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segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

ESTRELAS PERDERAM O BRILHO


Não faltam análises ao feito de Lionel Messi e da Argentina.

Nem sobram comentários à saída de Fernando Santos, apesar da preocupação em branquear Cristiano Ronaldo que deitou tudo a perder.

São rios de palavras escritas e de imagens televisivas que deixaram de fora a enorme indignação de todos aqueles que conhecem a força do futebol.

No Catar, apenas a selecção alemã foi capaz de representar um Mundo inteiro que gosta de futebol, mas não à custa do silêncio em relação à violação dos Direitos Humanos, seja qual for a latitude e longitude.

Messi, depois de vestir um traje real, bordado a ouro, ergueu a taça da Copa do Mundo, um troféu de 5 quilos de ouro.

Mas nem tudo o que reluz é ouro.

Amir Nasr-Azadani, o jogador de futebol da selecção iraniana, que ousou defender os direitos das mulheres, foi condenado à morte.

Mesmo no último dia, na final, o silêncio foi de chumbo.

As estrelas do futebol perderam o brilho.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2022

MONSTROS DO SÉCULO XXI


Será que o espancamento de uma mulher indefesa no Irão ou no Afeganistão é uma “questão cultural”?

Será que os assassínios na Ucrânia e os encarceramentos na China podem alguma vez ser considerados “questões internas”?

As imagens da repressão no Afeganistão, na China e no Irão são brutais.

Tal e qual como as fotos e os vídeos da agressão, da invasão e da guerra que Vladimir Putin continua a impor ao povo ucraniano.

Perante estas tragédias, entre outras, que nos invadem diariamente, ainda há quem encontre pretextos para evitar a condenação firme e inequívoca.

Outros que tais, ainda mais ardilosamente, até invocam a impossibilidade de exportar modelos políticos para manter um acobardamento inaceitável.

Por último, não é possível esquecer todos aqueles que, por fanatismo religioso, dependência das negociatas e ódio nacionalista ou racial, tudo desculpam aos actuais regimes facínoras.

Aliás, não admira, para estes e quejandos, que baste uma bola para disfarçar todo o tipo de violências, contra as mulheres, os imigrantes e ainda outras minorias.

De uma maneira ou de outra replicam a lógica bafienta de outros afins que, por razões opostas, no século passado, silenciaram regimes políticos de má memória.

A denúncia dos crimes já não chega, é preciso desmascarar intransigentemente a lógica infernal que tem servido para aliviar e eternizar os poderosos monstros do século XXI.