segunda-feira, 28 de dezembro de 2020
2021: VACINAS E PANDEMIAS
segunda-feira, 21 de dezembro de 2020
SAÚDE, SEGURANÇA E RESERVAS
segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
MARCELO: ARTISTA SEM PLANO B
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
MARCELO COM AS MÃOS CHEIAS DE NADA
Após meses e meses de farsa política, ora insinuando indisponibilidade, ora deixando transparecer vontade, Marcelo Rebelo de Sousa anuncia a recandidatura a Belém.
O palco está montado para tentar garantir mais cinco anos de uma presidência inconsequente que lá vai mantendo os privilégios e garantindo umas manchetes e umas chapas.
Tudo na paz do regime de ficção.
E de uma Esquerda incapaz de fazer a união em volta de uma alternativa.
Entretanto, o povo lá vai sendo encaminhado para cair na esparrela de acreditar que toda a bonomia presidencial é apenas o resultado de um exercício de generosidade espontânea.
Num país pobre e endividado, o estilo continua a vergar a substância, a publicidade enganosa fala mais alto do que os factos.
É, porventura, mais uma vez, Marcelo na hora e no local certos.
A informalidade e o jeito nato para o circo político, apesar de alguns tropeções, levam Marcelo até ao zénite da vacuidade, agradando aos gregos e aos troianos apenas interessados em manter o status quo bafiento.
Se pouco ou nada mudou, o que resta de um mandato presidencial que tanto prometia?
A resposta a esta questão maior não poderá fica na gaveta do desfile de elogios, mesmo que faltem tempo e espaço para o rigor e a seriedade depois de mais um arraial de música pimba, mais um Big Brother ou mais um casamento com um qualquer figurante.
Nem pode abafar Tancos, a grande nódoa que ainda está por explicar.
Ainda esta semana, pela voz da OCDE, ficámos a saber que os impostos em 2019 atingiram um máximo nunca vez visto em Portugal, depois de termos passado horas e horas, páginas e páginas de notícias sem uma resposta clara e inequívoca.
Onde estava Marcelo?
A meio caminho de resposta nenhuma.
A recandidatura já falava mais alto pelo que nada poderia colocar em causa o apoio "informal" do PS.
E não faltam outros exemplos desta constante omissão presidencial, muitas vezes em versão de propaganda para tocar o coração dos portugueses.
O que dizer então do plano de erradicação dos sem-abrigo?
Depois de recebido entusiasticamente pela generalidade da comunicação social também ficámos a saber, agora, mais uma vez pela OCDE, que a montanha pariu um rato.
Do desígnio presidencial ficam apenas as imagens lancinantes, as boas intenções e o calculismo sem limites.
A informação cada vez mais alheada do princípio da descoberta da verdade lá vai avivando a cor do folclore para supostamente aumentar as tiragens e as audiências.
E, no final do mandato, resta Marcelo com as mãos cheias de nada, a que se seguirá com toda a certeza mais uns efeitos especiais.
Mas a realidade do país continua a ser a realidade que está aí à vista de quem quer ver.
Com Marcelo na presidência, os problemas do país e o sofrimento dos portugueses continuaram a ficar à porta do palácio.
Viva a Champions!
Viva o Banco Alimentar!
Viva Portugal!
segunda-feira, 30 de novembro de 2020
NÃO SEJAS PATO
Basta andar na rua para perceber que o tempo da ebulição está perigosamente cada vez mais perto.
É caso para dizer: Não sejas pato do "espírito de equipa" de Marcelo e Costa nesta pandemia.
segunda-feira, 23 de novembro de 2020
PORTUGAL ESTÁ A LEVANTAR FERVURA
A última reunião de especialistas no Infarmed revelou que os dados dos especialistas não coincidem com o discurso político que tem justificado a imposição de mais e mais medidas restritivas.
Já vimos de tudo, desde um estudo de Henrique Barros que sustenta conclusões no «parece que», para desvalorizar os transportes públicos apinhados, até às medidas anunciadas com base na capa de um jornal.
Obviamente, pelo que se tem passado nos últimos cinco anos, o presidente não é capaz de o fazer, porque tem como objectivo a reeleição em 24 de Janeiro de 2021.
A "garantia" presidencial de uma vacina da gripe para todos é talvez o momento triste que faltava para confirmar o folclore e a falta de credibilidade da palavra a partir de Belém.
Em Democracia existem outras instituições de controlo, mas nenhuma delas sai da sua zona de conforto, deixando pasto ilimitado para quem está focado em manter o poder ou em conquistá-lo.
Bem pode Rui Rio dizer que está mais perto de ser primeiro-ministro, mas a forma como tem feito oposição não augura nada de muito diferente para o futuro.
É certo que para um manhoso político manhoso e meio, e talvez até lá chegue.
Mas as baterias viradas para a festa do Avante e para o congresso do PCP não fazem esquecer que uma quota parte do falhanço na gestão da pandemia também lhe cabe pela reiterada omissão.
O que se espera do líder do maior partido da oposição é exigir ao presidente que cumpra e faça cumprir a Constituição, o escrutínio do governo e alternativas credíveis.
Basta de despotismo e incúria.
E é disso que se trata, quando os portugueses morrem às mãos de uma gestão da pandemia a roçar o criminoso, apesar do silêncio pesado da Justiça.
segunda-feira, 16 de novembro de 2020
MINORIAS E MAIORIAS PERIGOSAS
Enquanto passa devagar o tempo da pandemia, entre o falhanço dos sistemas de saúde e o horizonte radioso de uma vacina milagrosa, disparam o número de infectados e de mortos e aumentam as vítimas de economias e sociedades arrasadas.
Entretanto, os tempos de fanatismo, de ódio e censura saltaram das ruas para as elites que continuam a chafurdar num paradigma – na governação e na oposição – assente no marketing político falido.
Esta "plasticidade" remete para o falhado modelo do "novo trabalhismo" de Tony Blair que ruiu em todo o esplendor com a gigantesca farsa do Iraque.
E, mesmo assim, continua a servir, 13 anos passados, de cartilha inspiradora para todo o tipo de abusos do poder por esse Mundo fora.
A gestão de carreiras políticas, a navegação à vista e a estratégia de comunicação assente em focus groups fazem parte de um padrão comum, de uma espécie de "internacional" triunfante que federa esquerdas e direitas.
Não admira que por cá se invoque o que se passa em toda a Europa para justificar os desastres internos.
E os protestos grassam por todo o lado, e só ainda agora começaram.
As minorias extremistas recrudescem e as maiorias do pensamento único renascem, qual delas a mais perigosa.
Ah, o fantasma do fascismo regressou para podermos constatar novamente como o papel dos "comissários" do regime é fundamental para desviar as atenções.
Já chega!
A pandemia até podia servir para repensar as estradas que não têm levado a lado nenhum, mas o caminho difícil não está ao alcance de politiqueiros nem de sociedades vazias de mais e mais consumismo.
Empanturrada com a agenda das autoestradas da informação, nem a comunicação social escapa, pagando o preço da falta de distanciamento do poder com as ameaças na rua.
E continua a destruição do planeta até à próxima pandemia.
A globalização já revelou o melhor e o pior, mas ainda estão por conhecer as consequências do paradoxo em que vivemos: no tempo em que a informação, a tecnologia e a riqueza pretendem chegar a todo o lado, o cidadão é cada vez menos livre.
E, seja qual for a crise, o medo, a intimidação e a ameaça continuam a ser a solução do poder gasto para manter tudo a girar.
Entretanto, como fica bem na fotografia, os líderes até assumem culpas próprias, mas os sacrificados continuam a ser os mesmos.
segunda-feira, 9 de novembro de 2020
CONTRA ESTA "DUPLA" MARCHAR
Desde 23 de Agosto que crescem desenfreadamente os infectados com a Covid.
E foram precisos mais de dois meses para o presidente e o primeiro-ministro desatarem em audiências, audições e reuniões para, finalmente, começarem a ser desenhadas à pressa medidas para fazer face ao desastre instalado.
O que se está a passar em Portugal?
A resposta é complexa, como está na moda dizer quando se quer esconder alguma coisa, mas a realidade é bem simples: estamos a ser governados por quem está desorientado politicamente.
De facto, elegemos quem não tem estado à altura dos acontecimentos, porque mentem em vez de falar verdade, porque reagem em vez de prevenir, porque julgam que a solução passa por mais autoritarismo, mais intimidação e mais e mais ameaça.
Chegados aqui, com números astronómicos que ainda se vão agravar, tendo mesmo já ultrapassado a Espanha em número de casos por milhão, eis o estado de emergência "suave" em toda a sua brutalidade: as restrições e o recolher obrigatório.
Existe a consciência de que tem de haver tolerância num momento tão crítico, mas não podemos deixar resvalar ainda mais o que se está a passar mesmo em frente dos nossos olhos.
Por isso, desde logo, impõe-se preventivamente colocar outra questão: e se as medidas tardiamente adoptadas não resultarem?
Não podemos permitir que, em breve, a "alternativa" passe por colocar militares na rua, armados até aos dentes, para patrulharem os cidadãos e reprimir os motins.
Enquanto houver dinheiro, que não temos mas vamos receber, e depois ter de pagar, ainda pode existir margem para tapar alguns buracos mas não vai evitar uma previsível crise que pode atirar o país para a fome só imaginável em tempos de guerra.
Com os sinais de descontentamento cada vez mais evidentes, o que fazem o presidente e o primeiro-ministro?
Anunciam, com pompa e circunstância, que querem salvar o Natal, embora todos saibamos que querem é tentar salvar a imagem e a pele.
Ou seja, aparentemente, o grande desígnio é achatar a curva para podermos encher a pança e desatar a consumir que nem loucos durante o período natalício.
E depois, está claro, logo se verá.
De facto, estamos a começar a ver cada vez melhor.
Mas ainda não conseguimos exigir que não nos metam, outra vez, na armadilha de tentar resolver tudo à bruta e num estalar de dedos.
Na pandemia, como na saúde, economia, educação e justiça, continuamos a deixar-nos enganar com receitas instantâneas de fantasias em vez de pensar, planear e eleger objectivos a médio e longo prazo ao alcance do país.
Com os portugueses a morrer, por causa da Covid e da falta de cuidados de saúde e assistência hospitalar, dos novos aos mais velhos, está na altura de despachar esta "dupla" que lá se vai apoiando um no outro como podem para disfarçar erros e equívocos clamorosos.
Em Janeiro de 2021 temos a oportunidade de começar pela espécie de "eco" instalado em Belém, cuja responsabilidade maior não se extingue com palavras e imagens pomposas, vãs e enganosas.
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
À ESPERA DA AMÉRICA
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
VIVER A VIDA
segunda-feira, 19 de outubro de 2020
NA MELHOR MÁSCARA CAI O MEDO
O Bloco de Esquerda escancara as mentiras políticas do governo, designadamente quanto ao número de profissionais de saúde contratados e à dotação financeira para o SNS em 2021, através de Mariana Mortágua e Francisco Louçã.
Por sua vez, o bastonário da Ordem dos Médicos lança um alerta lancinante denunciando a falta de preparação do SNS para acorrer à segunda fase da pandemia.
Face a este enorme aperto, António Costa tira da cartola um alibi para disfarçar o falhanço, dando "encosto" ao presidente da República para ambos poderem alijar responsabilidades.
E então lança a bomba atómica mediática: a obrigatoriedade da instalação e utilização da aplicação StayAway Covid, sujeita a multa e vigilância policial.
Costa conseguiu desviar as atenções do Orçamento do Estado 2021 e ainda da arrasadora carta aberta de Manuel Guimarães Pinto, que também foi assinada por mais cinco ex-bastonários, com sensibilidades políticas diferentes.
E não contente com a "façanha" autoritária elevou o tom da ameaça, redobrada com o habitual eco presidencial, sem garantir um SNS preparado, sem atender às exigências dos lares de idosos e sem fazer face aos transportes públicos apinhados, apenas arriscando a política do medo.
Mas a cumplicidade entre ambos foi ainda mais longe.
No momento em que a propaganda do governo sobre o SNS veio abaixo com estrondo, o presidente da República correu a dar conhecimento de conversações com os privados do sector para tapar os buracos que até então nunca havia visto.
Exigência?
Não.
Escrutínio?
Nada.
Branqueamento?
Sim, como tem sido costumeiro.
E, quando era esperado estudo, competência, responsabilização e clareza, sobrou a boçalidade da aposta no "pleno" da ameaça, comprovando o "arranjinho" entre ambos, mesmo quando estão em causa os direitos constitucionais.
Mas com esta espécie de acção política "moderna" tudo muda num ápice, o sim e o seu contrário, mais irrevogável menos fantasia.
O que por aí vem, nos próximos tempos, exige uma presidência com mais noção do dever e da responsabilidade do que de piruetas e cálculo particular.
É que a pandemia continua a alastrar vertiginosamente e o número de mortos a crescer.
segunda-feira, 12 de outubro de 2020
HÁ MAIS VIDA PARA ALÉM DA COVID
segunda-feira, 5 de outubro de 2020
TEMOS DE SER OS MELHORES
O presidente da República tem sido aclamado pela sua bonomia e folclore.
Mas a atitude presidencial não é tão espontânea e desinteressada quanto pode parecer.
É fruto de uma estratégia reflectida que serve mais os interesses do cidadão e do político Marcelo Rebelo de Sousa do que o cumprimento da missão presidencial e os interesses reais do país.
O cidadão e o político Marcelo seguem esta cartilha simplista há muito tempo, e com uma mestria que bem poderia ser usada em prol de questões bem mais importantes para a vida do dia-a-dia dos portugueses.
Mas no melhor pano cai a nódoa, muitas vezes provocada por acontecimentos imprevistos, como por exemplo os incêndios, Tancos e a pandemia, fazendo ruir o caminho previamente delineado.
E o surpreendente anúncio da candidatura de Ana Gomes, um "terramoto" político inesperado, acabou com o sonho de uma reeleição ao jeito de um passeio à beira-mar, tranquilo, sorridente e feliz.
Está a chegar o tempo de pedir contas, pois o «PR não pode ser um adorno», como sublinhou Marisa Matias, durante a apresentação da sua candidatura presidencial.
E, desde já, impõe-se a pergunta: com o cidadão e o político Marcelo em Belém mudou alguma coisa?
Não!
E para poder manter tudo na mesma, nada ainda melhor do que uma quimera ao virar da esquina, mesmo sem nada fazer para a merecer e a alcançar.
«Somos os melhores», diz o presidente da República, enquanto agarra um qualquer troféu desportivo.
«Temos de ser os melhores», repete, entre sorrisos profusos, a propósito das cervejas e das águas minerais.
Ao mesmo tempo, face ao ambiente de fantasia delirante e grotesco gratuito, o país continua à espera de um presidente da República que pugne, ou faça alguma coisinha, para sermos os melhores na Saúde, na Justiça, na Educação e nos Direitos Humanos.
Com o cidadão e o político Marcelo em Belém mudou alguma coisa no combate à corrupção e à desigualdade?
Não, este presidente da República é mais um daqueles que preferem "iluminar" as pessoas, rendido à máxima the show must go on, seja com as "Galinhas do mato" ou com a comparação paradoxal do feminismo ao nazismo.
Deixemo-nos de hipocrisias: os abraços, os afectos e as selfies garantiram a paz institucional, mas também serviram para sustentar António Costa que, obviamente, retribuiu com o apoio do PS.
Negócio fechado!
Mesmo que para trás fique o gigantesco buraco de opacidades e cumplicidades que foi cavado nos últimos cinco anos.
E que os representantes políticos até se arroguem reivindicar serem portadores de um cheque em branco para decidir os destinos de Portugal.
Mas o branqueamento e até o abafamento selectivo, bem típico dos politicamente fracos e cobardes, têm os dias contados.
Afinal, temos de estar à altura do desafio, temos de ser os melhores na hora do escrutínio do mandato presidencial.
E viva a República!
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
SNS: DA COVID AO ABANDONO
segunda-feira, 21 de setembro de 2020
POPULISMO DE ESTADO E O MEDO
Há uma polémica absurda que tem distraído o país do essencial.
A propósito de tudo e de nada lá vem a lenga-lenga do virtuosismo do Estado e dos pecados do privado e vice-versa.
A Covid trouxe atrelada a grande "novidade": o populismo de Estado, travestido de grande salvador e sustentado pelo discurso do medo.
É o Estado do caos no SNS, do abandono dos mais idosos, da incúria dos incêndios de Pedrogão e da opacidade de Tancos.
É também o Estado de Direito à la carte que permitiu as mais variadas negociatas: BES, BPN, BPP, CGD, Expo 98, Euro 2004, Novo Banco, Parcerias Público-Privadas, submarinos, TAP, etc.
É ainda o Estado dos amigos, dos "paraministros" do primeiro-ministro, com cobertura do presidente da República, e de uma multidão de criados (para todo o serviço sempre agradecidos e venerandos) que ofuscam os servidores públicos competentes.
Aliás, este Estado, omnipresente e cada vez mais arbitrário, até só admite ser fiscalizado por si próprio.
Em suma, é este Estado, minado pela da corrupção e pelos abusos de poder nas mais altas hierarquias da Administração, que alguns ainda querem reforçar.
É caso para perguntar: este tipo de Estado é capaz de combater os erros da globalização e os excessos do capitalismo selvagem?
Aliás, não deixa de ser particularmente significativo observar, por exemplo, a reacção por esse mundo fora a algumas restrições paternalistas e desenfreadas impostas pelo Estado por causa do "vírus da China", como é popularmente conhecido.
A pandemia veio reforçar esta armadilha em que tantos e tantos se deixaram enredar através de argumentos de circunstância, os quais, aliás, têm minado qualquer hipótese de um debate elevado e útil para resolver tantos e tantos estrangulamentos.
Mas a abertura do espectro político tem permitido outro tipo de resposta aos populismos, desde logo por fazerem mais luz sobre os partidos políticos tradicionais, tão fossilizados quanto impunes, que debitam o mesmo "discurso" há décadas.
E a crescente consciência política também tem favorecido a separação de águas entre a práxis da governação e o sempre saudável confronto de ideias.
Os cidadãos não precisam de messias, querem governantes competentes e limpos, querem soluções para os seus problemas, independentemente de serem de Esquerda ou de Direita.
Compreender esta realidade é a melhor forma de combater os populismos, sejam eles de Estado ou de movimentos radicais que pugnam por uma mudança sem aceitar as conquistas civilizacionais.
segunda-feira, 14 de setembro de 2020
ANA GOMES E O SONHO
segunda-feira, 7 de setembro de 2020
PONTA DO ICEBERG DE PROMISCUIDADES
O cancro que está a liquidar a comunicação social é muito mais do que uma questão financeira.
Colocando-se a jeito desta forma descarada não há dinheiro que valha para garantir uma informação independente e a salvação do sector.
segunda-feira, 31 de agosto de 2020
QUEM GANHA COM O PÂNTANO POLÍTICO?
Para quem tem muitas explicações a dar, com mais ou menos branqueamento soft ou musculado, só interessa manter tudo como está para melhor escapar às responsabilidades.
O presidente da República tudo fez e fará para que assim aconteça, beneficiando das "águas estagnadas" para tentar ser reeleito nem que seja por menos de 50% dos eleitores, como aconteceu em 24 de Janeiro de 2016.
No entanto, a "faca e o queijo na mão" em 2020 podem não ser suficientes – lembram-se de Cavaco Silva em 2015? –, pois António Costa percebeu a armadilha em que acabou por se deixar enredar.
E, por isso, o primeiro-ministro já agitou o espantalho do tudo ou nada, ou seja, ou há "geringonça" ou então a tempestade rebenta na pior altura para o putativo recandidato Marcelo Rebelo de Sousa.
Afinal, afastada a hipótese de eleições antecipadas, um eventual governo em regime de gestão corrente ou um outro de iniciativa presidencial servem como um potencial álibi para todos que estão no poder.
Chegou a hora de tirar a prova dos nove sobre a encenação em que vivemos desde 2015 e saber quanto vai custar tanto tempo perdido em ameaças, banhocas, estratégias, grandes projectos, intimidações, insultos, mentiras, salvamentos, selfies, truques e vetos para distrair o pagode.
Aliás, são cada vez menos aqueles que ficam indiferentes à invasão chinesa e ao dinheiro sujo de Angola.
Nas próximas eleições presidenciais, os portugueses podem dar o primeiro sinal de que não aceitam manter a podridão do actual status quo que tem levado o país à ruína e os portugueses à miséria.
segunda-feira, 24 de agosto de 2020
PORTUGAL MARCELADO
segunda-feira, 17 de agosto de 2020
BELÉM DE "CENAS" ARRISCADAS
Bravura, coincidência ou encenação políticas?
Da opacidade ao branqueamento só faltava mesmo um número do presidente nadador salvador, de duas jovens (muito sorridentes), apanhadas pela objectiva de uma televisão.
Qual será a próxima "cena"?
O cenário da praia do Alvor é um corolário perfeito, com cada vez mais portugueses a sentirem que é difícil engolir tanto oportunismo político.
Aliás, depois de Tancos, entre outros momentos graves, que mais tarde ou mais cedo serão esclarecidos, eram muitos aqueles que acreditavam que o putativo candidato não teria o atrevimento político de tentar renovar o mandato eleitoral.
Infelizmente, tal é a frenética actividade política em Belém, todos os sinais apontam para a fuga em frente.
Com a pré-campanha a ser feita à custa do erário público, as mais recentes posições institucionais que simulam um distanciamento político in extremis de António Costa são as cerejas que faltavam em cima do actual regime de faz-de-conta para os holofotes.
Restam poucos meses para destapar o véu que envolve o actual mandato presidencial, a começar pelo que realmente se passou no momento da declaração do Estado de Emergência por causa da pandemia Covid.
É um ponto de partida possível, durante a próxima campanha eleitoral das presidenciais, para esclarecer o padrão de muitas outras situações de opacidade.
Começa a ser patriótico a apresentação de novas candidaturas presidenciais, à Esquerda ou à Direita, para salvar o país deste bailete que tudo tem virado numa vacuidade nunca vista e perigosa.
Com os tempos difíceis que se avizinham, o país precisa de uma Presidência da República com força e credibilidade institucionais para travar qualquer arbítrio de um autoritarismo que espreita ao virar de cada esquina.
Com todos estes truques e rábulas, Portugal corre o risco de assistir, em Janeiro de 2021, a uma taxa de abstenção recorde e a uma expressiva votação nos extremos, uns porque consideram que está decidido, outros porque já não suportam mais do mesmo.
O estilo imposto por Marcelo Rebelo de Sousa até pode gerar uma sensação de transparência e de aproximação do poder aos cidadãos, mas as mistificações têm sempre um preço demasiado elevado.