O Natal é sempre mágico para as crianças.
E também é um um momento especial para os adultos.
Este ano estou a preparar uma carta ao Pai Natal com três desejos:
Saber o que se passou em Tancos.
Ter eleições antecipadas.
Viver num país decente.
O caso de Tancos é demasiado grave para ser "lavado".
E, Pai Natal, por favor ilumina-os, pois Tancos não pode ser reduzido a uma dificuldade de compreensão ou a uma qualquer nebulosa de última hora, com mais parada menos parada.
Tancos tem de ser um marco no fim da percepção da palhaçada político-institucional que insulta a inteligência dos portugueses, visando impedir a descoberta dos autores do roubo, do encobrimento e das sucessivas omissões e mentiras de Estado.
Não é possível pactuar mais com os actuais representantes dos órgãos de soberania que, deliberada ou por incompetência, exibem uma arrogância politicamente obscena e truques e mais truques semânticos.
Pode ser que a minha carta ao Pai Natal não seja atendida, mas não, não nos calam...
É preciso dar a voz aos eleitores, quando a crise fere o regime no seu coração.
Aliás, nenhum português pode desistir de viver num país decente.
E de exigir uma, duas, dez, vinte, mil vezes a verdade sobre Tancos e o julgamento dos autores e co-autores de um crime contra o Estado.
Não custa nada sonhar, porque Natal pode e deve ser todos os dias.
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