A comunicação social, finalmente, despertou em força para o caos na Saúde.
As notícias extraordinárias sobre o funcionamento do SNS passaram a ser uma constante da agenda mediática.
Até poderia ser útil saber qual a razão para tão tardio despertar, mas ainda mais interessante é olhar de frente para o futuro num horizonte de pelo menos cinco anos.
Se nada fizermos com que poderemos contar?
Certamente, com mais um abismo.
Em que Marcelo repete a rábula anual de encher o carrinho de compras para o "Banco Alimentar", enquanto Costa avança com um qualquer novo truque para fazer esquecer as anteriores promessas falhadas.
Um e outro, com a mesma bonomia, e desfaçatez política, diga-se em abono da verdade, lá seguirão o seu caminho de poder e para o poder, quais prestidigitadores, dispostos a manter a ilusão de que vai haver uma vida melhor.
O escrutínio e a exigência não podem passar de moda, pois o vazio da governação não pode ser escamoteado pela realização de feitos extraordinários que (n)os enchem de orgulho.
Os Bastonários dos Enfermeiros e dos Médicos, que contra a corrente têm mantido o foco na defesa dos cidadãos, são um exemplo a seguir.
Para que outras Ordens, associações, sindicatos e profissionais tenham a mesma consciência e dignidade profissionais, apontando o tanto que ainda há de criminoso em áreas determinantes para cumprir a Democracia, como a Educação, a Justiça e a Segurança, entre outras.
A esta cidadania, ainda que insuficiente, têm faltado os partidos da oposição.
PC e BE ziguezagueiam, Cristas foi traída pela incoerência e Rio continua sem entender a diferença entre o bota-abaixo e a denúncia firme do status quo miserável que condena o país à miséria.
Entretanto o bailete dos afectos e das luzes coloridas tudo abafa e distorce, no sentido de tudo continuar mais ou menos na mesma, com o sistema concentrado em diabolizar os pequenos partidos que almejaram alcançar um lugar no Parlamento.
É que, com mais ou menos excesso programático, ainda são vozes que escapam, por ora, ao mainstream.
A longa vida de Marcelo e Costa no poder é mais do mesmo.
É, como se pode constatar, tolerar que os cidadãos continuem a ser tratados como lixo.