A força das opiniões públicas está a impor uma mudança radical.
Como bem sublinhou António Guterres, ainda que tardiamente, a guerra no século XXI é um absurdo.
A barbárie e a morte de civis já não podem ser apenas lavadas com palavras e mais palavras.
A globalização não continuará a servir para justificar a alta corrupção e o branqueamento de capitais.
Sejam Estados, sejam grandes multinacionais, a política da liberdade na boca e a mão no bolso estão a ser fortemente contestadas.
Alemanha, França e Reino Unido tiveram de travar a fundo nos negócios com Vladimir Putin e afins, ao mesmo tempo que Joe Biden ganha popularidade com o apoio militar à Ucrânia.
Mesmo no teatro de guerra começa a vislumbrar-se um ponto de viragem.
Apesar de muito faltar para fazer vingar as sanções à Rússia e aos seus oligarcas, o charme dos “facilitadores” do dinheiro sujo e o primor das “lavandarias financeiras” são questionados.
Passados mais de dois meses da agressão e da invasão da Ucrânia é preciso dar um golpe final nas máquinas da guerra: reforçar o cerco às offshores.
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