Um ano após o ataque do Hamas, mais um, em retaliação à ocupação israelita, 33 dos 251 reféns já foram declarados mortos, continuando 101 ainda em cativeiro, depois dos 117 libertados.
Os 1170 cidadãos de Israel, que tombaram às mãos do radicalismo terrorista, nunca serão “ressuscitados” pelo terrorismo de Estado que já matou dezenas de milhares de palestinianos, civis assassinados às mãos do exército de Israel no último ano.
O genocídio tolerado, Gaza dizimada e o Líbano a caminho de igual destruição fazem parte do retrato trágico da derrota de Benjamin Netanyahu, de que fazem ainda parte aliados, inimigos e demais afins.
Arábia Saudita, Irão, Iraque, Koweit, EAU, Catar e Bahrein, que representam 60% das reservas mundiais de petróleo, bem como o estreito de Ormuz, não apagam a chacina de dezenas de milhares de mortos e os milhões de deslocados.
O ataque de 7 de Outubro de 2023 comprovou, mais uma vez, a falência da ordem internacional e da ONU, como atesta a escandalosa recusa da entrada de António Guterres em Israel.
O Mundo não se comoveu, nem mesmo Portugal, além dos comunicados de circunstância, razão pela qual Israel continua impune, a fazer o trabalho sujo que serve os interesses ocidentais.
À cautela, é de recordar que Isaac Herzog, presidente de Israel, cuja visita a Portugal foi adiada, não é bem-vindo, por mais cinismo político de Paulo Rangel, Luís Montenegro e Marcelo Rebelo de Sousa.
Enquanto a União Europeia e o Reino Unido fazem de mortos, o balanço da dupla Joe Biden/Kamala Harris está à vista.
O mais dramático é que as próximas eleições presidenciais norte-americanas não representam qualquer sinal esperança, pois a Humanidade continua nas mãos de criminosos de guerra.
A “Guerra dos Seis Dias”, que se prolonga há mais de 50 anos, tem apenas um único vencedor: a indústria militar.