segunda-feira, 30 de maio de 2022

MARCELO E COSTA COM DIAS DIFÍCEIS


A vitória de Luís Montenegro abriu um novo ciclo político, com o regresso em força de “passistas” e “santanistas” à liderança do PSD.

A derrota de Jorge Moreira da Silva, que também é mais uma derrota do Bloco Central, deixa campo aberto a uma oposição à direita mais forte e incisiva.

Os tempos são de mudança.

O presidente não vai poder, mais birra menos birra institucional, insistir no branqueamento sistemático da governação socialista.

Nem mesmo Rui Rio, com uma bancada parlamentar à medida de um consulado desastroso, pode contrariar os ventos que sopram a favor de Luís Montenegro.

Com Marcelo Rebelo de Sousa acantonado na irrelevância institucional, o novo líder do PSD bem pode contar com os efeitos da Guerra na Europa e da inflação descontrolada.

A mudança no PSD acontece no momento em que o horizonte é cada vez mais negro para António Costa.

A porta está aberta para uma federação de esforços à direita para construir uma alternativa à maioria socialista do PS.

Assim, estão criadas as novas condições para colocar a questão fundamental: Queremos continuar a hipotecar o futuro à custa de uma protecção social de fachada?

A propaganda governamental e o folclore presidencial vão esbarrar na brutal crise de perda de poder de compra.

A dupla Marcelo/Costa, uma descarada “fórmula de sucesso” desde 2016, com a cumplicidade dos Media, tem dias difíceis pela frente.

segunda-feira, 23 de maio de 2022

VITÓRIA DO BUSINESS AS USUAL


Volodymyr Zelensky e o povo ucraniano continuam entre a espada (brutalidade russa) e a parede (cinismo político ocidental).

A rendição dos militares ucranianos refugiados em Azovstal é uma derrota estrondosa.

É a dura realidade, após as promessas de apoio militar, sanções para oligarca não cumprir e ameaças de corte ao petróleo e gás russos para as calendas.

Vladimir Putin conseguiu em 2022 o que não havia conseguido em 2014: ocupar Mariupol.

A alta rotação da diplomacia mundial tem servido mais para embalar as opiniões públicas do que para inverter a relação de forças no terreno da guerra.

Aparentemente, a estratégia ocidental já deixou cair a Crimeia e o Donbass há muito tempo, estando apenas apostada em desgastar a Rússia.

Entretanto, está cada vez mais perto a fome que vai matar ainda mais entre os mais pobres e frágeis a nível mundial.

Três meses depois da agressão e da invasão da Ucrânia pelas forças armadas russas, Vladimir Putin alcançou o trunfo para exibir.

É a vitória do business as usual.