Sentados nos seus gabinetes, certamente com várias “smart” TV, telemóveis 5G e mais um par de gadgets, os líderes dos países ocidentais assistem a mais uma matança.
Obviamente, indignam-se, protestam e até avançam sanções financeiras e económicas, algumas das quais para encher o olho da opinião pública.
Entretanto, as cidades cobrem-se de azul e amarelo, multiplicam-se as emoções e as manifestações e disparam os alertas nucleares.
Nenhuma razão, nenhuma, parcial ou total, justifica uma agressão e invasão militares, porque a guerra é inaceitável.
Depois de disparado o primeiro tiro, quando tomba o primeiro civil inocente, já é sempre tarde de mais.
A Ucrânia é mais um capítulo da “brincadeira” ocidental com o dinheiro sujo, mais comissão menos comissão.
Confundir Justiça e Segurança, permitindo que os espiões, e os serviços de informações, assaltem o topo do poder político, nunca será uma solução.
Pactuar com os ditadores e as ditaduras terá sempre um elevado preço.
Seja qual for a propaganda, venha ela donde vier, só poderá haver prosperidade e paz quando os instrumentos que eternizam o arbítrio, a corrupção e a selvajaria forem atacados de frente.
Ora, até ao momento, as offshores do imenso imundo mundial continuam intocáveis.
Pela amostra presente, a legalização dos lobbies apenas serviu para melhor continuar a promover com toda a transparência as negociatas, desde as de Estado às do tirano mais abjecto.
Enquanto for possível esconder impunemente o dinheiro proveniente do crime, o mar de lágrimas que corre pelo mundo fora não será suficiente para lavar os governantes cobertos de sangue.
A indústria de armamento rejubila com mais uma guerra que ainda não se sabe como poderá acabar.
Portugal não pode continuar a ter parceiros estratégicos que apoiam e suportam Vladimir Putin.
Hoje, Ucrânia; amanhã, Taiwan.