No próximo dia 27 de Fevereiro, a invasão da Crimeia assinala o oitavo aniversário.
A aventura de Vladimir Putin não ficou por aqui, basta recordar o que se passou, e passa, desde 2014, em Donbass.
Desde então, não faltaram as ameaças "nunca vistas" do Ocidente.
Nem os mortos na Ucrânia (mais de 14 mil).
Nem todo o tipo de acordos e negócios dos mais diferentes países com a Rússia, Putin e apaniguados.
Para trás fica o “produto” escondido num qualquer offshore, branqueado pelos bancos e banqueiros mais “credíveis” do planeta ou ainda investido através de um qualquer programa de “vistos gold”.
De fusão em fusão, de aquisição em aquisição, a concentração é cada vez maior e perigosa na indústria de armamento que lá vai proliferando, mesmo em tempos de pandemia.
Os norte-americanos e chineses liderarem o ranking mundial.
Afinal, mais de 300 mil milhões de euros dão de comer a muita gente.
De facto, nos últimos anos, a indústria militar russa registou um decréscimo após as sanções ocidentais de 2014, mas ainda lhe sobra e resta o poder de fogo para atemorizar o Mundo.
O gás, os cereais e a carne dos russos (a que se vai comendo à mesa) também não faltam a governantes e governados ávidos por satisfazer os seus desejos a qualquer preço.
De manhã, matanças de civis inocentes; ao almoço, ameaças; e, ao jantar, negociatas.
A política de reforço de investimentos e trocas comerciais com ditaduras sanguinárias continua a ser um falhanço estrondoso.
A globalização não aumentou o respeito pelos direitos humanos, apenas reformulou as tentações imperiais e renovou os riscos da guerra.
Enquanto os países ocidentais fazem de conta que a guerra ainda não começou, disfarçando que estão a negociar sob a coacção das armas russas, o ciclo infernal continua na Ucrânia, em directo e a cores.
Nem a Covid os conseguiu travar.
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