Não há nada mais politicamente abjecto do que sacrificar seres humanos para atingir objectivos inconfessáveis.
No dia-a-dia, na paz como na guerra, só canalhas sem escrúpulos usam o seu poder e influência para desprezar os mais básicos direitos humanos: direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
Uns e outros, de um lado e do outro, vestem peles de cordeiro para disfarçar a crueldade e o sadismo, pois não há nada mais criminoso do que imolar inocentes.
Em Gaza morrem e são mortos mulheres, homens, idosos e crianças em nome do fundamentalismo religioso, ideológico, imperialista e expansionista.
A imigração é também pasto para os facínoras que, em nome da falsa solidariedade, apenas visam garantir abundante trabalho escravo, nem que seja à custa de condições infra-humanas.
Confortados pela máquina da propaganda, ameaçados pela liberdade das redes sociais, a chusma mente, dribla e promete descaradamente humanismo enquanto destrói sem olhar a meios.
Nunca o Estado teve tantos meios de controlo, repressão, intimidação e humilhação dos cidadãos que não se conformam com iniquidade.
Nem a lei os protege de governantes, líderes e políticos rascas sem limites de sede pelo poder.
O Estado de Direito, nacional e internacional, está a morrer à nossa frente, mesmo nos países que alguns insistem em chamar democracias ocidentais.
A selvajaria, o arbítrio, a força bruta e a ignorância fazem o seu intrépido caminho, garantindo que os tais objectivos inconfessáveis, de uns e outros, sejam atingidos à boleia dos votos ou da vontade do ditador.
A nossa época não é a Idade Média, é muito pior, porque se mata, condena e esmaga sem mito nem magia, apenas por domínio e dinheiro, com a aquiescência ou indiferença colectivas.
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