Enquanto os portugueses descobrem e sentem, a ritmo acelerado, o falhanço da governação de António Costa, as notícias vindas da União Europeia e da China fazem despertar os maiores receios.
Se por cá, a banha da cobra já não pega, a nível externo começam a disparar todos os alarmes, a propósito da deslocação de Ursula von der Leyen e Emmanuel Macrom à China.
Só faltava que a União Europeia, mergulhada numa crescente contestação social, caísse nos braços de Xi Jinping.
É necessário recordar o Tibete, Tiananmen, as prisões secretas, a perseguição ao que resta dos 9 milhões de uigures e outros muçulmanos, Hong Kong e o apoio concedido a Vladimir Putin?
Continuar a olhar para a China como um parceiro internacional credível representa uma perigosa repetição dos erros cometidos em relação à Rússia.
É mais um trágico passo para reforçar o imperialismo e os apetites ditatoriais chineses em relação a Taiwan.
Olhando para o retrovisor, é verdade que Portugal ajoelhou por umas migalhas, que Marcelo Rebelo de
Sousa até se babou ao lado do presidente chinês, mas ainda não pedimos a ajuda
chinesa para resolver o problema da habitação.
Não é aceitável que os maiores países da Europa se vendam por mais uns tostões.
O povo ucraniano, que continua a ser assassinado e massacrado pelos russos, não pode estar à mercê de qualquer eventual negociata e da corrupção de Estado para lavar a face do ditador chinês.