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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

PORTUGAL EM SUSPENSO


O agravamento da crise está a gerar novos sinais de ruptura social, enquanto a governação de António Costa revela dificuldades crescentes e sinais de desagregação.

A pobreza já não é possível de esconder.

O desemprego continua a subir mês após mês.

A saúde, a justiça, a educação, a imigração e a segurança entraram num vórtice de indiferença em relação ao caos instalado.

O país está preso por arames.

A cada intervenção de António Costa, os cidadãos temem pelas suas liberdades e direitos adquiridos, como comprova a chantagem do arrendamento compulsivo.

A cada declaração de Marcelo Rebelo de Sousa, mais branqueamento, folclore ou ambiguidade, os cidadãos esperam o fim do XXIII governo, a queda de mais um qualquer governante.

Se o dia-a-dia já é terrível, as expectativas ainda são piores com o desnorte dos órgãos de soberania, como comprova o falhanço das promessas, as incoerências em relação ao PRR e a TAP em voo livre.

Num tempo em que a recuperação económica é fundamental, o poder político apenas reserva para o cidadão comum um horizonte de mais medo, ameaças, mais capital e litoral e menos interior.

As PME’s desesperam.

Em contraponto, as grandes empresas – Bancos, telecomunicações, gasolineiras e hipermercados – vivem tempos dourados, lucros excepcionais, benefícios fiscais inexcedíveis e apoios milionários.

É todo um país maltratado, ignorado, asfixiado, novamente adiado.

É Portugal em suspenso.


segunda-feira, 10 de outubro de 2022

O CALDO DO COSTUME


Na apresentação do Orçamento do Estado para 2023 cresce o alarido sobre um documento da maior importância que, anualmente, vai sendo retalhado à medida das “contas certas” de António Costa.

Basta recordar o Tribunal de Contas: «Nas contas do Estado relativas a 2021 «continuam a verificar-se desvios significativos entre os valores previstos e os executados».

O parecer, que faz 49 recomendações ao governo e à Assembleia da República, acrescenta ainda reparos pela Conta Geral do Estado, apresentada em Maio passado, não incluir «as demonstrações orçamentais e financeiras, previstas na Lei de Enquadramento Orçamental, que foram adiadas para 2023».

Face a esta realidade só faltava uma última pérola: «Bancos já custaram ao Estado mais de 22 mil milhões desde 2008».

O que sobra depois de aconchegar as fraudes e corrupção financeiras não permite acorrer aos cidadãos nos momentos de aflição.

Obviamente, são os contribuintes que pagam a factura, apesar do desespero a que a crise está a obrigar.

Não surpreende que sempre que o PSD se senta à mesa do orçamento, do Estado ou de qualquer outra negociata, contribua para o crescimento dos novos partidos – Chega e Iniciativa Liberal.

É o caldo do costume, que está entornado há muito tempo.

Já ninguém tem dúvidas que os desvarios políticos da governação de António Costa só foram – são! – possíveis com o branqueamento brutal de Marcelo Rebelo de Sousa.

O desastre há muito à vista, com mais ou menos ajuste directo, tem sido adiado pelas extraordinárias ajudas comunitárias durante a crise financeira e a pandemia.

Digam o que disserem, primeiro-ministro e presidente, depois dos Eurobonds e do PRR, só resta saber se ambos ainda vão salvar a pele à custa de novos pacotes financeiros para mitigar a trágica guerra de Putin.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

COBERTOS DE SANGUE


Sentados nos seus gabinetes, certamente com várias “smart” TV, telemóveis 5G e mais um par de gadgets, os líderes dos países ocidentais assistem a mais uma matança.

Obviamente, indignam-se, protestam e até avançam sanções financeiras e económicas, algumas das quais para encher o olho da opinião pública.

Entretanto, as cidades cobrem-se de azul e amarelo, multiplicam-se as emoções e as manifestações e disparam os alertas nucleares.

Nenhuma razão, nenhuma, parcial ou total, justifica uma agressão e invasão militares, porque a guerra é inaceitável.

Depois de disparado o primeiro tiro, quando tomba o primeiro civil inocente, já é sempre tarde de mais.

A Ucrânia é mais um capítulo da “brincadeira” ocidental com o dinheiro sujo, mais comissão menos comissão. 

Confundir Justiça e Segurança, permitindo que os espiões, e os serviços de informações, assaltem o topo do poder político, nunca será uma solução.

Pactuar com os ditadores e as ditaduras terá sempre um elevado preço.

Seja qual for a propaganda, venha ela donde vier, só poderá haver prosperidade e paz quando os instrumentos que eternizam o arbítrio, a corrupção e a selvajaria forem atacados de frente.

Ora, até ao momento, as offshores do imenso imundo mundial continuam intocáveis.

Pela amostra presente, a legalização dos lobbies apenas serviu para melhor continuar a promover com toda a transparência as negociatas, desde as de Estado às do tirano mais abjecto.

Enquanto for possível esconder impunemente o dinheiro proveniente do crime, o mar de lágrimas que corre pelo mundo fora não será suficiente para lavar os governantes cobertos de sangue.

A indústria de armamento rejubila com mais uma guerra que ainda não se sabe como poderá acabar.

Portugal não pode continuar a ter parceiros estratégicos que apoiam e suportam Vladimir Putin.

Hoje, Ucrânia; amanhã, Taiwan.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

NÚMERO TRÁGICO


O Estado português injectou 29,155 mil milhões de euros na banca de 2008 a 2020.

O retorno foi de 7,139 mil milhões de euros.

O saldo negativo é o número trágico de 21,836 mil milhões de euros.

Os números são do Tribunal de Contas, inscritos no “Parecer sobre a Conta Geral do Estado 2020” (página 217).

E ainda faltam os números oficiais relativos a 2021, e os 317 milhões de euros que o governo de António Costa meteu à revelia do Parlamento no Novo Banco, o grande campeão deste campeonato miserável.

No balanço de mais um ano, e em vésperas de eleições antecipadas, é extraordinário como ainda podem existir cidadãos a depositar confiança nos líderes dos últimos 13 anos.

É preciso mudar.

Desde logo, começando por varrer os governantes e os altos dirigentes que permitiram uma tal calamidade financeira.

E responsabilizando até ao último cêntimo os ladrões que roubaram um país pobre, obviamente com cumplicidades ao mais alto nível.

Entretanto, ano após ano, o país vai morrendo aos poucos, contraindo mais dívidas, a economia vai definhando e os cidadãos fazem longas filas, ao frio e à chuva, para fazer os testes que lhes permitam acautelar a sua saúde e a dos seus.

Se faltou – e falta! – dinheiro e organização para a Saúde, a Justiça e a Educação, a verdade é que nunca faltou – e não falta! – dinheiro para alimentar uma elite corrupta, gananciosa e incompetente.

A mais recente novela sobre a nacionalidade “comprada” por Roman Abramovich é apenas mais um sinal de alarme da fraqueza do Estado.

Tem valido tudo, de Isabel dos Santos, a Obiang e aos chineses, sendo agora a vez dos oligarcas russos.

Só falta coragem para assumir um “Kleptocracy Tours” ao jeito de Londres.

Portugal aparece assim disponível para disputar o lugar que o Reino Unido deixou vazio na União Europeia.

A governação nunca falhou nos braços abertos para lavar dinheiro sujo.

E o presidente, eleito e reeleito, que convive com esta impunidade, em silêncio, sorrindo, não merece qualquer tolerância.

Ao mesmo tempo, a comunicação social lá vai cumprindo o seu papel, melhor ou pior, garantindo umas migalhas, com os criados do poder a atormentar e a despedir jornalistas.

Cabe aos portugueses, no próximo dia 30 de Janeiro de 2022, dizerem se querem que a capital de Portugal passe a ser eventualmente conhecida por "Lisbongrado".

Ou por qualquer outra sigla que identifique esta politicamente cobarde “longa marcha” com o capital oriundo dos regimes mais opressivos e sanguinários do século XXI.

Feliz Ano Novo.

 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

NA ORDEM DO DIA


O espírito de missão é mil vezes invocado na hora da entrada, da permanência e da saída do poder.

A meio do caminho, não faltam as referências ao sacrifício pessoal.

E, no fim, o encargo do tráfico de influências num ambiente de tagarelice redobrada, alimentado por uma imprensa cada vez menos livre.

Foi assim, ontem, com as grandes obras públicas, os fundos europeus, as PPP’s e até os grandes eventos internacionais.

É assim, hoje, com os bancos, a defesa da aventura do hidrogénio, a exploração das minas de lítio e a construção do novo aeroporto de Lisboa a qualquer preço.

Não é por acaso que o “Bloco Central” ressurgiu.

Tem valido tudo para servir a propaganda do “somos os maiores”, mas em relação à corrupção e às offshoresLuandaLeaks, LuxLeaks, Panama Papers, Pandora Papers, SwissLeaks, WikiLeaks – só restam boas intenções há décadas.

Aliás, até apregoam que estamos na linha da frente mundial nas energias renováveis, mas não há sinal de igual ambição no SNS.

Não faltam outros exemplos, desde a Educação à Justiça, sem esquecer o atropelo às liberdades individuais.

As decisões institucionais e públicas atendem mais depressa os grandes interesses do que resolvem os problemas do dia-a-dia dos cidadãos.

O Estado está capturado por todo o tipo de interesses, incluindo os criminosos, sendo cada vez mais um espaço de intermediação de lucros e comissões do que de defesa do interesse público.

E não hesita em perseguir quem revela os seus abusos de poder e monumentais roubos – Julian Assange e Edward Snowden, entre outros.

O Papa protesta, a igreja lava as mãos e os servidores da causa pública alimentam mais folclore.

Os cidadãos indefesos, que mal conseguem manter a saúde e sobreviver, até têm agora de enfrentar a politicamente insolente ameaça velada de obrigatoriedade de uma vacina que ainda levanta dúvidas.

Na ordem do dia está o próximo acto eleitoral.

É mais do que escolher 230 deputados, é mais uma oportunidade para aliviar o país de tantos e tantos servidores públicos, que pouco ou nada fizeram e fazem, e eleger quem seja capaz de combater a farsa que nos tem atirado para a miséria.