segunda-feira, 10 de abril de 2023
BODY CAM PARA COSTA E MARCELO
segunda-feira, 2 de janeiro de 2023
A FACTURA DO BRANQUEAMENTO
segunda-feira, 10 de outubro de 2022
O CALDO DO COSTUME
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
“ENGANADOS” DA REPÚBLICA
segunda-feira, 12 de setembro de 2022
TEMPOS DE GRANDES MUDANÇAS
As crises, pelas mais diversas razões, obrigam a alterações de paradigma, uns radicais, violentos e insuportáveis, outros necessários e por vezes até úteis e bem-vindos.
Com o desaparecimento de Isabel II, e por mais esforços dos "jornalistas de Estado", o novo Rei Carlos III não vai escapar à crise institucional no Reino Unido, mais saco de dinheiro, menos saco de dinheiro, como já advinham as posições da Escócia e da Antiga e Barbuda.
Com a Guerra na Europa, o último truque de António Costa com as pensões revelou que nem com uma imprensa domesticada é possível fazer passar um truque do tamanho das promessas eleitorais desde 2015.
O afastamento de Boris Jonhson, que obteve, em 2019, a maior maioria absoluta do partido Conservador desde Margaret Thatcher, é disso um exemplo gritante.
Com a inflação a disparar, todos os receios são admissíveis e justificados.
A incerteza gerada pela pandemia é uma pequena amostra daquela que estamos a começar a viver agora por força de um status quo que tem os dias contados.
Internamente, o desvario governativo é transversal, desde a Saúde e a Justiça às Forças Armadas, isto sem esquecer o presidente que ainda é acalentado pelas sondagens por um povo que tarda em interiorizar o que se avizinha.
Externamente, o desenhar de um conflito à escala mundial, militar ou económico e financeiro, alterou todos os cenários e perspetivas.
A subida da extrema-direita na Europa, que acompanha a consolidação de movimentos radicais e anti-sistema, são uma fracção dos desafios dos próximos anos.
Com ou sem energia barata, com ou sem a vitória da Ucrânia, os tempos são de grandes mudanças.
Resta saber quanta dor e sofrimentos vão ser impostos aos povos, desde o Mundo civilizado aos mais pobres do Terceiro Mundo.
Insistir
na pose de Estado, na ficção, em pactos de fachada e no adiamento de reformas com transparência e verdade é um sinal de pouca
inteligência política.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2021
NA ORDEM DO DIA
segunda-feira, 16 de agosto de 2021
AFEGANISTÃO E COVID: ACAUTELAR O FUTURO
segunda-feira, 2 de agosto de 2021
COBARDIA QUE ACOMODA A CHINA
segunda-feira, 19 de julho de 2021
DESFRUTAR DA ILUSÃO
segunda-feira, 29 de março de 2021
CAMBALHOTA
segunda-feira, 15 de março de 2021
MARCELO E COSTA: PRIORIDADES
segunda-feira, 8 de março de 2021
ROUBADOS
segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021
QUAL É O NOSSO LIMITE?
segunda-feira, 4 de janeiro de 2021
PRESIDENCIAIS 2021: TSUNAMI À VISTA
As sondagens, à falta de melhor, têm marcado a campanha das presidenciais 2021.
Mas tem faltado o termómetro da rua, dos contactos populares, para começar a descortinar as escolhas dos portugueses.
Num país enterrado na pandemia, para não falar de outras pandemias que começam a despontar, as televisões encontraram o Nirvana: aparentemente, tudo se vai decidir no cada vez maior ecrã.
Felizmente, as novas forças e interlocutores políticos têm permitido agitar os "senadores" do regime, levantando o pó que está debaixo do tapete.
Mas será que chega?
O caminho do candidato do Bloco Central está facilitado pela ausência de uma parte da esquerda e pela divisão da outra parte.
Mas a cada debate começam a surgir as brechas no propalado "oásis" marcelista.
A apoteose anunciada está longe de confirmação por manifesta evidência que o mandato de Marcelo foi um exercício medíocre, em que importou mais a criação das condições para a reeleição do que os interesses dos portugueses.
E, em boa verdade, Marcelo teve tudo para ser uma referência e um motor de mudança.
O verniz dos últimos tempos, para disfarçar os cinco anos de cumplicidade com o governo, já começou a estalar.
E, quando assim é, quando o branqueamento fica à mostra, apesar do evidente desmoronar do governo, a abstenção é sempre uma resposta possível.
A criação de um ambiente dominante que aponta para a inevitabilidade da reeleição de Marcelo, quiçá com 101% dos votos, também é uma faca de dois gumes, sobretudo no actual panorama económico e financeiro.
A agitação de o presidente (e recandidato) transparece em cada debate, num sorrisinho incomodado que escapa quando é revelado como um vulgar garante do país dos "Donos Disto Tudo".
Se com Marcelo tudo pode acontecer até ao último dia também é verdade que começa a faltar-lhe chão para mais folclore e piruetas.
Num país que confunde popularidade e notoriedade, ideias e marketing, realidade e propaganda, a derrapagem da Covid pode ser o tsunami político na teia tão ardilosamente tecida para manter o cadeirão de Belém.
E, a acontecer, tudo pode ficar imprevisível.
Tal como em relação a outros assuntos da maior importância, presidente e primeiro-ministro são uma e a mesma coisa por meras razões tácticas de poder e sobrevivência política de um e do outro.
A gestão da crise Covid, desde o abandono dos mais idosos até ao ziguezaguear de medidas, em que Marcelo e Costa estão afundados, pode ser a chave da eleição do dia 24 de Janeiro.
Por mais estado de emergência que possa ser decretado.
segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
2021: VACINAS E PANDEMIAS
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
SAÚDE, SEGURANÇA E RESERVAS
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
NÃO SEJAS PATO
Basta andar na rua para perceber que o tempo da ebulição está perigosamente cada vez mais perto.
É caso para dizer: Não sejas pato do "espírito de equipa" de Marcelo e Costa nesta pandemia.
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
PORTUGAL ESTÁ A LEVANTAR FERVURA
A última reunião de especialistas no Infarmed revelou que os dados dos especialistas não coincidem com o discurso político que tem justificado a imposição de mais e mais medidas restritivas.
Já vimos de tudo, desde um estudo de Henrique Barros que sustenta conclusões no «parece que», para desvalorizar os transportes públicos apinhados, até às medidas anunciadas com base na capa de um jornal.
Obviamente, pelo que se tem passado nos últimos cinco anos, o presidente não é capaz de o fazer, porque tem como objectivo a reeleição em 24 de Janeiro de 2021.
A "garantia" presidencial de uma vacina da gripe para todos é talvez o momento triste que faltava para confirmar o folclore e a falta de credibilidade da palavra a partir de Belém.
Em Democracia existem outras instituições de controlo, mas nenhuma delas sai da sua zona de conforto, deixando pasto ilimitado para quem está focado em manter o poder ou em conquistá-lo.
Bem pode Rui Rio dizer que está mais perto de ser primeiro-ministro, mas a forma como tem feito oposição não augura nada de muito diferente para o futuro.
É certo que para um manhoso político manhoso e meio, e talvez até lá chegue.
Mas as baterias viradas para a festa do Avante e para o congresso do PCP não fazem esquecer que uma quota parte do falhanço na gestão da pandemia também lhe cabe pela reiterada omissão.
O que se espera do líder do maior partido da oposição é exigir ao presidente que cumpra e faça cumprir a Constituição, o escrutínio do governo e alternativas credíveis.
Basta de despotismo e incúria.
E é disso que se trata, quando os portugueses morrem às mãos de uma gestão da pandemia a roçar o criminoso, apesar do silêncio pesado da Justiça.
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
MINORIAS E MAIORIAS PERIGOSAS
Enquanto passa devagar o tempo da pandemia, entre o falhanço dos sistemas de saúde e o horizonte radioso de uma vacina milagrosa, disparam o número de infectados e de mortos e aumentam as vítimas de economias e sociedades arrasadas.
Entretanto, os tempos de fanatismo, de ódio e censura saltaram das ruas para as elites que continuam a chafurdar num paradigma – na governação e na oposição – assente no marketing político falido.
Esta "plasticidade" remete para o falhado modelo do "novo trabalhismo" de Tony Blair que ruiu em todo o esplendor com a gigantesca farsa do Iraque.
E, mesmo assim, continua a servir, 13 anos passados, de cartilha inspiradora para todo o tipo de abusos do poder por esse Mundo fora.
A gestão de carreiras políticas, a navegação à vista e a estratégia de comunicação assente em focus groups fazem parte de um padrão comum, de uma espécie de "internacional" triunfante que federa esquerdas e direitas.
Não admira que por cá se invoque o que se passa em toda a Europa para justificar os desastres internos.
E os protestos grassam por todo o lado, e só ainda agora começaram.
As minorias extremistas recrudescem e as maiorias do pensamento único renascem, qual delas a mais perigosa.
Ah, o fantasma do fascismo regressou para podermos constatar novamente como o papel dos "comissários" do regime é fundamental para desviar as atenções.
Já chega!
A pandemia até podia servir para repensar as estradas que não têm levado a lado nenhum, mas o caminho difícil não está ao alcance de politiqueiros nem de sociedades vazias de mais e mais consumismo.
Empanturrada com a agenda das autoestradas da informação, nem a comunicação social escapa, pagando o preço da falta de distanciamento do poder com as ameaças na rua.
E continua a destruição do planeta até à próxima pandemia.
A globalização já revelou o melhor e o pior, mas ainda estão por conhecer as consequências do paradoxo em que vivemos: no tempo em que a informação, a tecnologia e a riqueza pretendem chegar a todo o lado, o cidadão é cada vez menos livre.
E, seja qual for a crise, o medo, a intimidação e a ameaça continuam a ser a solução do poder gasto para manter tudo a girar.
Entretanto, como fica bem na fotografia, os líderes até assumem culpas próprias, mas os sacrificados continuam a ser os mesmos.
segunda-feira, 9 de novembro de 2020
CONTRA ESTA "DUPLA" MARCHAR
Desde 23 de Agosto que crescem desenfreadamente os infectados com a Covid.
E foram precisos mais de dois meses para o presidente e o primeiro-ministro desatarem em audiências, audições e reuniões para, finalmente, começarem a ser desenhadas à pressa medidas para fazer face ao desastre instalado.
O que se está a passar em Portugal?
A resposta é complexa, como está na moda dizer quando se quer esconder alguma coisa, mas a realidade é bem simples: estamos a ser governados por quem está desorientado politicamente.
De facto, elegemos quem não tem estado à altura dos acontecimentos, porque mentem em vez de falar verdade, porque reagem em vez de prevenir, porque julgam que a solução passa por mais autoritarismo, mais intimidação e mais e mais ameaça.
Chegados aqui, com números astronómicos que ainda se vão agravar, tendo mesmo já ultrapassado a Espanha em número de casos por milhão, eis o estado de emergência "suave" em toda a sua brutalidade: as restrições e o recolher obrigatório.
Existe a consciência de que tem de haver tolerância num momento tão crítico, mas não podemos deixar resvalar ainda mais o que se está a passar mesmo em frente dos nossos olhos.
Por isso, desde logo, impõe-se preventivamente colocar outra questão: e se as medidas tardiamente adoptadas não resultarem?
Não podemos permitir que, em breve, a "alternativa" passe por colocar militares na rua, armados até aos dentes, para patrulharem os cidadãos e reprimir os motins.
Enquanto houver dinheiro, que não temos mas vamos receber, e depois ter de pagar, ainda pode existir margem para tapar alguns buracos mas não vai evitar uma previsível crise que pode atirar o país para a fome só imaginável em tempos de guerra.
Com os sinais de descontentamento cada vez mais evidentes, o que fazem o presidente e o primeiro-ministro?
Anunciam, com pompa e circunstância, que querem salvar o Natal, embora todos saibamos que querem é tentar salvar a imagem e a pele.
Ou seja, aparentemente, o grande desígnio é achatar a curva para podermos encher a pança e desatar a consumir que nem loucos durante o período natalício.
E depois, está claro, logo se verá.
De facto, estamos a começar a ver cada vez melhor.
Mas ainda não conseguimos exigir que não nos metam, outra vez, na armadilha de tentar resolver tudo à bruta e num estalar de dedos.
Na pandemia, como na saúde, economia, educação e justiça, continuamos a deixar-nos enganar com receitas instantâneas de fantasias em vez de pensar, planear e eleger objectivos a médio e longo prazo ao alcance do país.
Com os portugueses a morrer, por causa da Covid e da falta de cuidados de saúde e assistência hospitalar, dos novos aos mais velhos, está na altura de despachar esta "dupla" que lá se vai apoiando um no outro como podem para disfarçar erros e equívocos clamorosos.
Em Janeiro de 2021 temos a oportunidade de começar pela espécie de "eco" instalado em Belém, cuja responsabilidade maior não se extingue com palavras e imagens pomposas, vãs e enganosas.