O final do ano de 2025 não é de boa memória.
segunda-feira, 29 de dezembro de 2025
PORTUGAL MERECE MAIS E MELHOR
segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
MUNDO LIDERADO POR ASSASSINOS E LADRÕES
Anda há quem fique chocado com a guerra, o genocídio, a fome, o abandono dos mais idosos e das crianças, a violência doméstica, a falta de socorro e cuidados de saúde e a desigualdade gritante.
É evidente que são uma minoria, à luz do que nos rodeia.
Em plena época natalícia, a matança continua em Gaza e noutras latitudes, sustentada pela mais cruel indiferença e vil corrupção, uma porta sempre aberta para mais e mais negócios de armas.
Não é de admirar, portanto, a percepção do Mundo liderado por assassinos e ladrões, com as mãos cobertas de sangue, que tudo fazem, ou deixam fazer, por uns tostões, perdão, milhões, de um e do outro lado do Atlântico.
Em Portugal, o número dos sem-abrigo voltou a crescer.
A 31 de dezembro de 2024 havia 14.476 pessoas em situação de sem-abrigo, o que representa um aumento de 1.348 pessoas (cerca de 10%) em relação a 2023.
A evolução histórica desfaz quaisquer dúvidas: o número triplicou em menos de uma década nesta espécie de “economia de sucesso”.
Não é de admirar, portanto, a percepção de que Portugal continua a ser liderado por um governo falhado, por políticas no papel que não passam de marketing, por governantes que não têm um pingo de consciência social e humanitária.
Luís Montenegro e os seus ministros fazem de conta sobre a realidade portuguesa, tal e qual como em relação à da Palestina, enquanto compram armas a párias e a terroristas e mantêm o silêncio em relação à perseguição soez aos juízes internacionais.
Os governantes de Portugal fazem o melhor que podem e sabem, dirão
os seus apoiantes, mas não se podem admirar de serem comparados, justa ou injustamente,
aos assassinos e ladrões que lideram o Mundo.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2025
A CULPA É SEMPRE DOS OUTROS
A opinião pública israelita mantém o apoio aos militares (IDF), mesmo depois de iniciada a brutal invasão e destruição de Gaza e da contínua selvajaria na Cisjordânia.
O desejo de um acordo de paz não impede que Benjamin Netanyahu alcance 53% das opiniões favoráveis – sondagem de 12 de Dezembro de 2025 –, pois é considerado o político mais adequado para o cargo de primeiro-ministro de Israel.
O genocídio em curso dos palestinianos não altera a opinião de uma sociedade doente, fundamentalista e que abraça ferverosamente o estatuto de pária e o terrorismo de Estado.
Em Portugal, há um desinteresse relativo que se traduz pelo apoio à solução de dois Estados e pelo encolher de ombros em relação à matança generalizada de civis no que ainda resta da Palestina.
Aliás, André Ventura até justifica com entusiasmo a matança de criança, idosos e mulheres por causa da cultura palestiniana esmagar alguns direitos individuais, ou seja, quem não respeita a mulher merece um balázio ou morrer à fome e ao frio.
Mais extraordinário ainda: nem a alarvidade política do líder do Chega é capaz de fazer despertar a esquerda e a direita, retirando do bolso a questão da Palestina nos debates entre candidatos presidenciais.
Não admira a falta de escrutínio da comunicação social em relação ao financiamento dos candidatos.
O jornalismo de Estado, sempre sabujo e venerando, aproveita e consolida o pacto de silêncio em relação à carnificina que enche os jornais e as televisões de referência internacionais, chorando lagrimas de crocodilo por causa da Ucrânia.
A elite portuguesa fica chocada com o apoio dos cidadãos israelitas ao criminoso de guerra que os lidera, mas pouco ou nada diz e faz para combater a situação.
À boa moda portuguesa, a culpa é sempre dos outros.
segunda-feira, 8 de dezembro de 2025
PERIGOSO NÃO-RETORNO
A greve geral é um momento negativo.
É a confirmação do caos generalizado no SNS, bem como o descalabro noutros sectores, da Justiça à Educação, da Habitação à Segurança.
Nada mudou, muito piorou no dia-a-dia dos portugueses.
O regresso ao ambiente carregado da governação de António Costa é uma triste evidência.
O debate parlamentar e a campanha para as presidenciais de 2026 não auguram nada de diferente e melhor.
A falta de um discurso mobilizador da parte dos candidatos presidenciais da direita é abissal.
O mais grave é que nem os candidatos à esquerda conseguem inverter o discurso gasto e bolorento dos partidos políticos do sistema.
Tal como com Marcelo Rebelo de Sousa, um desastre à beira do fim, nem Belém permite vislumbrar um futuro mais auspicioso.
Num ambiente de incertezas, do genocídio dos palestinianos e de invasões em directo, só faltava mesmo comprar mísseis a um Estado pária e terrorista e participar ao lado de Israel no concurso da Eurovisão.
A arrogância indecente de propalar que os problemas estão para ficar, amanhã e depois, constituiu uma vertigem surpreendente que nem a época natalícia permite desculpar ou justificar.
Luís Montenegro entrou na fase do perigoso não-retorno, mesmo com
a promessa de Amadeu Guerra de uma prenda antes do Natal.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2025
FIRME, SONSO OU DESUMANO?
As imagens de dois palestinianos, de mãos no ar, ajoelhados, desarmados, a serem executados por militares israelitas (IDF), foram divulgadas pela esmagadora maioria das TV's de todo Mundo.
Académicos, deputados, jornalistas, políticos e senadores de reputação internacional, bem como as organizações internacionais, replicaram o filme de mais uma matança, sem medo de denunciar o desvario impune de Israel.
Com Gaza e a Cisjordânia vedados aos jornalistas, os vídeos colocados nas redes sociais, designadamente no X (Twitter), são uma ínfima amostra do genocídio em curso.
É serviço público sublinhar os 12 países que já anunciaram que prenderiam o indiciado criminoso de guerra Benjamin Netanyahu: Bélgica, Canadá, Espanha, Eslovénia, França, Irlanda, Itália, Lituânia, Noruega, Países Baixos, Reino Unido e Suíça.
Também é dever de consciência denunciar os ratos que continuam calados face à crueldade criminosa em curso.
A RTP escondeu deliberadamente as imagens das execuções em Jenin que correram Mundo.
É mais uma atitude editorial que alimenta duas alegações: o pacto de silêncio entre os Media e o poder; as notícias da estação pública serem alinhadas nos gabinetes do Executivo, certamente com conhecimento da Embaixada de Israel.
Mais uma vez, o problema não é de um qualquer algoritmo, mas da ordinária e habilidosa censura política, com a agravante de os contribuintes serem obrigados a pagá-la.
Na véspera da eleição presidencial, os portugueses continuam sem saber qual é o tipo de presidente da República que vão eleger: firme, sonso ou desumano com os crimes de guerra e de lesa-alma?
segunda-feira, 24 de novembro de 2025
A MONSTRUOSIDADE DAS SOCIEDADES
segunda-feira, 17 de novembro de 2025
EU O ACUSO, NETANYAHU
segunda-feira, 10 de novembro de 2025
DAR DEMASIADAMENTE NAS VISTAS
segunda-feira, 3 de novembro de 2025
FACÍNORAS AINDA MAIS EXPOSTOS
O alarme internacional foi dado a 2 de Novembro, quando Yifat Tomer-Yerushalmi foi dada como desaparecida.
Dois dias antes, a major-general do IDF, a primeira mulher a liderar o Corpo de Advogados Geral Militar de Israel, depois de alegadamente se demitir, deixava uma nota à família – "Amo-vos, cuidem-se".
Em causa a autorização para a divulgação de um vídeo comprovando a tortura e os abusos sexuais sobre detidos palestinianos suspeitos de envolvimento com o Hamas em Sde Teiman, instalação de detenção militar localizada no deserto do Negev, em Israel.
As reacções da ONU, que classificou estes actos como "tortura generalizada e sistémica", incluindo violência sexual, e de outras organizações internacionais, como a B'Tselem, assaltaram as redes sociais e os Media nacionais e internacionais.
O caso foi tão sério que os Estados cúmplices do genocídio em Gaza mantiveram um rigoroso silêncio, que se arrasta pesadamente desde a revelação das imagens transmitidas pelo Canal 12 de Israel, a 7 Agosto de 2024.
As reacções de Benjamin Netanyahu, e demais membros do governo de Israel, estiveram à altura dos mais reles facínoras ainda mais expostos, condenando a fuga de informação, mas nunca os crimes em si.
E faltava o hino à farsa do sistema judicial militar israelita: os cinco soldados israelitas acusados de abuso agravado surgiram em conferência de imprensa, a 2 de Novembro, com máscaras para ocultar as suas identidades, dificultando a investigação de crimes de guerra do TPI.
Yifat Tomer-Yerushalmi é mais um exemplo da importância da cidadania, a única acção que actualmente pode travar os assassinos impunes que lideram Israel.
Resta esperar que a militar
israelita, com um curriculum ímpar, não acabe assassinada numa cela de prisão,
ou tenha o mesmo fim de Eliran Mizrachi, o soldado israelita que se suicidou
para não ter de regressar a Gaza.
Ou ainda que tenha de percorrer o mesmo calvário de Edward Snowden e Julian Assange, entre outros, que não se conformam com o terrorismo de Estado.
segunda-feira, 27 de outubro de 2025
RETROCESSO CIVILIZACIONAL GALOPANTE
Num momento de incerteza, interna e externa, o crescente autoritarismo já é uma das marcas do século XXI.
Os sucessivos avanços e recuos na paz, temperados por mais e mais bombardeamentos, por mais e mais bastonada nos cidadãos, fazem parte da realidade vivida em vários sítios, naqueles que estão em guerra e até naqueles que vivem numa aparente normalidade.
Da Palestina à Ucrânia, do Reino Unido à Alemanha e aos Estados Unidos da América, a força dos exércitos, polícias e secretas ganham terreno no mais impune e infame desrespeito pelas leis nacional e internacional.
A época da legalidade assim-assim também assalta Portugal.
Desde a investigação da Spinumviva, que envolve Luís Montenegro, ao concurso dos jogos de fortuna e azar, incluindo os casinos, o ambiente de suspeição paira no dia-a-dia dos cidadãos, ora atónitos, ora alheados.
Até o habitual drama da votação do Orçamento de Estado está reduzido a proclamações musculadas, a que se seguem entendimentos à la carte nas costas do povo, tudo para garantir um desfecho anunciado.
É como se o Estado enfiasse a burca, quando passou a proibir os cidadãos de a usar.
É o absurdo de falar em cessar-fogo, quando as armas continuam a matar.
É a implosão do Estado de direito, quando a segurança é negada numa qualquer esquina, por abandono ou violência.
Um quarto deste século já é suficiente para o alerta: adormecer sobre a conquista de direitos adquiridos é actualmente um perigo tão real quanto as balas, os drones, os mísseis, a repressão brutal e a guerra.
A paz construída na violação de compromissos é tão explosiva quanto o arrasar dos mais elementares direitos individuais, ambos são marcos do retrocesso civilizacional galopante.
segunda-feira, 20 de outubro de 2025
MÁQUINA DE GUERRA IMPARÁVEL
segunda-feira, 13 de outubro de 2025
ARMADILHA FATAL
Quando assassinos, ditadores e cúmplices são aclamados por fazerem a paz, então é caso para perguntar: o Mundo enlouqueceu?
A paz no Médio Oriente assenta no maior genocídio do século XXI, em Gaza, liderado e protagonizado pelos senhores da guerra que fizeram, alimentaram e prolongaram a matança de dezenas de milhares de civis inocentes (crianças, idosos e mulheres)
É quase roçar o insulto ter de assistir a Benjamin Netanyahu, indiciado como criminoso de guerra, a partilhar os louros de uma trégua imposta com Donald Trump, que ainda se arvora merecedor de reconhecimento.
A realidade nos territórios ocupados (Cisjordânia) é de uma monstruosidade tal que a esperança só pode ser também a última a morrer.
A ignomínia é tal que os algozes insistem em Tony Blair, um dos carniceiros do Iraque, para liderar o destino dos palestinianos, uma opção só com paralelo numa putativa preferência de Dmitry Medvedev para proteger o futuro dos ucranianos.
Quando os eleitores reconduzem e premeiam governantes e autarcas que fogem às suas responsabilidades, então também é caso para perguntar: os portugueses ensandeceram?
A vitória do PSD é assinalável, num momento em que Luís Montenegro prolonga um braço-de-ferro com a Justiça e continua a falhar clamorosamente todas as promessas eleitorais.
A vitória de Carlos Moedas, em Lisboa, ainda que à tangente, novamente, depois do que se passou em relação ao elevador da Glória, ainda é mais inaudita.
Enquanto o colectivo continuar a sucumbir a um pragmatismo que os condena a mais e mais guerras, a mais e mais fome, então as dúvidas sobre o futuro serão ainda maiores e mais perigosas.
Os cidadãos e eleitores não estão condenados a cair nesta armadilha fatal, política, religiosa e mediática, têm que ser os motores de alternativas.
As armas, a força, o arbítrio e a injustiça falharam sempre.
segunda-feira, 6 de outubro de 2025
PASSO PARA O SUICÍDIO POLÍTICO
O regresso ao colonialismo esmagador e à repressão brutal dos direitos de autodeterminação teve resposta à altura.
Os 2,5 a 3 milhões de cidadãos que se manifestaram contra o genocídio e o rapto dos activistas da frota da Liberdade, de 1 a 5 de Outubro, demonstraram inequivocamente a falência da presnte política dos governos ocidentais.
É a resposta avassaladora aos cúmplices, às democracias dos Estados Unidos da América, Alemanha, Inglaterra, entre outros, e às ditaduras dos Estados árabes e muçulmanos.
Os bombardeamentos, a matança à fome e as deslocações forçadas, perpetradas na Palestina por Israel, a única democracia do Médio Oriente, são um retrocesso civilizacional inaceitável para as sociedades actuais.
Em Portugal, a recepção entusiástica a Diogo Chaves, Miguel Duarte, Mariana Mortágua e Sofia Aparício é reveladora do sentimento dos portugueses, exceptuando reacções minoritárias e radicais de alguns governantes e políticos.
Os líderes do PS e PSD estão amarrados a compromissos inconfessáveis, não lhes permitindo compreender que os valores do humanismo importam mais no século XXI do que qualquer ideologia partidária.
A Iniciativa Liberal deixou cair a máscara, incapaz de fazer a diferença com os partidos arcaicos de esquerda e de direita, aliás respaldados pelo trágico silêncio oficial da Igreja portuguesa.
É a cidadania, liderada pelos jovens, contra as barbáries, seja qual for a latitude, são as escolhas universais que deverão ser traduzidas nas urnas, pelo que desvalorizá-las é o primeiro passo para o suicídio político.
segunda-feira, 29 de setembro de 2025
QUANDO AS ARMAS NÃO INTIMIDAM
A “Frota da Liberdade” está a chegar, já está a menos de 300 milhas das águas palestinianas.
Mais de 50 barcos, com cerca de 250 a 300 toneladas de ajuda humanitária (alimentos, remédios, próteses infantis e kits de dessalinização de água), constituem o maior desafio à cumplicidade e silêncio da comunidade internacional face ao genocídio em Gaza.
São 532 (activistas, parlamentares, médicos, jornalistas e outros voluntários de mais de 44 países de 6 continentes), a bordo das embarcações.
A menos de 1 a 2 dias de quebrar o bloqueio a Gaza, que dura há mais de 18 anos, a ONU e os especialistas em direitos humanos exigem passagem segura, com base no direito internacional e nas decisões da Corte Internacional de Justiça.
Os criminosos que ameaçam a civilização sabem que o planeta está a seguir em direto (globalsumudflotilla.org) às últimas horas antes dos barcos desarmados chegarem a Gaza.
A ajuda humanitária é uma inequívoca prioridade, quando a cidadania fala mais alto, quando as armas não intimidam.
Chegou a hora da verdade para Donald Trump, Benjamin Netanhyau e demais facínoras que têm de ser responsabilizados no sítio certo: nas urnas dos votos e nos tribunais internacionais.
segunda-feira, 22 de setembro de 2025
PALESTINA: DECISÃO HISTÓRICA
segunda-feira, 15 de setembro de 2025
CICLO DE VIOLÊNCIA INFERNAL
segunda-feira, 8 de setembro de 2025
DA GLÓRIA AO PÂNTANO
Acidente no Elevador da Glória, a 3 de Setembro de 2025: 16 mortos e mais de 20 feridos;
Incêndios de Pedrógão Grande, em Junho de 2017: 66 mortos e mais de 250 feridos;
Queda da Ponte de Entre-os-Rios, a 4 de Março de 2001: 59 mortos;
Acidente aéreo em Santa Maria, Açores, a 8 de Fevereiro de 1989: 144 mortos;
Colisão ferroviária de Alcafache, a 11 de Setembro de 1985: 120 mortos
Acidente aéreo no Funchal, Madeira, a 19 de Novembro de 1977: 131 mortos
Cheias de Lisboa e Loures, a 25 e 26 de Novembro de 1967: oficialmente mais de 500 mortos.
O que têm em comum as 7 maiores tragédias de Portugal?
A tentativa sistemática de confusão entre a responsabilidade política, técnica e criminal.
A repetição assusta, as consequências da impunidade ainda mais.
A responsabilidade política não implica culpa objectiva, pelo que a demissão é uma atitude de consciência que honra a melhor tradição republicana.
Por sua vez, a responsabilidade técnica não só implica a demissão como consequências criminais.
A responsabilidade criminal é a última das conclusões, com um tempo diferente.
Depois do acidente do elevador da Glória nem uma demissão.
Nem mesmo a nota informativa, “muito rica”, foi capaz de confirmar um dado tão elementar quanto crucial: quantos passageiros estavam a bordo no funicular acidentado?
A desgraça de Lisboa faz lembrar outra tragédia, mesmo em frente do Taj Mahal, em Mumbai, na Índia, em 2024, envolvendo um barco turístico com excesso de passageiros.
Cinquenta anos depois de Abril ainda há uma escória que tenta confundir os cidadãos, usando a evidência dos princípios democráticos à medida das cores partidárias e dos interesses e objectivos pessoais.
O presidente da Câmara de Lisboa devia ter seguido o exemplo de Jorge Coelho.
Independentemente da qualidade do governante e político, o socialista soube estar à altura da tragédia de Entre-Os-Rios, demitindo-se do governo liderado por António Guterres.
Não o tendo feito, Carlos Moedas desiludiu, hipotecando a credibilidade, a confiança e o futuro.
O regime democrático continua no pântano.
segunda-feira, 1 de setembro de 2025
PALAVRAS PRESIDENCIAIS OCAS
segunda-feira, 25 de agosto de 2025
MARCELO IGUAL A SI PRÓPRIO
Mais de nove anos depois da primeira eleição, a 24 Janeiro de 2016, Marcelo Rebelo de Sousa mantém o padrão: a dissimulação política.
Tem valido tudo pela popularidade, mas mais de 40% dos portugueses continuam a dar-lhe nota negativa.
Tem sido assim nas mais diferentes áreas, designadamente em relação aos incêndios.
Ninguém esquece a dramática promessa, em Pedrógão, de não se recandidatar, em 2021, se o Estado voltasse a falhar na defesa das vidas humanas e houvesse nova tragédia.
Na actual conjuntura de tragédia a receita é mesma: uns palpites, muita emoção, uns velórios, uns funerais e a vida continua.
Como se não bastasse tanta vacuidade institucional e política, Marcelo Rebelo de Sousa ainda se permite dar conselhos de lisura a Volodymyr Zelensky, denunciando "pretensos medianeiros" da paz em mensagem enviada no Dia Nacional da Ucrânia.
Ao mesmo tempo que continua politicamente mute as a fish (calado como um rato) sobre Gaza, o genocídio dos palestinianos, uma matança de civis em que não escapam crianças, idosos e mulheres.
Os exemplos multiplicam-se em relação a outros desastres em curso: escola, habitação, justiça, segurança, SNS, etc.
À beira do fim do segundo mandato, Marcelo Rebelo de Sousa, antes e depois de Belém, manteve a mesma atitude, as precipitações costumeiras, os caprichos habituais e a permanente confusão que acompanhou a sua vida política.
A factura está à vista, mas ainda está por contabilizar os prejuízos para o país e para os cidadãos.
segunda-feira, 18 de agosto de 2025
MESMO À FRENTE DOS NOSSOS OLHOS
segunda-feira, 11 de agosto de 2025
HUMANISMO É A NOVA COMMODITY DO SÉCULO XXI
Os esgotamentos do colectivismo, do mercado e do modelo das democracias estão a fazer ruir um Mundo imperfeito que ainda se orgulhava de um denominador comum de valores universais.
Cidadãos fogem das ditaduras para serem capturados por sociedades em que se ganha dinheiro com a morte, a doença, a exclusão, as armas e todo o tipo de tráficos.
Actualmente, o governo eleito de Israel, contra a vontade de cerca de 70% dos israelitas, pode continuar a levar a cabo impunemente o genocídio em Gaza.
Um ditador sanguinário pode invadir a Ucrânia, tendo como garantido que nada lhe pode acontecer, porque é uma potência nuclear.
No Sudão, em Darfur, a ganância divide uma sociedade em que uns e outros se matam, perante a comunidade internacional alheada.
O humanismo é a nova commodity do século XXI que se compra e vende à medida da alta corrupção, de interesses instalados e de falsas razões de Estado.
É a conjuntura mais alarmante de sempre, com a guerra também instalada noutros lugares vítimas da selvajaria humana, em que os direitos humanos passaram a ser fantasia ou mera retórica.
Na Palestina não caem anjos do céu, apenas bombas ou comida que chega a matar crianças esfaimadas.
A derradeira esperança de uma voz que alerte para o opróbrio desaparece à medida que os jornalistas e os socorristas continuam a tombar.
segunda-feira, 4 de agosto de 2025
ENTRE CANALHAS ASSUMIDOS E FALSOS CORDEIROS
segunda-feira, 28 de julho de 2025
A BARBÁRIE COMEÇOU ASSIM
segunda-feira, 21 de julho de 2025
FALTAM NOVAS LUZES
Não há nada mais politicamente abjecto do que sacrificar seres humanos para atingir objectivos inconfessáveis.
segunda-feira, 14 de julho de 2025
SORRIR, SORRIR, SORRIR
segunda-feira, 7 de julho de 2025
BBC: IMPRENSA DE REFERÊNCIA OUT
segunda-feira, 30 de junho de 2025
ESPERANÇA NO NOVO PRESIDENTE
segunda-feira, 23 de junho de 2025
A ESPECTACULAR CORRIDA À FARINHA E AO URÂNIO
Mesmo num Mundo de criminosos de colarinho e punhos brancos, as realidades da Palestina e do Irão são assombrosas.
Em Gaza, milhares de palestinianos esfomeados correm desesperadamente por um saco de farinha, sendo chacinados pelo exército israelita ou pelos mercenários contratados.
No Irão, o ataque de Donald Trump atinge instalações nucleares iranianas, cujo urânio enriquecido foi atempadamente deslocado para outro lugar.
Estoira Cristal no Kremlin: se Israel e USA podem atacar Gaza e Teerão (para não falar de Bagdade, Beirute, Bósnia, Cartum, Damasco, Kosovo, Mogadíscio, Saná, Servia, Tripoli, etc.), por que razão a Rússia de Putin não pode invadir a Ucrânia e vizinhos?
Pelas mesmas razões, Xi Jinping ganhou a força do universo de todas as cores do bem-fadado fogo-de-artifício chinês para invadir Taiwan quando melhor entender e lhe aprouver.
No meio desta balbúrdia de novos facínoras, que exibem o poderio militar em vez de dinheiro vivo, pouca resta da União Europeia afundada na geometria variável da alta corrupção, na irrelevância geoestratégica e na referência civilizacional perdida.
C’est la vie: as migalhas serão espalhadas por uns quantos, desde logo pelos que agora são chamados a reconstruir o programa nuclear que antes ajudaram a construir no Irão.
Entretanto, em Portugal, os órgãos de soberania calados como ratos, tal e qual como o líder da oposição, André Ventura, quando deviam dar explicações aos portugueses abismados com tanta farsa e impunidade internacionais.
No regime democrático, tal como com Salazar, as Lajes (1941) continuam ao serviço da ignomínia norte-americana e inglesa, a troco da passadeira vermelha para umas vassalagens na Sala Oval, no 10 de Downing Street e para uns restos que mais nenhum país quer.
Para trás, muito lá para trás da omissão hedionda, os palestinianos estão condenados a continuar a correr atrás de um saco de farinha, porque a desinformação de Estado não tem contraponto e a humanidade está a esvair-se no primeiro quarto do século XXI.
segunda-feira, 16 de junho de 2025
MÉDIO ORIENTE: NUCLEAR E PAZ
A proliferação de armas nucleares, nas últimas seis décadas, tem evitado guerras mundiais.
Por mais paradoxal, a destruição total mútua tem sido um dissuasor eficaz, aliás confirmado com o arrastamento da invasão russa da Ucrânia.
Os conflitos adormecidos das duas Coreias e da Índia com o Paquistão, os quatro com capacidade nuclear, também são exemplos flagrantes de que o equilíbrio do terror tem garantido a paz regional e global.
A guerra no Médio Oriente é a mais recente e terrível confirmação, tendo em conta as aspirações hegemónicas e expansionistas de Irão e Israel.
A supremacia militar israelita só tem resultado em mais morte, no genocídio dos palestinianos, apesar de ser a única democracia da região, e agora na grotesca aventura do ataque ao Irão.
Mais tarde ou mais cedo, com mais ou menos ataques e bombardeamentos, com mais ou menos dólares, com mais ou menos vítimas civis, os iranianos terão as suas bombas nucleares.
A inevitável corrida nuclear na região, desde logo da parte da Arábia Saudita, será assim inevitável e incontornável.
Apesar de todos os riscos, só a capacidade nuclear de vários países no Médio Oriente é capaz de garantir a paz numa das zonas do Mundo mais martirizadas pelas armas.
A conclusão está
em linha com os actuais tempos monstruosos, em que governantes eleitos, como Benjamin
Netanyahu, se confundem com os ditadores, como Ali Khamenei.
segunda-feira, 9 de junho de 2025
NOVO GOVERNO, COM NOVO CAMPEÃO
A tomada de posse do XXV governo constitucional coincidiu com mais uma grande vitória do futebol português, com destaque para o extraordinário jovem Nuno Mendes.
A conquista da Liga das Nações é
um motivo de orgulho nacional, mas também é uma responsabilidade acrescida para
a governação e a oposição, pois está dado o exemplo que alguns portugueses são
capazes ao mais alto nível.
Fora o folclore e a histeria de
Marcelo Rebelo de Sousa fica outra certeza: Luís Montenegro arranca sem qualquer
desculpa para falhar, nem Amadeu Guerra estragou a festa.
Duas novidades de monta: Ana Paula
Martins e Gonçalo Matias.
A recondução da ministra da Saúde
evitou um escândalo nacional, com um critério para o primeiro-ministro e outro
para a ministra da Saúde, sendo que assim pelo menos se manteve alguma
coerência.
A escolha de Gonçalo Matias, para
a pasta da Reforma da Administração, é uma lufada de ar fresco, que tanto pode
condenar politicamente Luís Montenegro como garantir-lhe a estabilidade que
prometeu.
Se os portugueses já estão
habituados a promessas falhadas, o governo tem de se conformar com a
interpretação dos resultados eleitorais: rédea curta.
Do lado da oposição, André
Ventura deu mais um passo gigante para poder continuar a sonhar com São Bento,
mas é preciso mais do que berrar pelo combate à corrupção, ou seja, é preciso
dar autonomia financeira aos magistrados.
O caos no SNS, a lentidão na
Justiça, a insegurança associada à imigração, a escola aos trambolhões, os
ventos do défice, os perigos do crescimento anémico e os fumos de corrupção não
desapareceram com uma vitória na bola, nem com um novo governo empossado.
segunda-feira, 2 de junho de 2025
ESTABILIDADE À MARCELO
É o padrão dos dois mandatos de Marcelo Rebelo de Sousa: a estabilidade à martelada conta mais do que a credibilidade do regime democrático.
Foi assim em todos os casos que sobressaltaram Belém, desde Angola às gémeas, em que subsistiram as dúvidas que contribuíram para o apodrecimento da vida política.
Esgotados os afectos e os mergulhos de Verão, a realidade está à vista, com as críticas dos mais diferentes sectores, da esquerda à direita, a flagelaram politicamente quem devia estar acima de qualquer questiúncula partidária e política.
Não é por repetir até à exaustão a estabilidade, apesar da declaração de Amadeu Guerra sobre o caso Spinumviva, que os cidadãos podem ficar descansados, porque o caldo instalado é o mesmo que levou às sucessivas crises e dissoluções do Parlamento.
O PS não perdeu a oportunidade, apesar de politicamente moribundo, para denunciar a inconsistência presidencial.
António José Seguro, candidato presidencial, clamou pela responsabilidade política dos escandalosos casos no SNS e pela surrealista prescrição da multa que a Autoridade da Transparência aplicou aos Bancos.
José Luís Carneiro foi mais longe, alertando para o potencial absurdo de Ana Paula Martins poder ser corrida da governação por causa da crise do INEM, enquanto Luís Montenegro assume a liderança do XXV governo antes do resultado da averiguação preventiva à Spinumviva.
Aliás, ainda no mesmo sentido, as palavras de Gouveia e Melo e de Rui Rio são tão arrasadoras para o inquilino de Belém que chegam a rasar o agravo institucional e político.
As sucessivas apresentações de candidaturas, a mais de 8 meses da eleição presidencial, são a prova de que já não há paciência para a vacuidade, a cambalhota, o exibicionismo e o pretensiosismo.
O papel do Presidente da República não é governar, mas sim com a credibilidade da palavra e magistratura de influência travar esta deriva institucional, partidária e política, tão bem espelhada na politicamente miserável política externa.
Marcelo Rebelo de Sousa nunca o percebeu, nem pode em boa verdade, porque os truques políticos foram sempre as suas armas, uma prática que não o levou a São Bento, mas que lhe permitiu a passagem de má memória pelo Palácio de Belém.
segunda-feira, 26 de maio de 2025
JUSTIÇA SOB PRESSÃO MÁXIMA
Amadeu Guerra, com serenidade, manteve a determinação do Ministério Público em avançar com as averiguações preventivas à Spinumviva (Luís Montenegro) e à compra da casa de Pedro Nuno Santos.
Uma semana depois das eleições, o país ficou a saber que os pedidos de informação da Procuradoria-geral da República ao primeiro-ministro e ao então líder da oposição ainda não haviam sido respondidos.
Ao mesmo tempo que decorrem estas diligências judiciais, Marcelo Rebelo de Sousa continua a afiançar a estabilidade governativa.
A Justiça sob pressão máxima volta a ser aparentemente a fórmula encontrada para resolver o imbróglio que continua a ameaçar a credibilidade do regime democrático.
A situação não é nova, apesar da extrema gravidade institucional, basta recordar o que aconteceu com o caso do Hospital Santa Maria (gémeas), mas indicia mais: a tentativa de consolidação do abandalhamento político.
Tal como ocorreu na Madeira, com Miguel Albuquerque, que ganhou eleições na condição de arguido por corrupção, Luís Montenegro tem assim via verde presidencial para se manter em funções se for aberto um inquérito criminal no caso da Spinumviva.
Aliás, não é por acaso que nem Luís Montenegro, nem André Ventura, nem Rui Rocha, nem Nuno Melo, apesar de uma maioria de 2/3 no Parlamento, nenhum faz qualquer menção à necessidade de garantir os meios da Justiça, designadamente a imperiosa autonomia financeira.
A manutenção do sistema judicial agrilhoado, apesar de mais uma profissão de fé do PGR, é apenas a reconfirmação da deriva na vida institucional, partidária e política.
O resultado está à vista: são cada vez mais as vozes a qualificar Marcelo Rebelo de Sousa como o pior dos inquilinos que passaram por Belém.
segunda-feira, 19 de maio de 2025
MONTENEGRO E AS ALGEMAS
Se é verdade que Luís Montenegro reforçou a sua legitimidade é igualmente inequívoco que não pode governar continuando a ignorar o Chega.
Há uma grande maioria à direita.
PSD, Chega, Iniciativa Liberal e CDS/PP têm mais de 2/3 no Parlamento, permitindo reformas de fundo e até expurgar da Constituição da República a letra morta de direitos olímpica e sistematicamente ignorados.
Os derrotados da noite, desde logo Pedro Nuno Santos, são vítimas de si próprios.
Ficou claro que os papões e o medo já não pegam, por mais que se berre que o fascismo vai regressar, tal e qual como brandir a bandeira do liberalismo ainda não é entendido com alternativa.
Os socialistas têm de recomeçar, desde logo aceitar que os desastrosos 8 anos de António Costa ainda estão bem vivos na memória dos portugueses.
Mais: os eleitores premiaram a expedita acção do governo em repor a paz social, em arrepiar caminho em relação à fraude ideológica da esquerda que descontrolou a imigração.
É hora de todos líderes partidários perceberem o que Marcelo Rebelo de Sousa nunca enxergou: as linhas vermelhas num regime democrático são a tolerância com a corrupção e o nepotismo, o esmagamento dos direitos individuais, os truques e as vaidades pessoais.
A cristalina opção do povo português não dirimiu o maior erro de sempre do regime: a classe política deixou para a Justiça aquilo que poderia ter resolvido com cultura democrática.
O problema a montante continua de pé, pois Luís Montenegro ainda tem à perna diligências a correr na Justiça, sem falar da inevitável Comissão Parlamentar de Inquérito aos seus negócios pessoais com a Spinumviva.
A jusante, o desafio é também exigente: já não é possível aguentar mais mentiras na Saúde, o desastre na Habitação, a Educação aos trambolhões, a Justiça para ricos e pobres e a Segurança cada vez mais confinada aos condomínios fechados.
Recusar a evidência eleitoral apenas servirá para acelerar o desastre e mais instabilidade artificial.
Luís Montenegro para governar tem de quebrar as algemas que colocou em si próprio, por mera birra e tacticismo partidário, de forma a garantir as mudanças exigíveis numa legislatura de quatro anos.
segunda-feira, 12 de maio de 2025
MEDO ATÉ AO DIA DO VOTO
A recta final da campanha eleitoral está a servir para um esclarecimento adicional aos cidadãos.
Quando se esperavam propostas e soluções, mais verdade sobre a falência de um modelo económico assente nos fundos comunitários, eis que o medo voltou a dominar o discurso dos dois maiores partidos do arco do poder.
Do estafado regresso ao fascismo, que felizmente nunca mais chega, até à instabilidade que não é futura porque foi passada e ainda é presente, tem valido tudo para tentar condicionar pela negativa o voto.
Que não haja ilusões: o jogo do PS e do PSD é semear a confusão para manter e partilhar o poder a qualquer custo.
Mais grave: instigar a dúvida é a forma para fazer hesitar quem já não aguenta o discurso politicamente mentiroso que continua a condenar Portugal a mais e mais décadas de miséria.
Os Media falidos e cada vez mais desacreditados fazem o resto, sem vergonha editorial, com a mesma subserviência de quem anda de mão esticada há demasiado tempo.
O problema é que a realidade está à vista.
Os jovens sentem, os mais idosos sabem, quem trabalha teme o que existe e está para vir, com mais ou menos Fátima e mais ou menos gosto.
Não há como esconder a indecência na saúde, a habitação só para os mais favorecidos, a selvajaria na imigração para encher os bolsos das mafias, a escola aos trambolhões e a crescente insegurança urbana.
Não há como pintar de cores vivas e alegres o dia-a-dia dos portugueses.
Os indecisos e os abstencionistas vão decidir o futuro de Portugal, só falta saber se pela positiva ou pela negativa, se pela mudança ou pela resignação, se pela paz ou pela extraordinária cumplicidade com a falta de humanidade.
Ou ganham os papões ou vence a alternativa.
Ninguém se pode queixar de ter sido levado ao engano, porque só não enxerga quem não quer, quem continua satisfeito com mais do mesmo.

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