O Estado português injectou 29,155 mil milhões de euros na banca de 2008 a 2020.
O retorno foi de 7,139 mil milhões de euros.
O saldo negativo é o número trágico de 21,836 mil milhões de euros.
Os números são do Tribunal de Contas, inscritos no “Parecer sobre a Conta Geral do Estado 2020” (página 217).
E ainda faltam os números oficiais relativos a 2021, e os 317 milhões de euros que o governo de António Costa meteu à revelia do Parlamento no Novo Banco, o grande campeão deste campeonato miserável.
No balanço de mais um ano, e em vésperas de eleições antecipadas, é extraordinário como ainda podem existir cidadãos a depositar confiança nos líderes dos últimos 13 anos.
É preciso mudar.
Desde logo, começando por varrer os governantes e os altos dirigentes que permitiram uma tal calamidade financeira.
E responsabilizando até ao último cêntimo os ladrões que roubaram um país pobre, obviamente com cumplicidades ao mais alto nível.
Entretanto, ano após ano, o país vai morrendo aos poucos, contraindo mais dívidas, a economia vai definhando e os cidadãos fazem longas filas, ao frio e à chuva, para fazer os testes que lhes permitam acautelar a sua saúde e a dos seus.
Se faltou – e falta! – dinheiro e organização para a Saúde, a Justiça e a Educação, a verdade é que nunca faltou – e não falta! – dinheiro para alimentar uma elite corrupta, gananciosa e incompetente.
A mais recente novela sobre a nacionalidade “comprada” por Roman Abramovich é apenas mais um sinal de alarme da fraqueza do Estado.
Tem valido tudo, de Isabel dos Santos, a Obiang e aos chineses, sendo agora a vez dos oligarcas russos.
Só falta coragem para assumir um “Kleptocracy Tours” ao jeito de Londres.
Portugal aparece assim disponível para disputar o lugar que o Reino Unido deixou vazio na União Europeia.
A governação nunca falhou nos braços abertos para lavar dinheiro sujo.
E o presidente, eleito e reeleito, que convive com esta impunidade, em silêncio, sorrindo, não merece qualquer tolerância.
Ao mesmo tempo, a comunicação social lá vai cumprindo o seu papel, melhor ou pior, garantindo umas migalhas, com os criados do poder a atormentar e a despedir jornalistas.
Cabe aos portugueses, no próximo dia 30 de Janeiro de 2022, dizerem se querem que a capital de Portugal passe a ser eventualmente conhecida por "Lisbongrado".
Ou por qualquer outra sigla que identifique esta politicamente cobarde “longa marcha” com o capital oriundo dos regimes mais opressivos e sanguinários do século XXI.
Feliz Ano Novo.