A ciência e os costumes têm registado avanços significativos, mas a civilização está a retroceder: a possibilidade de um conflito nuclear nunca foi tão real.
Com eleições e referendos a merecerem aceitação ou condenação consoante as geografias em que são realizadas, é o abismo de ainda mais incerteza.
Não admira, portanto, os resultados na Suécia e, agora, em Itália, após os sucessivos avisos dos franceses e húngaros.
Depois da legitimação da extrema-esquerda, por causa dos excessos da direita selvagem, chegou a hora da extrema-direita vencer à custa da esquerda que abastarda os seus valores.
Os “cordões sanitários”, tão bafientos quanto surreais em tempos de globalização, já não disfarçam a corrupção e a impunidade dos abusos institucionais, políticos, financeiros e económicos.
As mortes por falta de assistência, a violência urbana brutal, os abusos de posição dominante e as negociatas de Estado, a dois e à porta fechada, só potenciam esta devastadora erosão.
Os tempos de grandes mudanças estão a confirmar tragicamente a existência dos fantasmas que nos têm assolado há décadas.
Nada será como dantes, desde a pífia maioria de Marcelo Rebelo de Sousa à surpreendente maioria de António Costa.
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