A vitória de Luís Montenegro abriu um novo ciclo político, com o regresso em força de “passistas” e “santanistas” à liderança do PSD.
A derrota de Jorge Moreira da Silva, que também é mais uma derrota do Bloco Central, deixa campo aberto a uma oposição à direita mais forte e incisiva.
Os tempos são de mudança.
O presidente não vai poder, mais birra menos birra institucional, insistir no branqueamento sistemático da governação socialista.
Nem mesmo Rui Rio, com uma bancada parlamentar à medida de um consulado desastroso, pode contrariar os ventos que sopram a favor de Luís Montenegro.
Com Marcelo Rebelo de Sousa acantonado na irrelevância institucional, o novo líder do PSD bem pode contar com os efeitos da Guerra na Europa e da inflação descontrolada.
A mudança no PSD acontece no momento em que o horizonte é cada vez mais negro para António Costa.
A porta está aberta para uma federação de esforços à direita para construir uma alternativa à maioria socialista do PS.
Assim, estão criadas as novas condições para colocar a questão fundamental: Queremos continuar a hipotecar o futuro à custa de uma protecção social de fachada?
A propaganda governamental e o folclore presidencial vão esbarrar na brutal crise de perda de poder de compra.
A dupla Marcelo/Costa, uma descarada “fórmula de sucesso” desde 2016, com a cumplicidade dos Media, tem dias difíceis pela frente.
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