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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

PAREM DE CHATEAR OS CIDADÃOS


O tempo tudo permite desmascarar e aclarar.

O primeiro-ministro não pode conviver tranquila e sorridentemente com as urgências fechadas, com a crescente insegurança urbana e com os mais excluídos à mercê de uma migalha extraordinária.

Há linhas vermelhas que a cidadania tem de impor ao poder, aos eleitos que servem de fachada para os não-eleitos mandarem na sombra, pois no mundo actual já não há diferença entre a esquerda e a direita.

O embuste na Venezuela está tão maduro quanto a rábula de justificar a imigração descontrolada com razões humanitárias.

Após o achamento de uma roupagem solidária para o negócio mais vil do século XXI – a perpetuação da exploração selvagem de mão-de-obra –, o truque está à vista.

Para estes “corações de ouro”, ao serviço das redes criminosas por acção ou omissão, isto é business as usual.

Da imigração à liberdade de expressão, das alterações climáticas à alimentação, escola, habitação, justiça, saúde e segurança, tudo tem servido para justificar a governação de plástico à custa de abusos, excessos e oportunismos.

Quando o Estado obriga os imigrantes a esperar anos a fio por um documento de legalização, então está apenas a concorrer com as máfias de tráfico de seres humanos.

Quando o Estado ameaça a liberdade de expressão, então está apenas a tentar mascarar os seus crimes.

Quando o Estado obriga os mais pobres a pagar a factura das alterações climáticas, então está apenas a proteger as suas clientelas e elites.

Quando o Estado abandona os cidadãos nas áreas sociais e de soberania, designadamente no SNS e na paz do dia-a-dia, então estamos a caminho de um novo modelo de ditadura.

Para salvar o regime democrático e o modo de vida ocidental é preciso mais do que defender as redes sociais e denunciar a corrupção ao mais alto nível do Estado.

É preciso enfrentar a impunidade de quem governa, das negociatas aos truques modernaços, combater a voragem da indústria militar, que arrebanhou os idiotas úteis do Kremlin e do Hamas, e travar a selvajaria chantagista da indústria farmacêutica.

Pedalem à-vontade, mas parem de chatear os cidadãos.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

CRIMES EM NOME DA DEMOCRACIA



O conflito no Médio Oriente continua a ser alimentado pelas acções terroristas das partes envolvidas.

A questão não é saber quem começou, tanto mais que o ataque do Hamas, do passado 7 de Outubro, não pode ser descontextualizado dos anteriores perpetrados sucessivamente por Israel.

Como é possível um regime democrático colocar-se ao mesmo nível de um grupo terrorista?

A resposta é dramática: a geometria variável das superpotências facilita que Israel, um Estado pária que nunca cumpriu uma resolução da ONU, possa impunemente invadir, ocupar e matar indiscriminadamente civis inocentes.

O carrossel de contradições não é de hoje, nem de ontem, nem começou com a invasão do Iraque nem acabou com invasão da Ucrânia.

O resultado é trágico: a posição de Benjamin Netanyahu e de Vladimir Putin são tão criminosas e cínicas quanto as de Joe Biden e dos seus acólitos que lideram os principais países europeus, incapazes de terem aprendido com as vergonhas do passado.

Os crimes praticados em nome dos regimes democráticos são o fermento das ditaduras, com a agravante das negociatas de Estado lhes garantirem os meios suficientes para sobreviverem.

O descalabro da ordem mundial nunca esteve tão patente, designadamente a intensificação das relações e acordos com líderes sanguinários, como por exemplo Mohammad bin Salman da Arábia Saudita.

Em boa verdade, a práxis das relações internacionais apenas favorece a matança e a corrupção de Estado.

No meio da tragédia, o Reino Unido e os principais líderes da União Europeia, os arautos dos regimes democráticos, optam por chafurdar na miséria da indiferença do genocídio de um povo pobre e abandonado.

Felizmente, em relação ao Médio Oriente, Portugal e Espanha têm mantido uma posição civilizada e respeitadora do Direito Internacional e Humanitário que nem Marcelo Rebelo de Sousa consegue beliscar com as suas leviandades inaceitáveis.