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segunda-feira, 24 de março de 2025

QUANTO CUSTA UM BUNKER?


Depois de mais uma reportagem sobre os imigrantes em Portugal, a última de Bruno de Castro Ferreira, na SIC, as autoridades deram sinal de vida, fazendo mais num par de dias do que nos últimos anos.

A descoberta é dantesca: um pastor evangélico é responsável por mais uma miserável exploração, a ponta do iceberg que tem sido deliberadamente escondida.

É neste contexto, que pouco importa a quem continua a defender a imigração de portas abertas, que outros sinais de total desumanização invadem as sociedades de norte a sul, de este a oeste, alimentando soluções extremistas à esquerda e à direita.

As imagens brutais de Gaza, em que nem os doentes internados escapam, sancionadas pela cumplicidade de Donald Trump e dos líderes da União Europeia, são apenas extensões de uma realidade arbitrária imposta pela lei do mais forte.

A liderança das negociações para travar a invasão russa na Ucrânia, conduzidas pelo príncipe Mohammed bin Salman, que ordenou o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi, dá a exacta dimensão do desvario em curso.

As manifestações de centenas de milhares de cidadãos contra a guerra e o autoritarismo, de Israel à Turquia, dos Estados bálticos à União Europeia, de África aos EUA e Reino Unido, continuam a ser ignoradas por líderes eleitos e ditadores.

A escolha dos madeirenses, que ratificaram a liderança de um arguido por corrupção, não é uma vitória de Miguel Albuquerque, é mais uma derrota estrondosa do regime de democrático.

A actual disrupção é o fruto de décadas de mentiras de Estado que tresandam a corrupção ao mais alto nível.

Nem as mais recentes revelações sobre o assassinato de JFK foram suficientes para despertar as elites, já tão afundadas no pragmatismo e nos negócios de Estado que nem se dão conta do desastre iminente.

Quanto custa um bunker?

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

CÚMPLICES PELO AR E MAR



No dia em que se comemora o 25 de Novembro de 1975, a mensagem mais actual continua a ser a mesma: a ditadura não passará, seja de esquerda ou de direita.

Por isso também vale a pena celebrar os mandados de captura internacionais, emitidos pelo TPI, para Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant (Israel) e Mohammed Deif (Hamas).

Dois incidentes ganharam actualidade: em 2021, um caça da Bielorrússia forçou a Ryanair a aterrar em Minsk para prender o jornalista Roman Protasevich; em 2013, José Américo Bubo Na Tchuto, ex-almirante da Guiné-Bissau, foi detido em águas internacionais.

Os casos são antigos, mas servem de aviso para todos os criminosos de guerra, pois é real o risco de serem capturados em espaço aéreo ou marítimo internacional ou sob jurisdição dos países, incluindo Portugal, que já acataram a decisão do tribunal de Haia.

As dezenas de cúmplices dos crimes de guerra em Gaza têm de ser escrutinados, tal como foi Vladimir Putin pelo desvario selvagem na Ucrânia, devendo ser alvos de idênticas medidas se assim se justificar.

Não faltam candidatos a prestar contas à justiça internacional, desde Joe Biden e Kamala Harris, sem esquecer Keir Starmer, Rishi Sunak, Emmanuel Macron, e Olaf Scholz, entre outros algozes.

O papel de Portugal, desde o ataque terrorista do Hamas, de 7 de Outubro de 2023, também merece a maior atenção, pois nem a dissimulação nem o maior ou menos grau de envolvimento podem diminuir a gravidade dos actos praticados.

A cidadania tem desempenhado um papel fulcral na denúncia e na forte condenação de quem mata e ajuda a matar civis e vítimas inocentes, seja na Palestina ou em qualquer outro lugar.

Os políticos da velha guarda continuam a acreditar que é possível fazer a guerra, com a monstruosa teoria dos danos colaterais, mesmo nos tempos em que a informação global já lhes escapou entre os dedos das mãos e dos aparelhos de Estado.

Olaf Scholz e a sua ministra Annalena Baerbock estão a caminho do despedimento, enquanto o presidente francês luta pela sobrevivência política e institucional.

A petição para destituir Keir Starmer, com mais de dois milhões de signatários, é apenas um começo, mais um exemplo de como a repressão e o controlo dos Media são insuficientes para escapar ao escrutínio global e à justiça internacional.


segunda-feira, 18 de novembro de 2024

UNIÃO EUROPEIA: O GRAU ZERO


O Parlamento Europeu assinala mil dias da invasão russa, porventura com a mira apontada para igual comemoração do genocídio em Gaza e da invasão do Líbano perpetrados por Israel.

Entretanto, Joe Biden avançou com a autorização para os ucranianos poderem usar os mísseis de longo alcance contra a Rússia, seguido imediatamente por França e Reino Unido.

É neste quadro alucinante que os cidadãos assistem ao suicídio do jornalismo, como sublinhou José Manuel Fernandes em artigo de opinião.

A este cenário pantanoso, que ainda assim não disfarça os sinais de pânico por todos os cantos do mundo, soma-se um desenvolvimento médio anémico, o qual não tem limitado mais e mais promessas fantasiosas.

O caso português é gritante, pois nem a fabulosa “bazuca” consegue romper o crescimento da ordem dos 1,7%.

Não é o único escândalo: Luís Montenegro continua com os cadáveres políticos dentro de casa, arriscando o futuro do próprio governo, onze mortes depois da constatação das falhas dos serviços de emergência médica.

A resposta dos norte-americanos ao desvario, à ficção e à corrupção de Estado, a que alguns chamam eufemisticamente “complexidade”, foi clara: a maioria de Donald Trump em toda a linha.

Olaf Scholz e Annalena Baerbock, a dupla falhada da Alemanha, exibem a sua estratégia errática, enquanto Josep Borrell lá se vai desfazendo em meias-medidas.

De cabeça perdida, assim vão os líderes mundiais, a brincar com uma realidade que avança para cenários impensáveis e inaceitáveis.

É a União Europeia no seu pior momento da história, no grau zero, com Portugal sempre a acompanhar de joelhos a evolução internacional.





segunda-feira, 7 de outubro de 2024

“GUERRA DO SEIS DIAS” HÁ MAIS DE 50 ANOS


Um ano após o ataque do Hamas, mais um, em retaliação à ocupação israelita, 33 dos 251 reféns já foram declarados mortos, continuando 101 ainda em cativeiro, depois dos 117 libertados.

Os 1170 cidadãos de Israel, que tombaram às mãos do radicalismo terrorista, nunca serão “ressuscitados” pelo terrorismo de Estado que já matou dezenas de milhares de palestinianos, civis assassinados às mãos do exército de Israel no último ano.

O genocídio tolerado, Gaza dizimada e o Líbano a caminho de igual destruição fazem parte do retrato trágico da derrota de Benjamin Netanyahu, de que fazem ainda parte aliados, inimigos e demais afins.

Arábia Saudita, Irão, Iraque, Koweit, EAU, Catar e Bahrein, que representam 60% das reservas mundiais de petróleo, bem como o estreito de Ormuz, não apagam a chacina de dezenas de milhares de mortos e os milhões de deslocados.

O ataque de 7 de Outubro de 2023 comprovou, mais uma vez, a falência da ordem internacional e da ONU, como atesta a escandalosa recusa da entrada de António Guterres em Israel.

O Mundo não se comoveu, nem mesmo Portugal, além dos comunicados de circunstância, razão pela qual Israel continua impune, a fazer o trabalho sujo que serve os interesses ocidentais.

À cautela, é de recordar que Isaac Herzog, presidente de Israel, cuja visita a Portugal foi adiada, não é bem-vindo, por mais cinismo político de Paulo Rangel, Luís Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa.

Enquanto a União Europeia e o Reino Unido fazem de mortos, o balanço da dupla Joe Biden/Kamala Harris está à vista.

O mais dramático é que as próximas eleições presidenciais norte-americanas não representam qualquer sinal esperança, pois a Humanidade continua nas mãos de criminosos de guerra.

A “Guerra dos Seis Dias”, que se prolonga há mais de 50 anos, tem apenas um único vencedor: a indústria militar.





segunda-feira, 30 de setembro de 2024

SOLUÇÃO FINAL


O discurso do criminoso procurado pela justiça internacional, Benjamin Netanyahu, enquanto a esmagadora maioria dos representantes na ONU abandonavam o Salão da Assembleia Geral, deu rapidamente lugar a mais bombas e explosões.

É a imagem de Beirute novamente a arder, quase um ano depois da invasão de Gaza, levada a cabo pelo exército de Israel, depois do ataque do Hamas a 7 de Outubro de 2023.

É esta a realidade dantesca, depois das mentiras que permitiram dizimar civis no Iraque e exterminar os palestinianos.

As doutrinas e as práticas dos eleitos e dos ditadores confundem-se, os mesmos métodos, o mesmo pavor da liberdade de expressão e de manifestação.

A tentação de Vladimir Putin na Ucrânia e o sonho de Xi Jinping para Taiwan são apenas o reflexo da política ocidental vergada ao arbítrio e à corrupção.

O genocídio já é tolerado, como se não houvesse memória de Auschwitz-Birkenau, Belzec, Dachau, entre tantos outros campos da morte.

É mais uma solução final, como se a força e a brutalidade das armas limpassem o lodaçal em que a civilização voltou a mergulhar.

Enquanto as redes sociais mostram ainda mais do que os Media podem e ainda querem revelar, também por cá impera outra táctica de terra queimada.

Pedro Nuno Santos avança para o próximo orçamento com mais uma tropelia, mordendo o isco, convicto que só o Chega mais forte lhe assegurará o poder.

Por sua vez, Luís Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa, com processos em curso que lhes dizem directamente respeito, escolhem o novo PGR, Amadeu Guerra, com prazo de validade de 3 meses, sem dar o mais ténue sinal de desconforto.

Por último, as grávidas vão passar a ter de tocar à campainha nas urgências hospitalares.

É a evidência de que vale-tudo – guerras, massacres de civis, ataques aos direitos individuais e subversão das mais elementares regras.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

DESORDEM GERAL


Os tempos estão cada vez mais perigosos para quem quer manter e impingir o insustentável e o inadmissível.

Basta ver e rever o que se está a passar no Reino Unido, designadamente com Keir Starmer a ameaçar e a mandar prender por delito de opinião.

Não se tratam de epifenómenos, muito pelo contrário, como atestam os aterradores casos de detenção em França e na Alemanha de quem manifesta apoio aos palestinianos.

Não admira que Israel tenha realizado pelo menos 17 ataques a escolas em Gaza no último mês, com mulheres e crianças mortas para exibir à comunidade que não quer ver, escutar e denunciar as atrocidades.

Nem espanta que Nicolás Maduro exiba o carácter repressivo e sanguinário de uma ditadura que tem condenado os venezuelanos à miséria.

Também não surpreende que Vladimir Putin tenha invadido e continue a massacrar os ucranianos.

A nível nacional, os sinais de desvario político de Luís Montenegro também são preocupantes, negando a evidência do falhanço do plano de emergência da Saúde para o Verão.

Esta repetida situação dantesca só é possível com Marcelo Rebelo de Sousa diminuído e acantonado nas malhas do caso das gémeas.

Aliás, por mais visitas cirúrgicas às instituições que o incomodam institucional e pessoalmente – DCIAP (2016 e 2019) e Hospital Santa Maria (2024), – entre outras, a autoridade presidencial sai ainda mais enfraquecida.

Em todos estas situações de desordem geral há um padrão: a violação dos mais elementares direitos individuais.

O arbítrio, a repressão e a propaganda têm sido as respostas aos problemas e anseios dos cidadãos, como se fosse possível abafar a realidade em pleno século XXI.

A violência policial, o apoio aos Media que se deixam controlar e a diabolização das redes sociais são apenas paliativos, para manter uma situação desesperada, condenados ao fracasso.