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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

NÃO SEJAS PATO


Desconfiar das autoridades políticas e de saúde é populista?

Ou ainda melhor: duvidar da vacina contra a Covid é fascista?

É que a desconfiança está instalada, porque tem imperado a mentira, a falta de transparência e o improviso.

Ora, vai mais um anúncio, inquérito ou focus group à medida?

Venham eles, pois claro, porque tem valido tudo neste "campeonato" de sombras em que a culpa morre na comunicação.

Afinal, a vacina tem 90% de eficácia num dia, 95% no outro e 70% na semana a seguir.

E o folclore continua, com o presidente a receber as farmacêuticas, sem mais nada para dizer, com o calendário na mão por causa das presidenciais.

Só falta mesmo o plano de vacinação que está a ser elaborado a mata-cavalos por mais uns boys socialistas.

Para já, para quem tem tomado tantas decisões avulsas, pouco importa a contradição e a publicidade duvidosa.

Vacina para todos, clamam o presidente, o primeiro-ministro e os afins do regime, ignorando a exigível prudência.

É sempre assim, é preciso dizer qualquer coisa à medida que o desastre é evidente.

Enfim, depois de mais e mais mortes nos lares, todo o cuidado é pouco com os mais idosos que sobreviverem.

Bem basta a vacina da gripe que nem todos tomaram ou podem tomar por manifesto desnorte do governo.

O "circo" vai ter custos, pois todos conhecemos a fábula do pastor mentiroso e do lobo.

E, aqui e ali, já se vai ouvindo dizer: vou esperar que outros tomem a vacina em primeiro lugar.

Podemos ser obrigados a ficar em casa, até impedidos de trabalhar, mas ninguém vai aceitar de ânimo leve a tomada de uma vacina que é apregoada como a solha embrulhada em papel de jornal.

Ah, o negócio, e que negócios à custa da pandemia e da vacina que um dia há-de chegar.

Só falta mesmo o atrevimento de copiar a arriscada lei da rolha de Macron.

Porém, não faltam exemplos de resistência ao autoritarismo do Estado.

Reunidos em congresso, os comunistas comprovaram que há alternativa à lei do medo, deitando por terra o facilitismo da emergência.

Todavia, a "dupla" ainda consegue fechar tudo, ou quase tudo, escolhendo arbitrariamente até o local e a hora em que o vírus é mais perigoso, deixando o país limitado a "pão e água".

Mas já ninguém consegue disfarçar a "matança" de idosos e menos idosos, por Covid e falta de cuidados e assistência hospitalar.

E ninguém sabe o resultado dos respectivos inquéritos após tantos e tantos óbitos a mais, uma factura que, mais tarde ou mais cedo, também vai ter de ser paga.

Basta andar na rua para perceber que o tempo da ebulição está perigosamente cada vez mais perto.

É caso para dizer: Não sejas pato do "espírito de equipa" de Marcelo e Costa nesta pandemia.