A globalização normalizou as ditaduras, desde a Rússia à China, transformando-as em potentados económicos e comerciais.
A esquerda no poder, com a direita das negociatas, vergou os valores aos novos mercados.
Tony Blair, Barack Obama e Angela Merkl mantêm o silêncio face à agressão e invasão da Ucrânia, enquanto António Costa lhe chama, Zmente, “acção militar”.
Desde a melhoria de vida até à inspiração do modelo democrático, tudo serviu para pactuar com os ditadores.
Segundo o Eurostat, a União Europeia registou um défice comercial com a Rússia, em 2021, de 69 mil milhões de euros, perdas que acumula desde 2008 para pagar energia e matérias-primas.
A todo o gás rumo ao desastre, as sanções à Rússia vão penalizar também as restantes economias.
A arma secreta de Putin vai além do nuclear: a reacção dos cidadãos ocidentais quando a crise apertar.
A corrupção de Estado foi sempre o trunfo dos pragmáticos, indiferentes ao financiamento do aparelho militar russo.
Os mortos da invasão da Crimeia e de Maidan (2014) não fizeram travar Putin, muito menos a avidez de comércio e especulação a qualquer preço.
Quanto ao congelamento dos activos da Rússia e dos seus oligarcas em Portugal, o presidente fica calado, o PM já está em “modo” maioria absoluta e Rui Rio ruma à Madeira.
Depois de erros e traficâncias, o Mundo ocidental voltar-se-á, novamente, para a China.
Vêm aí mais uns restos.
A III Guerra Mundial já não é uma mera ficção.
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