É difícil conseguir acreditar em determinados relatos, mesmo lendo e relendo informação bem documentada.
Nada que possa surpreender, mas não há limites?
Nada que possa surpreender, mas não há limites?
E até há notícias que dizem tudo: apelos lancinantes, alerta Maria Lúcia Amaral, provedora de Justiça.
Como é possível que um primeiro-ministro tenha a petulância política de fazer de conta que não sabe o que se está a passar com o atraso nas pensões?
Como é possível que Mário Centeno e Vieira da Silva, ministros das Finanças e da Segurança Social, tenham o descaro político de permanecer nos respectivos cargos, ignorando os sucessivos avisos da Provedora de Justiça?
Aliás, onde está a indignação dos líderes e dos partidos da oposição com assento parlamentar?
E o Bloco de Esquerda e o PCP continuam a suportar um governo que convive com esta atrocidade social?
E Marcelo Rebelo de Sousa?
O que tem a dizer sexa?
Nem mesmo mais uma qualquer vacuidade política, em calções ou pose de Estado, para distrair a malta no bailete em curso?
O descaramento político de governantes sem limites atinge sempre o auge depois de ter os votos no papo, desatando agora a pedir desculpas pelo sistemático desprezo ultrajante sobre os direitos dos cidadãos, designadamente dos mais pobres, entre os quais é possível destacar as péssimas condições dos serviços do Estado, desde os transportes públicos ao escândalo no Serviço Nacional de Saúde, sem esquecer a Justiça, a Segurança Social e a Educação.
Há limites... E limites...
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