segunda-feira, 16 de maio de 2022
METABALBÚRDIA
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022
COBERTOS DE SANGUE
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022
NÃO PODE VALER TUDO
segunda-feira, 13 de dezembro de 2021
ELEFANTES NA SALA DA JUSTIÇA
segunda-feira, 21 de junho de 2021
PARAR, PENSAR E... CONTINUAR A FAZER DE CONTA
A erosão provocada pelo poder deveria ser um dos motores da mudança.
segunda-feira, 3 de maio de 2021
E TANTO “CAPO” POR AÍ
segunda-feira, 12 de abril de 2021
OPERAÇÃO MARQUÊS: O CLIQUE QUE FALTAVA
O despacho
de pronúncia da Operação Marquês já fez correr rios de tinta, entre vestes
rasgadas por um lado e pelo outro, tal e qual como no intervalo de um jogo de
futebol.
E, pasme-se,
tudo resumido à "derrota" do Ministério Público e à
"vitória" do ex-primeiro-ministro que foi corrompido e pronunciado
por seis crimes que ainda lhe podem valer muitos anos de cadeia.
A
futebolização do país dá nisto, uma mescla de boçalidade, cinismo e fanatismo.
Ivo Rosa
disse ao que vinha: colocou sob suspeita a distribuição inicial do processo e
acusou o Ministério Público de incompetência e motivações políticas.
Os críticos acusam
o juiz de acolitar Sócrates e demais arguidos, mas ainda ninguém aventou a
hipótese de também ter sido corrompido, quiçá estar debaixo de coacção ou
chantagem.
O despacho de
Ivo Rosa é apenas mais um.
Coube-lhe
decidir e fundamentar o seu juízo que, felizmente, está sob recurso, pelo que é
grotesco fazer a discussão típica do fora de jogo e do penalti que foram ou
ficaram por marcar.
O desfecho
instrutório não pode ser desvalorizado, nem tão-pouco aliviados os seus termos,
erros grosseiros e legalidade, porque até Sócrates e amigalhaços têm direito a
um colectivo.
Para já,
antes de perder tempo com o copo meio cheio ou meio vazio, importa reconhecer,
sem fatalismos, que se cumpriu mais uma etapa.
A lentidão é
exasperante?
É verdade!
Assim é
impossível combater a corrupção?
Também é
verdade.
Não está nas mãos do juiz compensar a balburdia legislativa e a falta de meios que têm condenado os megaprocessos, seja no caso Marquês ou Portucale (submarinos).
E também não cabe a Sócrates e demais arguidos, pronunciados ou não, prescindir de garantias, por mais mirabolante que seja a fabricação, mais Kafka menos Zola, do previsível truque à brasileira em curso.
O esgar que traiu Sócrates, ao vivo e a cores, em directo, no preciso instante em que o juiz o começou a tratar como mentiroso, corrupto e meliante, com estrondo, vale mais do que mil palavras.
A competência, a racionalidade e a transparência continuam a ser antídotos contra os “justiceiros” e os branqueadores de prime time.
O debate é
sempre útil, porque acrescenta escrutínio, mas continua a valer o princípio da
separação de poderes: à justiça o que é da justiça, à política o que é da
política.
A Operação
Marquês pode ser o clique que faltava para despertar os magistrados,
porque Portugal está a morrer às mãos dos tribunais que estão a administrar a
Justiça em nome do povo.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
ANTÓNIO COSTA FACILITA A VIDA DOS CRIMINOSOS
Bastar recordar que já ocupou a pasta dos Assunto Parlamentares (XIII governo), da Justiça (XIV), da Administração Interna (XVII) e é primeiro-ministro desde 2015.
É surpreendente que algumas das vulnerabilidades do país, que foram notícia na última semana, tal como nas últimas décadas, continuem sem merecer a atenção do primeiro-ministro.
Num dia, a Comissão Europeia dá dois meses ao governo para «transpor diretiva anti-lavagem de dinheiro», porventura farta de ver Portugal transformado numa "lavandaria" para todo o serviço.
No outro, salta para a ribalta, a partir do Brasil, a descoberta de mais de meia tonelada de droga num avião com destino a Tires, Cascais.
Dado o extenso histórico de "lavagens" de todo o tipo e de falta de controlo nos pequenos aeródromos, por que razão continua António Costa a facilitar a vida dos criminosos?
É para atrair investimento, venha ele donde vier, com dinheiro limpo ou sujo?
Os negócios com Angola, China e Venezuela, para não falar de outros com países bem quentinhos, têm tido custos reputacionais incalculáveis.
Uns já estão na mira da Justiça, outros estão a dar origem aos mais diversos escândalos fiscais, entre os quais o último das barragens da EDP denunciado pela deputada Mariana Mortágua.
Esta resistência em abraçar as melhores práticas económicas e financeiras, que nos podiam trazer respeito e interesse por parte de investidores internacionais credíveis, continua a ser, ou não, um dos maiores mistérios do regime democrático.
Tanto mais que a Justiça não tem meios nem autonomia financeira para perseguir os meliantes de colarinho branco, alguns dos quais sentados, confortavelmente, à mesa do poder.
António Costa pode queixar-se do alheamento politicamente cínico do
presidente que se remete ao silêncio quando os assuntos são da maior gravidade
e de Estado.
E lamentar que a “casa” gasta actualmente o que já gastou no passado com os
governos do PSD e CDS/PP.
E, por último, até pode beneficiar por Rui Rio entender que o
escrutínio e a oposição devem ser assim-assim em tempos de pandemia.
Mas, passados todos estes anos, com o país a assistir a tanta dor, desigualdade e miséria, em plena presidência da União Europeia, não terá chegado a hora de António Costa agir?
É que já chega de fazer de morto, quando se trata de combater a “via verde” que facilita a vida dos corruptos.
segunda-feira, 13 de abril de 2020
LUCÍLIA GAGO: SILÊNCIO ESTRIDENTE
E, já agora, também falta uma palavra de António Ventinhas, presidente do sindicato dos magistrados do MP, sempre atento e activo às questões corporativas.
segunda-feira, 2 de março de 2020
JUÍZES: RUIU O ÚLTIMO MITO DA DEMOCRACIA
O mito da incorruptibilidade dos juízes ruiu com estrondo.