Na apresentação do Orçamento do Estado para 2023 cresce o alarido sobre um documento da maior importância que, anualmente, vai sendo retalhado à medida das “contas certas” de António Costa.
Basta recordar o Tribunal de Contas: «Nas contas do Estado relativas a 2021 «continuam a verificar-se desvios significativos entre os valores previstos e os executados».
O parecer, que faz 49 recomendações ao governo e à Assembleia da República, acrescenta ainda reparos pela Conta Geral do Estado, apresentada em Maio passado, não incluir «as demonstrações orçamentais e financeiras, previstas na Lei de Enquadramento Orçamental, que foram adiadas para 2023».
Face a esta realidade só faltava uma última pérola: «Bancos já custaram ao Estado mais de 22 mil milhões desde 2008».
O que sobra depois de aconchegar as fraudes e corrupção financeiras não permite acorrer aos cidadãos nos momentos de aflição.
Obviamente, são os contribuintes que pagam a factura, apesar do desespero a que a crise está a obrigar.
Não surpreende que sempre que o PSD se senta à mesa do orçamento, do Estado ou de qualquer outra negociata, contribua para o crescimento dos novos partidos – Chega e Iniciativa Liberal.
É o caldo do costume, que está entornado há muito tempo.
Já ninguém tem dúvidas que os desvarios políticos da governação de António Costa só foram – são! – possíveis com o branqueamento brutal de Marcelo Rebelo de Sousa.
O desastre há muito à vista, com mais ou menos ajuste directo, tem sido adiado pelas extraordinárias ajudas comunitárias durante a crise financeira e a pandemia.
Digam o que disserem, primeiro-ministro e presidente, depois dos Eurobonds e do PRR, só resta saber se ambos ainda vão salvar a pele à custa de novos pacotes financeiros para mitigar a trágica guerra de Putin.