António Costa não se livra da fama e do proveito: é o homem dos truques.
Mas é o único político a mentir politicamente de uma forma descarada?
Não!
Todavia, como é o primeiro-ministro, todo o escrutínio é pouco em vésperas de eleições.
E são tantas e tantas as vezes em que já foi apanhado que até há quem o elogie pela «habilidade política», seja lá isso o que for...
Entre muitas dessas "habilidades" que passam sem serem identificadas e corrigidas, há uma que recentemente chocou o país.
António Costa, na pele de secretário-geral do PS, afirmou: «Os portugueses estão a pagar menos mil milhões de euros de impostos do que pagavam em 2015».
A grosseria da afirmação impressiona, tanto mais que as receitas fiscais do Estado aumentaram entre 2015 e 2018, passando de um valor total arrecadado de 38.849 milhões de euros para 44.320 milhões de euros. Ou seja, o registo aponta para um acréscimo de mais de cinco mil milhões de euros.
Mas o que impressiona ainda mais, depois de Costa ter sido apanhado em mais uma flagrante mentirola política, é que o ministro Mário Centeno veio a público admitir que o «Estado ainda tem por devolver aos contribuintes mil milhões de euros em IRS».
Mais uma vez, nos últimos tempos, António Costa e Mário Centeno colidem politicamente...
Ou seja, a mentirola de António Costa ficou claramente exposta publicamente.
Ora, perante a evidência factual resta perguntar:
O que leva um político experiente a arriscar a sua credibilidade de uma forma tão leviana?
Certamente, a convicção que o escrutínio dos cidadãos e da generalidade da imprensa não funciona.
Será que António Costa tem razão em apostar na velha receita dos truques?
É esperar por 6 de Outubro para ter a resposta.
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