As últimas declarações do primeiro-ministro e de alguns ministros revelam o cúmulo político da insensibilidade, do desnorte e da arrogância.
O acumular de dívida pública, que serviu para financiar desvarios e clientelas, permitindo a consolidação do PS no poder, tem um elevado preço que está à vista.
No momento em que o Estado tem a obrigação de apoiar os mais pobres, as famílias e as empresas, o ilusionismo não é suficiente para desatar as mãos e os pés do governo.
Não surpreende, portanto, mais de 2,3 milhões de pessoas a viverem abaixo do limiar de pobreza.
Nem as sagradas pensões de miséria escapam às “contas certas” de quem já nem consegue maquilhar a realidade com mais anúncios e promessas.
Os efeitos da pandemia e da Guerra na Europa não afectaram única e exclusivamente Portugal.
Os últimos sete anos, de reformas adiadas e de espúrias guerras ideológicas, foram uma oportunidade perdida que condenou o país a mais décadas de sacrifícios.
Os responsáveis não são apenas aqueles que governaram a partir de São Bento e demais ministérios.
Do futebol ao #todosjuntos, dos melhores do Mundo a Tancos, dos sem-abrigo à conivência com os corruptos, não podemos esquecer quem mais branqueou e ajudou à propaganda descarada.
Nos próximos tempos não vão faltar os “enganados” da República, uma conhecida espécie de ratos desmemoriados sempre prontos a saltar do barco à beira do naufrágio.
Aliás, ninguém estranhou que o presidente tenha vindo a terreiro avisar publicamente que a partir de agora é melhor antecipar e falar verdade.
É o princípio do fim da governação ao jeito de António Costa, depois de anos de folclore e selfies que vão custar os olhos da cara aos portugueses.
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