A propaganda em curso está aí para durar e lavar.
Tal e qual como noutros tempos da má memória, em que as boas contas, a solidez da moeda e as reservas de ouro eram glorificadas, hoje temos a gigantesca encenação do excedente orçamental.
Custa assistir a este truque bafiento, porque todos sabemos que foi alcançado à custa do sofrimento dos portugueses, sem qualquer respeito pelos mais elementares critérios de prioridade social.
Não basta alcançar o desejável, quando valeu tudo para o alcançar.
Os portugueses que esperam pela pensão, pelos cuidados médicos e pela dignidade a que tem direito só podem ficar revoltados, cada vez mais revoltados, por este (falso) discurso político.
Em boa verdade, a responsabilidade não é só de António Costa e Mário Centeno.
Não, os portugueses já estão habituados ao cinismo político de ambos, bem como ao branqueamento brutal da realidade de quem tem a responsabilidade de estar acima dos interesses partidários.
A responsabilidade da presente situação é de todos nós, sobretudo daqueles que se calam perante a ignomínia política, permitindo que a farsa monstruosa siga impunemente o seu curso.
Com o exemplo dado por quem tem o poder de mudar o actual pântano, que já vem de longe, a verdade é que a sociedade portuguesa está a anestesiada e conformada.
E não dá sinais de qualquer capacidade de reacção.
Nem mesmo quando alguém tem a coragem inconveniente de denunciar a podridão que nos invade, diariamente, ano após ano, e que já tomou conta de um país cada vez mais adiado.
Mas que fazer?
Ser activamente solidário, contrariando o isolamento e o silenciamento de todos aqueles que nunca desistem da verdade.
Feliz Natal!
Nem mesmo quando alguém tem a coragem inconveniente de denunciar a podridão que nos invade, diariamente, ano após ano, e que já tomou conta de um país cada vez mais adiado.
Mas que fazer?
Ser activamente solidário, contrariando o isolamento e o silenciamento de todos aqueles que nunca desistem da verdade.
Feliz Natal!