Há vinte e cinco anos quiseram convencer-nos que a venda de bilhetes para a Expo’98 seria suficiente para pagar o investimento.
É a espécie de “retorno” à portuguesa, só possível de engolir por cidadãos crédulos, com níveis baixos de literacia e desesperados para sobreviver.
Agora, a Jornada Mundial da Juventude faz o mesmo percurso, com a mesma opacidade, banha da cobra e coro de afins que se atropelam para apanhar as migalhas.
Para trás, no rodapé de letras pequeninas, fica o exemplo espanhol, em que o Estado não despendeu um tostão dos contribuintes.
Ah, a oportunidade para revitalizar a zona ribeirinha do Trancão, mais uma das meias mentiras para justificar o injustificável.
“Conseguimos! Portugal! Lisboa!
Só faltava mesmo, no actual abandalhamento institucional, a cúpula da Igreja desmentir formalmente Marcelo Rebelo de Sousa.
Projectos megalómanos, custos faraónicos e um país condenado a um futuro de miséria para promover o efémero.
Não há um católico, digno desse nome, capaz de aceitar tal monstruosidade que apenas serve para alimentar o ego de políticos de pacotilha e as respectivas clientelas.
Agora, sim, por um segundo, imaginem mais saúde e menos listas de espera, mais habitação e menos sem-abrigo, mais educação e menos descontentamento, etc.
Imaginem o “lucro” que seria para os portugueses.
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