Os portugueses vivem tempos de sucessivos atropelos que vão enfraquecendo o Estado de Direito.
Secretas, Pedrogão Grande, Tancos, Angola dos Vicente’s só para recordar alguns dos mais recentes, por ordem cronológica.
É a repetição das versões contraditórias e risíveis, com destaque para os dois protagonistas em comum: António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa.
É este o nosso fado, reforçado por uma maioria absoluta do PS que é coadjuvada pelo populista ex-político/comentador/jornalista.
É o cidadão à mercê dos órgãos de soberania, depois do poder político ter assaltado o Estado para impor a sua “lei”, amigos, vontades, caprichos e negócios.
Não é por acaso que o socialista Sérgio Sousa Pinto sentiu necessidade de afirmar: «O Estado de Direito existe para proteger o cidadão do Estado».
Nesta maioria tão absoluta quanto compressora importa desmontar a tentativa de estupidificação dos portugueses – coitados, tudo isto é demasiado teórico, não percebem, só lhes interessa o dia-a-dia do pão em cima da mesa.
Neste Portugal reinventado, pela governação da mentira, do descaramento e da insensibilidade, já nem há alarme com a mais recente tentativa de condicionamento das liberdades de protesto, de expressão e de criação.
Depois de a secreta “oculta” de Sócrates, de 2 de Fevereiro de 2006, agora é o esplendor da secreta “ostensiva” de Costa.
É o padrão repetido, em que um ano de maioria absoluta bastou para confirmar os "estadistas" do Partido Socialista, pasme-se, num dos 27 da União Europeia.
A actual maioria está a capturar até os que têm marcado a diferença, engolidos pela voragem da impunidade, do seguidismo e da subserviência.
Dos “enganados” por Sócrates, provavelmente aos futuros “enganados” por Costa, eis a República dos permanentemente “enganados”, sempre sorridentes.