António Costa, com a “mãozinha” da comunicação social, lá foi vendendo a sua banha-da-cobra até chegar à maioria absoluta.
De promessa em promessa, quais fake news toleradas, valeu tudo, desde o silêncio cúmplice do presidente ao assobiar para o lado de quem tem o dever de escrutinar.
O trambolhão político é tal que é o próprio primeiro-ministro a manifestar choque com a falta de reformas estruturais que o próprio não fez.
Passados 100 dias da tomada de posse do XXIII governo constitucional, a ilusão começa a esbarrondar.
Com estrondo!
A autoridade do primeiro-ministro é diminuída pelo principal par.
O presidente é registado, de selfie em selfie, como um adereço da República.
Os cidadãos estão zangados, sentem-se enganados.
O fantasma do fascismo já não chega para explicar os falhanços sistematicamente desculpabilizados.
Nem a pandemia, nem a Guerra na Europa, podem servir de álibi, porque os seus efeitos devastadores ainda não se fazem realmente sentir.
O país contínua vulnerável, adiado, à mercê de mais um qualquer “amplo consenso”, obra faraónica, salvador com ou sem boné, gola e estrelas.
O balanço da governação é mais cidadãos sem médico de família, mais famílias que precisam de apoio para comer, mais sem-abrigo, mais dívida, mais impostos e mais inflação, em suma, demasiado caos, desfaçatez política e impunidade.
Será suficiente para desta vez despertar os portugueses?
O debate do Estado da Nação marca o regresso aos tempos da maioria de Sócrates, aos fumos da corrupção, à compra e venda na comunicação social, a mais e mais anúncios e truques.
A receita pode ser sempre a mesma, mas a fuga está cada vez mais difícil.
Sem comentários:
Enviar um comentário