A época de todos os perigos já começou.
Os portugueses vão enfrentar, novamente, como se fosse uma inevitável fatalidade, os três meses da época balnear com o coração nas mãos.
Dos fogos aos cuidados hospitalares, sem esquecer a segurança, as escolas e os tribunais, o actual caos só pode conhecer desenvolvimentos ainda mais dantescos.
Os riscos de mais milhares de hectares devastados, de mais mortes desnecessárias, nas serras e à porta das urgências, são tão elevados quanto o previsível aumento das temperaturas.
De igual modo, o braço-de-ferro entre as polícias e o governo de António Costa, num país com a imigração descontrolada, prometem o nunca visto, com a agravante da realização das Jornadas Mundiais da Juventude.
Como se não bastasse, o pandemónio nas escolas e os tradicionais atrasos da justiça, que agora estão a atingir foros de escândalo, prometem um Setembro avassalador.
Todo este cenário aterrador não parece preocupar a elite, apenas interessada em garantir a sua parte da “chicha” do PRR, quanto mais cedo melhor.
Por isso mesmo, pouco lhes importa os “casos e casinhos”, enquanto não lhes bater à porta, por mais que coloquem em risco o Estado de Direito.
Apesar de o cenário ser negro, tal também não parece incomodar os órgãos de soberania, tais são as suas declarações descontraídas, sempre sorridentes, com tempo para joguinhos teatrais, com que brindam os portugueses.
Em síntese: o poder continua confortável com agonia das famílias, com o crescimento dos sem-abrigo e da pobreza, com o definhar das PME’s, escondendo-se atrás de um qualquer marketeiro, com vocação de mercenário, sempre capaz de inventar uma qualquer “missão” para desviar as atenções.