Ninguém diria que Portugal deu uma maioria absoluta a António Costa há um pouco mais de cinco meses.
O descontentamento está instalado, e aumenta a cada invenção, branqueamento e estudo encomendado.
Mais grave ainda é que não se vislumbra bonança nem solução.
Por muito bem que tenha corrido o 40º congresso do PSD, Luís Montenegro e as sete prioridades ainda não garantem confiança para sossegar os portugueses.
A comunicação social deixou de ser fiável e credível, como demonstrou a tragicomédia do novo aeroporto de Lisboa.
Basta uma rápida consulta pelas redes sociais para conhecer, sem jogos de poder nem truques de bastidores, o estado de ansiedade geral.
Com a eternização da Guerra na Europa, o sentimento negativo que varre Portugal cresce ao mesmo ritmo da inflação.
A balbúrdia instalada no SNS pode ser o gatilho.
O alerta de mais um Verão quente é apenas um eufemismo do que está para acontecer.
Marcelo Rebelo de Sousa a banhos e politicamente desnorteado.
António Costa ausente e refém do passado.
O governo à deriva.
Os serviços públicos no caos.
A dívida pública a disparar para níveis nunca vistos.
Cidadãos e empresários, legitimamente preocupados com o futuro, estão a afogar numa espiral de ondas negativas imparáveis.
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