscal que não pára de aumentar.
Ah, mas isso também não interessa nada!
O que importa é que os portugueses gostaram e votaram pela "geringonça".
E conseguiram!
Resultado: depois de conhecidos os resultados eleitorais, a morte da "geringonça" foi decretada em 24 horas, com mais ou menos truque agora em versão classificada como coreografia.
Uau!
Aqui e ali ainda se vislumbraram algumas lágrimas de crocodilo, mas isso também não interessa nada.
E se o respeito pelo voto popular expresso é este, então o que dizer do silêncio pesado sobre os restantes 47,83% dos votos (abstencionistas, brancos e nulos)...
Ups!
Mais isso também não interessa nada...
Vamos ao que interessa: temos pela frente novos tempos.
Soberanamente, os portugueses abriram de par em par a porta a uma nova realidade, quiçá a um regabofe nunca visto.
António Costa pode não ter a maioria absoluta, mas tem os deputados suficientes para poder fazer o que quiser.
E até programar, mais uma vez, com mais truque menos truque, para serventuário elogiar, uma crise política artificial para almejar a tão sonhada maioria absoluta em eleições antecipadas.
É um Senhor, mais um entre tantos que por aí andam.
Entretanto, a selecção de futebol de Portugal continua a ganhar...
A RTP retoma o programa de investigação jornalística que suspendeu durante a campanha eleitoral...
O presidente da República arranca com um novo argumento - entre a ficção e a novela, desde a saúde pessoal à tentativa de reescrever a história recente -, que promete uma nova dimensão do bailete...
Sim, sim: Netflix, já!
Temos e teremos o que merecemos.
Somos os maiores.
Portugal entrou na rota de uma nova era.
Interesse ou não, seja bom ou mau para Portugal, fica a reflexão para mais tarde recordar.