Há três anos, Ana Rita Cavaco dava um murro na mesa denunciando a prática encapotada de eutanásia no SNS.
Caiu o Carmo e a Trindade, choveram os desmentidos tão politicamente patéticos quanto hipócritas e nem sequer faltaram as ameaças de responsabilização legal sobre a Bastonária da Ordem dos Enfermeiros.
Desde então o que aconteceu?
Nada!
E o que mudou em Portugal?
Pouco ou nada!
Nem mesma a posição da Igreja portuguesa.
Hoje, tal como ontem, a posição firme da Igreja portuguesa contra a morte assistida contrasta gritantemente com o silêncio sempre cúmplice da mesma estrutura eclesial em relação à forma como são negados aos portugueses os mais elementares direitos dos cidadãos em vida.
O debate está feito e mais que feito, apesar de todas as tentativas de infantilizar a maturidade democrática do povo e de politização sobre esta questão de civilização.
A vida é o universo de cada um.
É a cada um dos portugueses que cabe decidir sobre a vida e a morte.
Por isso é ao povo que deve caber a palavra final.
Não, não são os representantes políticos que têm o direito de decidir o que apenas pode ser decidido directa e expressamente por cada um.
Basta atentar à posição de António Costa para perceber que esta decisão não pode cair no regaço de quem faz da vida política um manual de tacticismo.
Tem dúvidas?
Basta consultar o programa do PS.
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